Análise do perfil de expressão do miR-483-3p e do miR-630 em tumores adrenocorticais e o efeito dessa modulação na tumorigênese da adrenal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-05102020-102256/ |
Resumo: | O tumor adrenocortical (TAC) pediátrico é um câncer raro, com baixa incidência, e sobrevida global em 5 anos variando de 54-77%. No sul/sudeste do Brasil essa incidência é 10-15 vezes maior do que no resto do mundo, possivelmente devido à presença de uma mutação germinativa no gene TP53. O tratamento atual consiste em ressecção cirúrgica e, em casos mais avançados, uso de mitotano associado ou não a quimioterapia. Apesar desse tratamento, cerca de 50% dos pacientes apresentam recidiva. Há uma grande dificuldade em classificar esses tumores quanto ao seu grau histológico e malignidade, e até o momento não existe uma caracterização precisa de subgrupos moleculares associados a desfecho clínico. Para a definição prognóstica tem sido utilizado estadiamento clínico, porém nem sempre com boa correlação com desfecho da doença. Portanto, existe uma grande necessidade de entender melhor a biologia dos TAC, para que o prognóstico e terapia desses pacientes sejam melhor direcionados. Dentre as alterações descritas para este tumor, pouco se sabe sobre a ação de miRNAs em TAC pediátricos, bem como a relação dessa desregulação com a via de desenvolvimento TGF-β. O objetivo desse estudo foi investigar a expressão do miR-483-3p e do miR-630 em linhagens celulares de TAC, amostras tumorais de pacientes pediátricos e controles não neoplásicos, os efeitos de suas modulações e sua relação com o funcionamento da via TGF-β. Foi observado que o miR-483- 3p apresenta maior expressão nas amostras tumorais em relação as não neoplásicas, enquanto o miR-630 não apresentou diferença, mas a desregulação de ambos esteve associada com o prognóstico dos pacientes, por estarem relacionados com sobrevida, estadios avançados, recidiva, metástase e óbito. Além disso, ao modificar a expressão do miR-483-3p e do miR-630 in vitro, foi observada diminuição na viabilidade celular e formação de colônias, bem como alteração na expressão de alguns genes da via TGF-β, como TGFBR1, TGFBR2 e SMAD7; além de alteração na expressão das proteínas Smad3, pSmad3, Smad 2/3, N-caderina e Vimentina. Além disso, a combinação da inibição da via TGF-β com o aumento da expressão do miR-630 ou com o silenciamento do miR-483-3p, promoveu queda na viabilidade celular, na formação de colônias, além de alterar a expressão de proteínas da via em questão. Todos os dados em conjunto indicam que ambos os miRNAs podem ser potenciais marcadores para predizer o prognóstico dos pacientes com TAC, visto que apresentam envolvimento com a via TGF-β. |
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Análise do perfil de expressão do miR-483-3p e do miR-630 em tumores adrenocorticais e o efeito dessa modulação na tumorigênese da adrenalAnalysis of the expression profile of miR-483-3p and miR-630 in adrenocortical tumors and the effect of this modulation on adrenal tumorigenesisAdrenocortical tumormiRNAmiRNATGF-βTGF-βTumor adrenocorticalO tumor adrenocortical (TAC) pediátrico é um câncer raro, com baixa incidência, e sobrevida global em 5 anos variando de 54-77%. No sul/sudeste do Brasil essa incidência é 10-15 vezes maior do que no resto do mundo, possivelmente devido à presença de uma mutação germinativa no gene TP53. O tratamento atual consiste em ressecção cirúrgica e, em casos mais avançados, uso de mitotano associado ou não a quimioterapia. Apesar desse tratamento, cerca de 50% dos pacientes apresentam recidiva. Há uma grande dificuldade em classificar esses tumores quanto ao seu grau histológico e malignidade, e até o momento não existe uma caracterização precisa de subgrupos moleculares associados a desfecho clínico. Para a definição prognóstica tem sido utilizado estadiamento clínico, porém nem sempre com boa correlação com desfecho da doença. Portanto, existe uma grande necessidade de entender melhor a biologia dos TAC, para que o prognóstico e terapia desses pacientes sejam melhor direcionados. Dentre as alterações descritas para este tumor, pouco se sabe sobre a ação de miRNAs em TAC pediátricos, bem como a relação dessa desregulação com a via de desenvolvimento TGF-β. O objetivo desse estudo foi investigar a expressão do miR-483-3p e do miR-630 em linhagens celulares de TAC, amostras tumorais de pacientes pediátricos e controles não neoplásicos, os efeitos de suas modulações e sua relação com o funcionamento da via TGF-β. Foi observado que o miR-483- 3p apresenta maior expressão nas amostras tumorais em relação as não neoplásicas, enquanto o miR-630 não apresentou diferença, mas a desregulação de ambos esteve associada com o prognóstico dos pacientes, por estarem relacionados com sobrevida, estadios avançados, recidiva, metástase e óbito. Além disso, ao modificar a expressão do miR-483-3p e do miR-630 in vitro, foi observada diminuição na viabilidade celular e formação de colônias, bem como alteração na expressão de alguns genes da via TGF-β, como TGFBR1, TGFBR2 e SMAD7; além de alteração na expressão das proteínas Smad3, pSmad3, Smad 2/3, N-caderina e Vimentina. Além disso, a combinação da inibição da via TGF-β com o aumento da expressão do miR-630 ou com o silenciamento do miR-483-3p, promoveu queda na viabilidade celular, na formação de colônias, além de alterar a expressão de proteínas da via em questão. Todos os dados em conjunto indicam que ambos os miRNAs podem ser potenciais marcadores para predizer o prognóstico dos pacientes com TAC, visto que apresentam envolvimento com a via TGF-β.The pediatric adrenocortical tumor (ACT) is rare cancer, with low incidence, and overall 5-year survival ranging from 54-77%. In the south/southeast of Brazil, this incidence is 10-15 times higher than in the rest of the world, possibly due to the presence of a germline mutation in the TP53 gene. Current treatment consists of surgical resection and, in more advanced cases, the use of mitotane associated or not with chemotherapy. Despite this treatment, about 50% of patients experience recurrence. There is great difficulty in classifying these tumors according to their histological grade and malignancy, and so far, there is no precise characterization of molecular subgroups associated with clinical outcome. For the prognostic definition, clinical staging has been used, but not always with a good correlation with the outcome of the disease. Therefore, there is a great need to better understand the biology of ACT, so that the prognosis and therapy of these patients are better targeted. Among the alterations described for this tumor, little is known about the action of miRNAs in pediatric ACT, as well as the relationship between this dysregulation and the TGF-β development pathway. The aim of this study was to investigate the expression of miR-483-3p and miR-630 in ACT cell lines, tumor samples from pediatric patients and non-neoplastic controls, the effects of their modulations and their relationship with the functioning of the TGF-β. It was observed that miR-483-3p show greater expression in tumor samples compared to non-neoplastic samples, while miR-630 showed no difference, but the dysregulation of both was associated with patients\' prognosis, as they are related to survival, stages advanced, with relapse, metastasis, and death. In addition, when modifying the expression of miR-483-3p and miR-630 in vitro, a decrease in cell viability and colony formation was observed, as well as changes in the expression of some genes of the TGF-β pathway, such as TGFBR1, TGFBR2, and SMAD7; in addition to changes in the expression of the Smad3, pSmad3, Smad 2/3, N-cadherin and Vimentin proteins. Besides that, the combination of inhibition of the TGF-β pathway with increased expression of miR-630 or silencing of miR-483-3p promoted a decrease in cell viability, colony formation, and altering protein expression the pathway in question. All the data together indicate that both miRNAs can be potential markers to predict the prognosis of patients with ACT since they are involved with the TGF-β pathway.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAndrade, Augusto FariaScrideli, Carlos AlbertoCorrêa, Carolina Alves Pereira2020-07-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-05102020-102256/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-10-19T21:07:02Zoai:teses.usp.br:tde-05102020-102256Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-10-19T21:07:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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