Made in Kurdistan: Etnoficção, infância e resistência no cinema curdo de Bahman Ghobadi

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessuto, Kelen
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-28062018-092752/
Resumo: Esta tese se propõe a pensar sobre o lugar da infância no cinema curdo de Bahman Ghobadi e tem como objeto de estudo os filmes Life in fog (Zendegi da Meh, 1999), A Time for Drunken Horses (Zamani barayé masti asbha, 2000), Turtles can Fly (Lakposhtha parvaz mikonand, 2004), Life on the Border (2015) e A Flag Without a Country (2015). Minha hipótese é que em seus filmes o lugar que a criança ocupa é de agência, pois as crianças deixam de ser seres passivos, para se tornarem agentes sociais. Isso transparece tanto nos personagens construídos quanto em suas funções durante a realização dos filmes, quando atuam também enquanto coautoras, pois o método de direção de Bahman Ghobadi dialoga com as etnoficções criadas por Jean Rouch, que conta com a colaboração dos sujeitos filmados. A opção de Ghobadi por fugir das normas convencionais de se fazer cinema, além de ser uma opção estética, é também política, e efetiva-se como um cinema de resistência, que se assume enquanto um cinema curdo. Para entender quais infâncias Ghobadi aborda e o que significa para essas crianças serem curdas, procuro descobrir os contextos nos quais elas estão inseridas. Realizo isso através de um panorama do cinema curdo e seu diálogo com a sociedade, que investiga os temas que esse cinema utiliza, as guerras que essas crianças enfrentam, o uso do idioma, a censura e a relação com os países hospedeiros.
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