Efeito da combinação de probióticos na dieta de leitões desafiados com Salmonella Typhimurium

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Parazzi, Larissa José
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-14122010-123820/
Resumo: O estudo fundamentou-se na utilização de probióticos como promotores de crescimento alternativos na alimentação de suínos dada a proibição, por parte da União Européia, do uso de alguns antibióticos, que podem causar resistência aos antimicrobianos e riscos à saúde humana pelo consumo da carne. O experimento foi conduzido no Laboratório de Pesquisa em Suínos (LPS), com 160 leitões desmamados aos 23 dias de idade até os 138 dias de idade. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em função do peso e sexo, sendo a unidade experimental considerada a baia com 4 animais, constituindo, portanto, 5 repetições por tratamento. Aos 51 dias de idade os animais foram inoculados com uma cepa de Salmonella Typhimurium via oral. Os tratamentos foram: PA 44: Probiótico A: 4 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 dias de idade; PB 44: Probiótico B: 2 Kg/ tonelada de ração, dos 23 aos 44 dias de idade; PA 65: Probiótico A: 4 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 2 kg/tonelada de ração dos 45 aos 65 dias de idade; PB 65: Probiótico B: 2 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 1 kg/tonelada de ração dos 45 aos 65 dias de idade; PA 138: Probiótico A: 4 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 2 kg/ tonelada de ração dos 45 aos 138 dias de idade; PB 138: Probiótico B: 2 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 1 kg/tonelada de ração dos 45 aos 138 dias de idade; controle positivo: ração com antimicrobiano e sem probióticos e controle negativo: ração sem antimicrobiano e sem probióticos. Foram analisados os parâmetros peso, ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar. Aspectos clínicos e sanitários também foram avaliados, incluindo freqüência de diarréia, temperatura retal, swabs retais para verificação da freqüência da salmonela nas fezes e parâmetros sanguíneos. As variáveis foram analisadas por medidas repetidas no tempo com contrastes. Foi utilizado o SAS 9.0. Em relação ao peso médio, observou-se, no período de creche, que o controle positivo se sobressaiu frente aos probióticos, mas no período de crescimento, por volta dos 106 dias de idade, os grupos se igualaram, não havendo diferenças significativas. No período total de creche e crescimento/terminação, o ganho de peso dos animais do controle positivo foi numericamente superior comparativamente aos probióticos (p=0,0876 para o probiótico A e p=0,0635 para o probiótico B). O consumo de ração foi menor para o controle negativo em relação aos probióticos. A conversão alimentar foi melhor para o controle positvo em relação aos probióticos, na fase de creche. Na freqüência de diarréia o efeito do desafio programado foi evidenciado, mostrando no controle negativo maior freqüência, ressaltada principalmente pela classificação em fezes líquidas, em comparação aos probióticos e controle positivo. A temperatura retal e a presença do agente nas fezes não se mostraram diferentes nos tratamentos, o mesmo ocorrendo com relação aos parâmetros sanguíneos. Portanto, as evidências encontradas quanto aos parâmetros clínicos e sanitários demonstraram de uma maneira geral, que os probióticos e os antimicrobianos podem agir de forma diferenciada, mas apresentando as mesmas respostas que repercutem em desempenhos semelhantes até o final da fase de terminação. Concluiu-se na avaliação de desempenho associada aos aspectos econômicos, que o probiótico A, dentre os tratamentos, foi mais viável, com a administração até 44 e 65 dias de idade dos leitões. A continuidade dos estudos com probióticos é necessária, dada a variabilidade de fatores que interferem no seu melhor aproveitamento como promotor de crescimento.
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Aos 51 dias de idade os animais foram inoculados com uma cepa de Salmonella Typhimurium via oral. Os tratamentos foram: PA 44: Probiótico A: 4 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 dias de idade; PB 44: Probiótico B: 2 Kg/ tonelada de ração, dos 23 aos 44 dias de idade; PA 65: Probiótico A: 4 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 2 kg/tonelada de ração dos 45 aos 65 dias de idade; PB 65: Probiótico B: 2 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 1 kg/tonelada de ração dos 45 aos 65 dias de idade; PA 138: Probiótico A: 4 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 2 kg/ tonelada de ração dos 45 aos 138 dias de idade; PB 138: Probiótico B: 2 Kg/tonelada de ração, dos 23 aos 44 e 1 kg/tonelada de ração dos 45 aos 138 dias de idade; controle positivo: ração com antimicrobiano e sem probióticos e controle negativo: ração sem antimicrobiano e sem probióticos. Foram analisados os parâmetros peso, ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar. Aspectos clínicos e sanitários também foram avaliados, incluindo freqüência de diarréia, temperatura retal, swabs retais para verificação da freqüência da salmonela nas fezes e parâmetros sanguíneos. As variáveis foram analisadas por medidas repetidas no tempo com contrastes. Foi utilizado o SAS 9.0. Em relação ao peso médio, observou-se, no período de creche, que o controle positivo se sobressaiu frente aos probióticos, mas no período de crescimento, por volta dos 106 dias de idade, os grupos se igualaram, não havendo diferenças significativas. No período total de creche e crescimento/terminação, o ganho de peso dos animais do controle positivo foi numericamente superior comparativamente aos probióticos (p=0,0876 para o probiótico A e p=0,0635 para o probiótico B). O consumo de ração foi menor para o controle negativo em relação aos probióticos. A conversão alimentar foi melhor para o controle positvo em relação aos probióticos, na fase de creche. Na freqüência de diarréia o efeito do desafio programado foi evidenciado, mostrando no controle negativo maior freqüência, ressaltada principalmente pela classificação em fezes líquidas, em comparação aos probióticos e controle positivo. A temperatura retal e a presença do agente nas fezes não se mostraram diferentes nos tratamentos, o mesmo ocorrendo com relação aos parâmetros sanguíneos. Portanto, as evidências encontradas quanto aos parâmetros clínicos e sanitários demonstraram de uma maneira geral, que os probióticos e os antimicrobianos podem agir de forma diferenciada, mas apresentando as mesmas respostas que repercutem em desempenhos semelhantes até o final da fase de terminação. Concluiu-se na avaliação de desempenho associada aos aspectos econômicos, que o probiótico A, dentre os tratamentos, foi mais viável, com a administração até 44 e 65 dias de idade dos leitões. A continuidade dos estudos com probióticos é necessária, dada a variabilidade de fatores que interferem no seu melhor aproveitamento como promotor de crescimento.The study was based on the use of probiotics as growth promoter in the swine feeding due to the prohibition, by the European Union, on the use of some antibiotics by its possibility of causing antimicrobial resistance and risks for human health by meat consumption. The experiment was conducted in LPS, with 160 piglets weaned at 23 days of age until 138 days of age. The experimental design was a randomized block according to weight and sex, the experimental unit considered was the pen holding 4 animals each, thus with 5 repetitions per treatment. At 51 days of age the animals were inoculated with a strain of Salmonella Typhimurium orally. The treatments were: PA44= Probiotic A: 4 kg/ton of ration, from 23 to 44 days of age; PB44= Probiotic B: 2 Kg/ton of ration, from 23 to 44 days of age; PA65= Probiotic A: 4 kg/ton of ration from 23 to 44 days of age and 2 kg/ton of ration from 45 to 65 days of age, PB65= Probiotic B: 2 kg/ton of ration, from 23 to 44 days of age and 1 kg/ton of ration from 45 to 65 days of age; PA138= Probiotic A: 4 kg/ton of ration from 23 to 44 days of age and 1 kg/ton of ration from 45 to 138 days of age; PB138= Probiotic B: 2 kg/ton of ration from 23 to 44 days of age and 1 kg/ton of ration from 45 to 138 days of age; Positive Control= ration with antimicrobial and no probiotics and Negative Control= ration with no antimicrobials nor probiotics. The parameters analyzed were weight, weight gain, ration intake and feed conversion. Clinical and sanitary aspects were also evaluated, diarrhea frequency, rectal temperature, rectal swabs for salmonella verification and blood parameters. The variables were analyzed by repetitive measures on time with the established contrasts. SAS 9.0 was used. Regarding average weight, it was observed, during the nursery period, that the positive control stood out compared to the probiotics, but during growing, around 106 days of age, the groups equaled, with no significant differences. During the total period of nursery and growing/finishing, the weight gain from the animals of the positive control was numerically superior compared to the probiotics (p=0,0876 for probiotic A and p=0,0635 for probiotic B). Feed intake was lower for negative control when compared to probiotics. In the nursery period feed conversiom was better than the positive control in relation to probiotics. In the diarrhea frequency the effect from the programmed challenge was evidenced; showing a higher frequency in the negative control, emphasized mainly for the liquid feces classification in comparison to the probiotics and positive control. The rectal temperature and the presence of the agent in the feces did not differ between treatments, as well as the blood parameters. Therefore, the evidence found regarding clinical parameters and health in general demonstrated that probiotics ant antiotics may act differently, but with the same answer that echo in similar performaces until the end of the finishing period. In conclusion, the evaluation of performance associated with economic aspects, among the treatments, with the probiotics A, both 44 and 65, was better than the positive control. The continuation of studies with probiotics is necessary, given the variability of factors that interfere with its best use as growth promoter.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoretti, Anibal de Sant AnnaParazzi, Larissa José2010-06-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-14122010-123820/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:26Zoai:teses.usp.br:tde-14122010-123820Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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