Clínica e resistência: a medicina filosófica de Georges Canguilhem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Adriana Belmonte
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-08012014-151719/
Resumo: Este trabalho procura apresentar através de uma análise do conjunto das obras de Canguilhem uma crítica da razão médica prática, tal como sugere num de seus escritos. Vale dizer que embora ele tenha afirmado não pretender renovar a medicina, procurando apenas ajudá-la a pensar sobre seus pressupostos e conceitos fundamentais, em nosso entender, ao realizar uma crítica à hegemonia do modelo médico científico-moderno e ao operar o desvelamento de sua ideologia de controle da vida, acabou por delinear os contornos de uma nova racionalidade médica que, por se ancorar numa definição de medicina como arte que se coloca a serviço da capacidade de resistência vital, pode vir a fazer frente à mecanização da vida, à normalização dos indivíduos e à gestão sociopolítica médica da vida cotidiana. Assim, é adotando o ponto de vista canguilhemiano de que a ideia de normalidade como normalização mais se identifica à medicina científica moderna que opera com a ideia de norma como média estatística e tipo ideal, do que a uma medicina que considera que na natureza há apenas normalidade como normatividade, que procuramos ao fim de nosso trabalho vislumbrar outro horizonte para as práticas e a ética do cuidado em saúde na atualidade.
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