Estudo da sistemicidade e tenacidade de epoxiconazol, piraclostrobina e fluxapiroxade em plantas de soja e videira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Paulo Sérgio José dos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-04052016-154811/
Resumo: O controle químico é uma das medidas mais empregadas no manejo de doenças de plantas, sendo imprescindível em inúmeros patossistemas agrícolas. Portanto, compreender a dinâmica das interações entre os produtos e a planta tem grande importância prática, pois poderá embasar ajustes nas estratégias de controle. O trabalho teve por objetivo estudar a tenacidade e a sistemicidade dos fungicidas epoxiconazol, piraclostrobina e fluxapiroxade em plantas de soja e videira. Para avaliar a tenacidade dos produtos foram simuladas chuvas de diferentes intensidades e intervalos após a aplicação. Procedeu-se a inoculação dos patógenos, Phakopsora pachyrhizi e Phakopsora euvitis, e avaliou-se a severidade e a área abaixo da curva de progresso das doenças. Para os estudos de absorção e translocação, utilizaram-se as moléculas radiomarcadas, 14C-epoxiconazol, 14C-piraclostrobina e 14C-fluxapiroxade, que foram diluídas com suas respectivas formulações comerciais. As variáveis foram avaliadas as 3, 9, 24, 48 e 72 horas após a aplicação (HAA). Especificamente para o fungicida fluxapiroxade foram avaliados os efeitos de sua associação ao adjuvante óleo mineral e ao fosfito de potássio em plantas de soja, e sua absorção e translocação em folhas novas e velhas de videira. Em geral, a eficiência dos fungicidas foi crescente com o aumento do intervalo entre a aplicação e a simulação da chuva. A adição do adjuvante aumentou a tenacidade do fluxapiroxade e o fosfito de potássio não teve o mesmo efeito. A sistemicidade na soja foi alta para o epoxiconazol, intermediária para o fluxapiroxade e baixa para a piraclostrobina. Na videira a piraclostrobina foi a mais absorvida, seguida pelo epoxiconazol e o fluxapiroxade. Os fungicidas epoxiconazol e fluxapiroxade translocaram-se predominantemente no sentido acropetal e a piraclostrobina não apresentou translocação a longas distâncias. A adição de adjuvante ao fluxapiroxade promoveu maior e mais rápida absorção e translocação nas plantas de soja, enquanto que, o fosfito de potássio teve efeito antagônico, que resultou em 53% de redução na absorção. Não houve diferença na absorção e translocação do fluxapiroxade em folhas velhas e novas de videira, porém a redistribuição foi maior nas folhas novas. O fluxapiroxade mostrou-se ser um fungicida com potencial protetor e curativo. Protetor, pois grande quantidade do produto (>65%) permanece na parte externa das folhas da soja e videira até as 72 HAA, e curativo pois mostrou uma absorção crescente com o tempo, o que significa que há uma liberação contínua do produto para o interior das folhas. Os folíolos de soja absorveram mais os três fungicidas do que as folhas de videira. A translocação à longa distância em ambas as culturas foi baixa (<1%) para todos os fungicidas avaliados. A translocação do epoxiconazol e fluxapiroxade aumenta com o decorrer das horas nas plantas de soja e não em mudas de videira e a piraclostrobina tem uma translocação limitada e constante em ambas as culturas. Quanto maior e mais rápida for a absorção dos fungicidas, menores serão as perdas decorrentes das intempéries, e por consequência maior será a eficácia dos produtos.
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Procedeu-se a inoculação dos patógenos, Phakopsora pachyrhizi e Phakopsora euvitis, e avaliou-se a severidade e a área abaixo da curva de progresso das doenças. Para os estudos de absorção e translocação, utilizaram-se as moléculas radiomarcadas, 14C-epoxiconazol, 14C-piraclostrobina e 14C-fluxapiroxade, que foram diluídas com suas respectivas formulações comerciais. As variáveis foram avaliadas as 3, 9, 24, 48 e 72 horas após a aplicação (HAA). Especificamente para o fungicida fluxapiroxade foram avaliados os efeitos de sua associação ao adjuvante óleo mineral e ao fosfito de potássio em plantas de soja, e sua absorção e translocação em folhas novas e velhas de videira. Em geral, a eficiência dos fungicidas foi crescente com o aumento do intervalo entre a aplicação e a simulação da chuva. A adição do adjuvante aumentou a tenacidade do fluxapiroxade e o fosfito de potássio não teve o mesmo efeito. A sistemicidade na soja foi alta para o epoxiconazol, intermediária para o fluxapiroxade e baixa para a piraclostrobina. Na videira a piraclostrobina foi a mais absorvida, seguida pelo epoxiconazol e o fluxapiroxade. Os fungicidas epoxiconazol e fluxapiroxade translocaram-se predominantemente no sentido acropetal e a piraclostrobina não apresentou translocação a longas distâncias. A adição de adjuvante ao fluxapiroxade promoveu maior e mais rápida absorção e translocação nas plantas de soja, enquanto que, o fosfito de potássio teve efeito antagônico, que resultou em 53% de redução na absorção. Não houve diferença na absorção e translocação do fluxapiroxade em folhas velhas e novas de videira, porém a redistribuição foi maior nas folhas novas. O fluxapiroxade mostrou-se ser um fungicida com potencial protetor e curativo. Protetor, pois grande quantidade do produto (>65%) permanece na parte externa das folhas da soja e videira até as 72 HAA, e curativo pois mostrou uma absorção crescente com o tempo, o que significa que há uma liberação contínua do produto para o interior das folhas. Os folíolos de soja absorveram mais os três fungicidas do que as folhas de videira. A translocação à longa distância em ambas as culturas foi baixa (<1%) para todos os fungicidas avaliados. A translocação do epoxiconazol e fluxapiroxade aumenta com o decorrer das horas nas plantas de soja e não em mudas de videira e a piraclostrobina tem uma translocação limitada e constante em ambas as culturas. Quanto maior e mais rápida for a absorção dos fungicidas, menores serão as perdas decorrentes das intempéries, e por consequência maior será a eficácia dos produtos.The chemical control is one of the measures most used in the management of plant diseases, being essential in many agricultural pathosystems. Therefore, understanding the dynamics of the interactions between products and plants has great practical importance in providing knowledge that can support better the control strategies. The work has aimed to study the rainfastness and systemicity of the fungicides epoxiconazole, pyraclostrobin and fluxapyroxad in soybean and vine plants. The rainfall was simulated in different intensities and intervals after application in order to assess the rainfastness of the products.The pathogens, Phakopsora pachyrhizi and Phakopsora euvitis were inoculated and the severity and the area under the disease progress curve were assessed. For the uptake and translocation studies, it was used the radiolabeled molecules, 14C-epoxiconazole, 14C-pyraclostrobin and 14C-fluxapyroxad, which were diluted with their respective commercial formulations. The parameters were assessed at 3, 9, 24, 48 and 72 hours after application (HAA). In particular for the fluxapyroxad were assessed the effects of its association with adjuvant and potassium phosphite on soybean plants, and their absorption and translocation in old and new vine leaves. Overall, the fungicides efficiency were boosted with the increasing interval between the application and the rainfall simulation. The addition of adjuvant improved the rainfastness of fluxapyroxad and the phosphite did not have the same effect.The systemicity on soybeans was high for the epoxiconazole, intermediate for fluxapyroxad and low for pyraclostrobin. In vine, pyraclostrobin was more absorbed, followed by epoxiconazole and fluxapyroxad. The fungicides epoxiconazole and fluxapyroxad translocated mainly acropetally and pyraclostrobin did not show translocation to long distances. The addition of adjuvant to fluxapyroxad has promoted greater and more rapid uptake and translocation on soybean plants, while potassium phosphite had antagonistic effect, which resulted in 53% reduction in uptake. There was no difference in the absorption and translocation of fluxapyroxad in old and new vine leaves. Nevertheless, the redistribution was higher in young leaves. The fluxapyroxad proved to be a fungicide with protective and curative potential. Protective because large amount of product (>65%) remains outside of the soy and vine leaves up to 72 HAA and curative because it showed an increased absorption over the time, which means that there is a continuous release of the product into the leaves. The soybean leaflets absorbed more the three fungicides than the vine leaves. The translocation to long distances in both crops were low (<1%) for all evaluated fungicides. The translocation of epoxiconazole and fluxapyroxad increases with the course of time on soybean plants and not in nursery trees of vine and the pyraclostrobin has limited and constant translocation in both crops. In nutshell, as bigger and faster the absorption of fungicides smaller are the losses resulting from the weather and most effective will be the products.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSposito, Marcel BellatoSantos, Paulo Sérgio José dos2016-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-04052016-154811/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:18Zoai:teses.usp.br:tde-04052016-154811Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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