Enzimas oxidorredutases do fungo Pestalotiopsis sp
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100142/tde-18082020-151222/ |
Resumo: | A demanda por fontes renováveis de energia tem incentivado a pesquisa sobre a utilização da biomassa lignocelulósica como matéria prima para a produção de bioetanol 2G, tornando, assim, interessante o estudo e identificação das enzimas envolvidas na sua degradação. A presente dissertação tem como objetivo identificar a cepa BBF-245, produzir, purificar e caracterizar enzimas oxidorredutases principalmente lacases do fungo Pestalotiopsis sp. (BBF-245) a fim de avaliar a potencial utilização dessas proteínas na degradação do bagaço da cana-de-açúcar e em outras aplicações biotecnológicas. Durante o estudo foi realizada a identificação da cepa BBF-245 (como Pestalotiopsis sp) e a análise da produção de oxidorredutases pelo fungo no cultivo em meio MBC com 1% de bagaço da cana-de-açúcar, encontrando-se uma maior produção de enzimas lacases (2.006,7 U/mg) do que manganês peroxidases (16,42 U/mg) e lignina peroxidases (106,25 U/mg); esses resultados levaram à escolha das lacases para a continuação das seguintes etapas do trabalho. O sobrenadante do 4° dia em MBC com 1% de bagaço da canade- açúcar foi clarificado e concentrado para purificação em cromatografia de troca iônica, na qual foram obtidas duas lacases (PspLac1 e PspLac2) na eluição a 25mM e 50mM de NaCl, respectivamente. As duas enzimas foram, então, caracterizadas quanto à massa molecular aproximada (PspLac1 = 66,7 kDa e PspLac2 = 56,3 kDa), pH ótimo (PspLac1 = 3 e PspLac2 = 4), estabilidade térmica (20-60°C, ambas), Km (PspLac1 = 15,72mM e PspLac2 = 6,42mM), kcat (PspLac1 = 18x102 s-1 e PspLac2 = 5x102 s-1) e kcat.Km-1 (PspLac1 = 1,14x102 s-1.mM-1 e PspLac2 = 7,7x10 s-1.mM-1). O presente trabalho permitiu a identificação do BBF-245 como Pestalotiopsis sp. e a caracterização de duas lacases nativas (PspLac1 e PspLac2), as quais podem ser utilizadas em várias aplicações biotecnológicas, como na composição de coquetéis enzimáticos para a degradação de biomassa |
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A demanda por fontes renováveis de energia tem incentivado a pesquisa sobre a utilização da biomassa lignocelulósica como matéria prima para a produção de bioetanol 2G, tornando, assim, interessante o estudo e identificação das enzimas envolvidas na sua degradação. A presente dissertação tem como objetivo identificar a cepa BBF-245, produzir, purificar e caracterizar enzimas oxidorredutases principalmente lacases do fungo Pestalotiopsis sp. (BBF-245) a fim de avaliar a potencial utilização dessas proteínas na degradação do bagaço da cana-de-açúcar e em outras aplicações biotecnológicas. Durante o estudo foi realizada a identificação da cepa BBF-245 (como Pestalotiopsis sp) e a análise da produção de oxidorredutases pelo fungo no cultivo em meio MBC com 1% de bagaço da cana-de-açúcar, encontrando-se uma maior produção de enzimas lacases (2.006,7 U/mg) do que manganês peroxidases (16,42 U/mg) e lignina peroxidases (106,25 U/mg); esses resultados levaram à escolha das lacases para a continuação das seguintes etapas do trabalho. O sobrenadante do 4° dia em MBC com 1% de bagaço da canade- açúcar foi clarificado e concentrado para purificação em cromatografia de troca iônica, na qual foram obtidas duas lacases (PspLac1 e PspLac2) na eluição a 25mM e 50mM de NaCl, respectivamente. As duas enzimas foram, então, caracterizadas quanto à massa molecular aproximada (PspLac1 = 66,7 kDa e PspLac2 = 56,3 kDa), pH ótimo (PspLac1 = 3 e PspLac2 = 4), estabilidade térmica (20-60°C, ambas), Km (PspLac1 = 15,72mM e PspLac2 = 6,42mM), kcat (PspLac1 = 18x102 s-1 e PspLac2 = 5x102 s-1) e kcat.Km-1 (PspLac1 = 1,14x102 s-1.mM-1 e PspLac2 = 7,7x10 s-1.mM-1). O presente trabalho permitiu a identificação do BBF-245 como Pestalotiopsis sp. e a caracterização de duas lacases nativas (PspLac1 e PspLac2), as quais podem ser utilizadas em várias aplicações biotecnológicas, como na composição de coquetéis enzimáticos para a degradação de biomassa |
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