Avaliação de danos e efeito de variáveis ambientais na mancha de alternaria (Alternaria helianthi) em Girassol.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Regina Maria Villas Bôas de Campos
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-03122002-103144/
Resumo: O desenvolvimento e implementação de uma estratégia de manejo integrado de doenças na cultura do girassol (Helianthus annuus) requer informações precisas e acuradas sobre os danos causados pela mancha de Alternaria, causada por Alternaria helianthi. Os objetivos desta tese foram: elaborar e validar uma escala diagramática para avaliação da mancha de Alternaria; determinar a influência da temperatura (15-32,5 °C) e da duração do período de molhamento foliar (2-24 h) nos componentes monocíclicos da doença; comparar a relação de variáveis relacionadas à doença ou à área foliar com os componentes de produção de girassol, em experimentos de campo. A escala diagramática, com níveis de severidade de: 0,03; 0,2; 0,6; 3; 7; 12; 25; 40 e 66% da área foliar lesionada, foi validada por três avaliadores experientes. A escala permitiu que se fizesse uma avaliação acurada e precisa, quando se utilizou folhas desenhadas ou folhas verdes com sintomas. O erro absoluto ao estimar a severidade foi menor que 13% e a reprodutibilidade das avaliações foi alta. Em ambiente controlado, verificou-se que a densidade relativa de lesões e a severidade foram influenciadas pela temperatura e pela duração do período de molhamento foliar. A doença foi mais severa na temperatura de 25 °C. A temperatura mínima para desenvolvimento da doença foi de 13,0 °C e a máxima foi de 35,8 °C. A doença aumentou com o aumento da duração do período de molhamento foliar. A temperatura mínima estimada para a taxa de crescimento micelial foi de 5,5 °C e a máxima foi de 32,9 °C. A temperatura mínima estimada para germinação de conídios foi de 7,9 °C e a máxima foi de 40,0 °C. Experimentos foram conduzidos nas safras de 1997/1998, 1998/1999 e 1999/2000 para avaliar a relação entre severidade da mancha de Alternaria, área sob a curva de progresso da doença (AUDPC), índice de área foliar sadia em determinado dia (HLAI), duração da área foliar sadia (HAD), radiação interceptada pela área foliar sadia em determinado dia (HRI), absorção da área foliar sadia (HAA) e componentes de produção de girassol, semeado em quatro épocas. A AUDPC teve relação com rendimento de aquênios, com ajuste do modelo exponencial negativo em duas safras. A relação rendimento x HAD foi linear para os três experimentos. Para as variáveis integrais estudadas, a melhor relação com rendimento foi verificada para HAA, com ajuste do modelo exponencial. A taxa da relação severidade x rendimento tendeu a se estabilizar a partir da fase de desenvolvimento R1. A taxa da relação linear entre HLAI e rendimento estabilizou-se entre as fases R1 a R6. A taxa da regressão entre HRI e rendimento foi bastante variável e não mostrou tendência de estabilização. Verificou-se que plantas que apresentaram severidade maior que 10% na fase de desenvolvimento R3 produziram rendimentos inferiores a 500 kg/ha, para as três safras, independentemente da época de semeadura, o que pode ser utilizado como um limiar de dano. A severidade pode ser usada como uma variável independente para um sistema de manejo da mancha de Alternaria em girassol.
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A escala diagramática, com níveis de severidade de: 0,03; 0,2; 0,6; 3; 7; 12; 25; 40 e 66% da área foliar lesionada, foi validada por três avaliadores experientes. A escala permitiu que se fizesse uma avaliação acurada e precisa, quando se utilizou folhas desenhadas ou folhas verdes com sintomas. O erro absoluto ao estimar a severidade foi menor que 13% e a reprodutibilidade das avaliações foi alta. Em ambiente controlado, verificou-se que a densidade relativa de lesões e a severidade foram influenciadas pela temperatura e pela duração do período de molhamento foliar. A doença foi mais severa na temperatura de 25 °C. A temperatura mínima para desenvolvimento da doença foi de 13,0 °C e a máxima foi de 35,8 °C. A doença aumentou com o aumento da duração do período de molhamento foliar. A temperatura mínima estimada para a taxa de crescimento micelial foi de 5,5 °C e a máxima foi de 32,9 °C. A temperatura mínima estimada para germinação de conídios foi de 7,9 °C e a máxima foi de 40,0 °C. Experimentos foram conduzidos nas safras de 1997/1998, 1998/1999 e 1999/2000 para avaliar a relação entre severidade da mancha de Alternaria, área sob a curva de progresso da doença (AUDPC), índice de área foliar sadia em determinado dia (HLAI), duração da área foliar sadia (HAD), radiação interceptada pela área foliar sadia em determinado dia (HRI), absorção da área foliar sadia (HAA) e componentes de produção de girassol, semeado em quatro épocas. A AUDPC teve relação com rendimento de aquênios, com ajuste do modelo exponencial negativo em duas safras. A relação rendimento x HAD foi linear para os três experimentos. Para as variáveis integrais estudadas, a melhor relação com rendimento foi verificada para HAA, com ajuste do modelo exponencial. A taxa da relação severidade x rendimento tendeu a se estabilizar a partir da fase de desenvolvimento R1. A taxa da relação linear entre HLAI e rendimento estabilizou-se entre as fases R1 a R6. A taxa da regressão entre HRI e rendimento foi bastante variável e não mostrou tendência de estabilização. Verificou-se que plantas que apresentaram severidade maior que 10% na fase de desenvolvimento R3 produziram rendimentos inferiores a 500 kg/ha, para as três safras, independentemente da época de semeadura, o que pode ser utilizado como um limiar de dano. A severidade pode ser usada como uma variável independente para um sistema de manejo da mancha de Alternaria em girassol.The development and implementation of integrated disease-management system on sunflower (Helianthus annuus) require precise and accurate information on the damage caused by Alternaria leaf spot (Alternaria helianthi). The objectives of this thesis were: to develop and to validate a diagrammatic scale for Alternaria leaf spot; to determine the influence of temperature (15-32.5 °C) and leaf wetness duration (2-24 h) on the monocycle of the disease; and to compare the relationship between variables related to Alternaria leaf spot or to leaf area and yield, in field experiments. The diagrammatic scale with levels representing: 0.03; 0.2; 0.6; 3; 7; 12; 25; 40; and 66% of diseased leaf area was validated by three experienced raters. The scale permitted assessments to be accurate and precise, when drawn or detached leaves were used. The absolute error in estimating disease severity was lower than 13% and the reproduc ibility of assessments was high. In controlled environment studies, relative lesion density and severity were influenced by temperature and leaf wetness duration. The disease was more severe in the temperature of 25 °C. The minimum temperature for disease development was 13.0 °C and the maximum was 35.8 °C. The disease increased with increasing periods of leaf wetness. The estimated minimum temperature for mycelial growth rate was 5.5 °C and the maximum was 32.9 °C. The estimated minimum temperature for conidia germination was 7.9 °C and the maximum was 40.0 °C. Three field experiments were carried out in 1997/1998, 1998/1999 and 1999/2000 to investigate the relationship between severity of Alternaria leaf spot, area under disease progress curve (AUDPC), healthy leaf area index at any given day (HLAI), healthy leaf area duration (HAD), radiation intercepted by healthy leaf area at any given day (HRI), total healthy leaf area absorption (HAA), and yield components of sunflower, sowed in four dates. AUDPC showed relationship with yield in two years, following the negative exponential model. The yield x HAD relationship was linear for each of three trials. Among the integral variables analyzed, the yield x HAA relationship was the best one, fitted by the exponential model. The slope of the yield-severity relationship was stable from R1 growth stage. The yield-HLAI relationship was stable between R1 and R6. The yield-HRI relationship was variable and not stable. The yield-severity relationship in R3 growth stage proved that plants with severity higher than 10% had yield lower than 500 kg/ha, despite the sowing date, which can be used as a damage threshold. Severity can be used as an independent variable to a system of sunflower Alternaria leaf spot management.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAmorim, LilianLeite, Regina Maria Villas Bôas de Campos2002-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-03122002-103144/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:08:16Zoai:teses.usp.br:tde-03122002-103144Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:08:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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