Cultivo de células epiteliais da tuba uterina de bovinos na presença e ausência de soro fetal bovino: análise bioquímica, morfológica e morfométrica

• Autor(a) principal: Roseli Fernandes Goncalves
• Data de Publicação: 2002
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.10.2002.tde-07082007-132913

Foi realizado um estudo bioquímico, morfológico e morfométrico de células epiteliais da tuba uterina de bovinos na presença e ausência de soro fetal bovino in vitro. Para determinar os efeitos dos soro fetal bovino sobre as células foram utilizados como parâmetros sua influência sobre o crescimento, a morfologia qualitativa e quantitativa, o consumo de glicose, a síntese protéica, a atividade da fosfatase láctica e da deidrogenase láctica, em diferentes dias de cultivo. Nas eletromicrografias foram analisados os seguintes componentes celulares: núcleo, grânulos de secreção, mitocôndrias, retículo endoplasmático rugoso, aparelho de Golgi e outras estruturas citoplasmáticas. A cinética de crescimento foi maior na presença de soro. A microscopia eletrônica de transmissão evidenciou inicialmente dois tipos de células, as ciliadas e as secretoras que foram gradativamente diferenciando-se durante todo o tempo de cultivo, na presença e na ausência de soro fetal bovino. Na presença de soro observou-se uma monocamada confluente no dia cinco, enquanto na ausência do mesmo não se notou monocamada confluente até o final do experimento. Um terceiro tipo celular foi observado, tratava-se de uma célula da monocamada com microvilosidades. A análise morfométrica revelou que os três tipos celulares apresentaram diferenças significativas em alguns dos parâmetros avaliados. A análise bioquímica evidenciou algumas diferenças significativas no meio de cultivo. Pode-se concluir que o soro fetal bovino não interfere nas principais características morfológicas, mas sim na formação da monocamada e de certos parâmetros morfométricos e bioquímicos, talvez por apresentar componentes desconhecidos, tais como, proteínas, ácidos graxos, fatores de crescimento, aminoácidos e/ou vitaminas, sendo que a presença e concentração destes pode variar muito entre diferentes lotes, alterando o meio de cultivo. Estudos com outros suplementos ou mesmo fatores de aderência devem ser realizados visando um modelo in vitro que auxilie na compreensão das interações das células da tuba uterina com os gametas e embriões.