Uso do quimioterápico daunorrubicina associado à nanoemulsões lipídicas no tratamento da aterosclerose experimental em coelho.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25072021-174251/ |
Resumo: | As nanopartículas lipídicas (LDE) demonstraram eficácia como veículo de direcionamento de fármacos no tratamento de aterosclerose e câncer em pacientes e em modelo animal. A LDE é sintetizada em laboratório com estrutura e composição semelhantes à LDL e concentra-se em locais com altas taxas de proliferação celular, como nas lesões ateroscleróticas. O agente quimioterápico daunorrubicina (DNR) é antiproliferativo e citotóxico e em estudos anteriores foi associada a LDE em modelo de câncer murino, não apresentando toxicidade relevante. Coelhos New Zealand machos foram submetidos a uma dieta com colesterol 1% durante 8 semanas. Após 4 semanas do início da dieta, os animais foram divididos em: Grupo LDE-DNR (6mg/kg EV, n=9), tratados semanalmente com DNR associada à LDE; Grupo LDE (EV, n=7), tratados com apenas LDE. Além disso, foi utilizado um grupo Controle de 3 animais, os quais não foram submetidos a qualquer intervenção. Perfil lipídico e hematológico, consumo de ração, massa corporal e ecocardiograma foram avaliados antes do início da dieta rica em colesterol, no pré-tratamento e pós-tratamento. Morfometria e Western blot foram realizados em segmentos das aortas, qRT-PCR foi realizado em segmento da aorta e tecido cardíaco. No grupo LDE-DNR as lesões macroscópicas aórticas foram 50% menores. A expressão proteica dos marcadores relacionados à inflamação CD68, IL-6 e TNF-? foi menor no grupo LDE-DNR em relação ao grupo LDE. Fatores pró-apoptóticos BAX, caspase 3 e caspase 9 também foram menores em LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. A expressão proteica do fator de crescimento endotelial (VEGF) e da molécula de adesão celular vascular (VCAM) foi menor no grupo LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. As interleucinas (IL-18, IL-10 e IL-1?) não tiveram diferença na expressão gênica quando comparado os grupos LDE-DNR e LDE. Entretanto, expressão gênica dos marcadores MMP12, MCP-1 e VCAM-1 foram menores no grupo LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. Pela ecocardiografia observou-se nos grupos LDE e LDE-DNR que as funções sistólica e diastólica foram preservadas comparadas ao grupo controle e não houve diferença na massa cardíaca entre os 3 grupos. Os grupos estudados não apresentaram diferenças na ingestão de ração e peso corporal, e a LDE-DNR não apresentou toxicidade observável no hemograma, porém houve um aumento na enzima hepática AST no grupo LDE- DNR que começou no período de pré-tratamento e continuou até o fim do protocolo. O tratamento com LDE-DNR reduziu a inflamação e a morte celular na aorta além de não prejudicar a função cardíaca desses animais, e reduzir drasticamente as lesões ateroscleróticas do grupo tratado com a associação. |
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Uso do quimioterápico daunorrubicina associado à nanoemulsões lipídicas no tratamento da aterosclerose experimental em coelho.Use of the chemotherapy drug daunorubicin associated with lipid nanoemulsions in the treatment of experimental atherosclerosis in rabbits.AteroscleroseAtherosclerosisChemotherapycoelhosdaunorrubicinadaunorubicininflamaçãoinflammationnanoparticlesnanopartículasquimioterápicosrabbitsAs nanopartículas lipídicas (LDE) demonstraram eficácia como veículo de direcionamento de fármacos no tratamento de aterosclerose e câncer em pacientes e em modelo animal. A LDE é sintetizada em laboratório com estrutura e composição semelhantes à LDL e concentra-se em locais com altas taxas de proliferação celular, como nas lesões ateroscleróticas. O agente quimioterápico daunorrubicina (DNR) é antiproliferativo e citotóxico e em estudos anteriores foi associada a LDE em modelo de câncer murino, não apresentando toxicidade relevante. Coelhos New Zealand machos foram submetidos a uma dieta com colesterol 1% durante 8 semanas. Após 4 semanas do início da dieta, os animais foram divididos em: Grupo LDE-DNR (6mg/kg EV, n=9), tratados semanalmente com DNR associada à LDE; Grupo LDE (EV, n=7), tratados com apenas LDE. Além disso, foi utilizado um grupo Controle de 3 animais, os quais não foram submetidos a qualquer intervenção. Perfil lipídico e hematológico, consumo de ração, massa corporal e ecocardiograma foram avaliados antes do início da dieta rica em colesterol, no pré-tratamento e pós-tratamento. Morfometria e Western blot foram realizados em segmentos das aortas, qRT-PCR foi realizado em segmento da aorta e tecido cardíaco. No grupo LDE-DNR as lesões macroscópicas aórticas foram 50% menores. A expressão proteica dos marcadores relacionados à inflamação CD68, IL-6 e TNF-? foi menor no grupo LDE-DNR em relação ao grupo LDE. Fatores pró-apoptóticos BAX, caspase 3 e caspase 9 também foram menores em LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. A expressão proteica do fator de crescimento endotelial (VEGF) e da molécula de adesão celular vascular (VCAM) foi menor no grupo LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. As interleucinas (IL-18, IL-10 e IL-1?) não tiveram diferença na expressão gênica quando comparado os grupos LDE-DNR e LDE. Entretanto, expressão gênica dos marcadores MMP12, MCP-1 e VCAM-1 foram menores no grupo LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. Pela ecocardiografia observou-se nos grupos LDE e LDE-DNR que as funções sistólica e diastólica foram preservadas comparadas ao grupo controle e não houve diferença na massa cardíaca entre os 3 grupos. Os grupos estudados não apresentaram diferenças na ingestão de ração e peso corporal, e a LDE-DNR não apresentou toxicidade observável no hemograma, porém houve um aumento na enzima hepática AST no grupo LDE- DNR que começou no período de pré-tratamento e continuou até o fim do protocolo. O tratamento com LDE-DNR reduziu a inflamação e a morte celular na aorta além de não prejudicar a função cardíaca desses animais, e reduzir drasticamente as lesões ateroscleróticas do grupo tratado com a associação.Lipid nanoparticles (LDE) have shown effectiveness as a vehicle for targeting chemotherapeutic drugs in treatment of atherosclerosis and cancer in patients and in animal model. LDE was synthesized in laboratory with a structure and composition similar to LDL and it is concentrated in places with high rates of cell proliferation, such as atherosclerotic lesions. Daunorubicin (DNR) is a chemotherapy drug that in previous studies has been associated with LDE to treat a murine cancer model, with no relevant toxicity. Male New Zealand rabbits were fed with 1% cholesterol diet for 8 weeks. After 4 weeks from the beginning of the diet, the animals were divided in three groups: LDE-DNR group (6mg/kg iv, n=9), treated weekly with DNR associated with LDE; LDE group (iv, n=7), treated with LDE only, and Control group (3 animals) that no intervention was performed. Lipid and hematological profile, chow consumption, body mass and echocardiography were evaluated in the baseline, pre-treatment and post-treatment periods. Morphometry, protein and gene expression were performed on segments of the aortas. Aortic lesions were 50% smaller in LDE-DNR group compared to the LDE group. Protein expression of markers related to inflammation CD68, IL-6 and TNF- ? were lower in the LDE-DNR group compared to the LDE group. Pro-apoptotic factors BAX, caspase 3 and caspase 9 were also lower in LDE-DNR when compared to the LDE group. Protein expression of VEGF and VCAM were lower in LDE-DNR group when compared to LDE group. In addition, gene expression of MMP12, VCAM-1 and MCP-1 were lower in LDE-DNR group when compared to LDE group. The gene expression of interleukins (IL-18, IL-10 e IL-1?) had no difference when compared LDE-DNR and LDE group. By echocardiography, it was observed in LDE and LDE-DNR groups that the systolic and diastolic functions were preserved and there was no difference in cardiac mass between the 3 groups. There was no difference in chow consumption and body weight, and the LDE-DNR did not show toxicity that could be observed in blood count, however, there was an increase in levels of liver enzyme AST in LDE-DNR group that started in pre-treatment period and continued until the end of the protocol. Treatment with LDE-DNR reduced inflammation and cell death in aorta and did not impair cardiac function of these animals. In addition, remarkably reduced atherosclerotic lesions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMaranhao, Raul CavalcanteAlbuquerque, Camila Inagaki de2021-04-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25072021-174251/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-08-19T17:48:01Zoai:teses.usp.br:tde-25072021-174251Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-08-19T17:48:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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As nanopartículas lipídicas (LDE) demonstraram eficácia como veículo de direcionamento de fármacos no tratamento de aterosclerose e câncer em pacientes e em modelo animal. A LDE é sintetizada em laboratório com estrutura e composição semelhantes à LDL e concentra-se em locais com altas taxas de proliferação celular, como nas lesões ateroscleróticas. O agente quimioterápico daunorrubicina (DNR) é antiproliferativo e citotóxico e em estudos anteriores foi associada a LDE em modelo de câncer murino, não apresentando toxicidade relevante. Coelhos New Zealand machos foram submetidos a uma dieta com colesterol 1% durante 8 semanas. Após 4 semanas do início da dieta, os animais foram divididos em: Grupo LDE-DNR (6mg/kg EV, n=9), tratados semanalmente com DNR associada à LDE; Grupo LDE (EV, n=7), tratados com apenas LDE. Além disso, foi utilizado um grupo Controle de 3 animais, os quais não foram submetidos a qualquer intervenção. Perfil lipídico e hematológico, consumo de ração, massa corporal e ecocardiograma foram avaliados antes do início da dieta rica em colesterol, no pré-tratamento e pós-tratamento. Morfometria e Western blot foram realizados em segmentos das aortas, qRT-PCR foi realizado em segmento da aorta e tecido cardíaco. No grupo LDE-DNR as lesões macroscópicas aórticas foram 50% menores. A expressão proteica dos marcadores relacionados à inflamação CD68, IL-6 e TNF-? foi menor no grupo LDE-DNR em relação ao grupo LDE. Fatores pró-apoptóticos BAX, caspase 3 e caspase 9 também foram menores em LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. A expressão proteica do fator de crescimento endotelial (VEGF) e da molécula de adesão celular vascular (VCAM) foi menor no grupo LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. As interleucinas (IL-18, IL-10 e IL-1?) não tiveram diferença na expressão gênica quando comparado os grupos LDE-DNR e LDE. Entretanto, expressão gênica dos marcadores MMP12, MCP-1 e VCAM-1 foram menores no grupo LDE-DNR quando comparado ao grupo LDE. Pela ecocardiografia observou-se nos grupos LDE e LDE-DNR que as funções sistólica e diastólica foram preservadas comparadas ao grupo controle e não houve diferença na massa cardíaca entre os 3 grupos. Os grupos estudados não apresentaram diferenças na ingestão de ração e peso corporal, e a LDE-DNR não apresentou toxicidade observável no hemograma, porém houve um aumento na enzima hepática AST no grupo LDE- DNR que começou no período de pré-tratamento e continuou até o fim do protocolo. O tratamento com LDE-DNR reduziu a inflamação e a morte celular na aorta além de não prejudicar a função cardíaca desses animais, e reduzir drasticamente as lesões ateroscleróticas do grupo tratado com a associação. |
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