Desinformação relacionada à COVID-19 entre idosos falantes de português: estudo internacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Rodrigo Mota de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-08122023-170804/
Resumo: Desafiando políticas públicas e sistemas de saúde ao redor do mundo, a transmissão global da COVID-19 propagou-se, dentre outros fatores, pela migração de pessoas entre países. Nesse contexto, sistemas, serviços, autoridades de saúde em todos os países tiveram que também enfrentar a disseminação de informações suspeitas. Este estudo trata da concordância com desinformação relacionada à COVID-19. Foi conduzida uma pesquisa internacional com o objetivo de avaliar a prevalência e os fatores relacionados à aceitação de desinformação entre pessoas que falam português com mais de 50 anos. O estudo incluiu imigrantes residentes no Brasil e em Portugal, assim como idosos nascidos em países de língua portuguesa. Os dados foram coletados por meio de mineração de informações online para identificar conteúdos de desinformação, juntamente com a aplicação de questionários estruturados. No primeiro estudo, que envolveu imigrantes de meia-idade e mais velhos residentes no Brasil e em Portugal, 61,8% dos 304 participantes concordaram com pelo menos uma desinformação. Fatores como religião, nível mais elevado de escolaridade, conhecimento de pessoas que morreram de COVID-19 e a falta de vontade de se vacinar foram identificados como influenciadores na aceitação da desinformação. No segundo estudo, que incluiu 1.214 idosos falantes de português, a concordância com conteúdos de desinformação atingiu 65,2%. Observou-se que residir fora do Brasil foi um fator de proteção contra a concordância com a desinformação, enquanto aqueles que acreditavam na precisão das fontes tinham maior probabilidade de concordar com conteúdos enganosos. Ambos os estudos destacam a prevalência de desinformação entre idosos em países de língua portuguesa. Por isso, profissionais de saúde e cuidadores devem tomar cuidado especial para combater a disseminação de informações falsas e desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento. A falta de alfabetização digital e a influência de fatores sociais, econômicos e religiosos foram identificados como elementos que contribuem para a prevalência desse conteúdo enganoso. Esses resultados destacam a necessidade de programas de educação e conscientização voltados especificamente para idosos, com o objetivo de promover compreensão e acesso a informações precisas sobre a COVID-19. Além disso, é fundamental fortalecer a credibilidade das fontes de informação e desenvolver abordagens eficazes para combater a desinformação, garantindo assim a saúde e segurança globais.
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Os dados foram coletados por meio de mineração de informações online para identificar conteúdos de desinformação, juntamente com a aplicação de questionários estruturados. No primeiro estudo, que envolveu imigrantes de meia-idade e mais velhos residentes no Brasil e em Portugal, 61,8% dos 304 participantes concordaram com pelo menos uma desinformação. Fatores como religião, nível mais elevado de escolaridade, conhecimento de pessoas que morreram de COVID-19 e a falta de vontade de se vacinar foram identificados como influenciadores na aceitação da desinformação. No segundo estudo, que incluiu 1.214 idosos falantes de português, a concordância com conteúdos de desinformação atingiu 65,2%. Observou-se que residir fora do Brasil foi um fator de proteção contra a concordância com a desinformação, enquanto aqueles que acreditavam na precisão das fontes tinham maior probabilidade de concordar com conteúdos enganosos. Ambos os estudos destacam a prevalência de desinformação entre idosos em países de língua portuguesa. Por isso, profissionais de saúde e cuidadores devem tomar cuidado especial para combater a disseminação de informações falsas e desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento. A falta de alfabetização digital e a influência de fatores sociais, econômicos e religiosos foram identificados como elementos que contribuem para a prevalência desse conteúdo enganoso. Esses resultados destacam a necessidade de programas de educação e conscientização voltados especificamente para idosos, com o objetivo de promover compreensão e acesso a informações precisas sobre a COVID-19. Além disso, é fundamental fortalecer a credibilidade das fontes de informação e desenvolver abordagens eficazes para combater a desinformação, garantindo assim a saúde e segurança globais.Challenging public policies and health systems around the world, the global transmission of COVID-19 has spread, among other factors, through the migration of people between countries. In this context, health systems, services, authorities in all countries also had to face the dissemination of suspicious information. This study deals with concordance with disinformation related to COVID-19. An international survey was conducted with the objective of assessing the prevalence and factors related to the acceptance of disinformation among Portuguese-speaking people over 50 years old. The study included immigrants residing in Brazil and Portugal, as well as elderly people born in Portuguese-speaking countries. Data were collected through online information mining to identify disinformation content, along with the application of structured questionnaires. In the first study, which involved middle-aged and older immigrants residing in Brazil and Portugal, 61.8% of the 304 participants agreed with at least one disinformation. Factors such as religion, higher level of education, knowledge of people who died from COVID-19 and unwillingness to get vaccinated were identified as influencing the acceptance of disinformation. In the second study, which included 1,214 elderly Portuguese speakers, agreement with disinformation content reached 65.2%. It was observed that residing outside Brazil was a protective factor against agreeing with disinformation, while those who believed in the accuracy of sources were more likely to agree with misleading content. Both studies highlight the prevalence of disinformation among elderly people in Portuguese-speaking countries. Therefore, health professionals and caregivers must take special care to combat the spread of false information and develop effective coping strategies. Lack of digital literacy and the influence of social, economic and religious factors were identified as contributing to the prevalence of this misleading content. These results highlight the need for education and awareness programs specifically aimed at older adults, with the aim of promoting understanding and access to accurate information about COVID-19. Furthermore, it is critical to strengthen the credibility of information sources and develop effective approaches to combat disinformation, thereby ensuring global health and security.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMendes, Isabel Amelia CostaOliveira, Rodrigo Mota de2023-09-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-08122023-170804/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-01-02T14:51:02Zoai:teses.usp.br:tde-08122023-170804Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-01-02T14:51:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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