Avaliação in vivo da segurança de tartarato de metoprolol intravítreo em olhos com hemangioma circunscrito de coroide. Estudo fase I

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chaves, Leandro Jerez
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-10112023-165514/
Resumo: Objetivos: Avaliar a segurança da injeção intravítrea (IVT) de tartarato de metoprolol em olhos com hemangioma circunscrito de coroide (HCC). Casuística e Métodos: Ensaio clínico, não randomizado, prospectivo, incluindo cinco olhos de cinco pacientes diagnosticados com HCC em topografia macular ou peridiscal. Todos os casos eram sintomáticos e refratários ao tratamento prévio com IVT de agentes antiangiogênicos (anti-VEGF). As avaliações iniciais e de seguimento incluíram medida da melhor acuidade visual corrigida (MAVC), medida da pressão intraocular (PIO), avaliação de sinais inflamatórios do segmento anterior (celularidade, flare, transparência da córnea e alterações irianas e/ou do cristalino) e posterior (vitreíte, vasculite e hemorragias na retina), imagens coloridas do fundo de olho (Topcon), autofluorescência (Spectralis&reg; Heidelberg), medida da espessura retiniana no subcampo central e avaliação qualitativa da retina por tomografia de coerência óptica (TCO) (Spectralis&reg; Heidelberg). A eletrorretinografia de campo total (Espion-E3, registrado com eletrodos de fibra do tipo DTL- Dawson, Trick e Litzkow) foi realizada na visita inicial e quatro semanas após a intervenção, seguindo a recomendação da International Society for Clinical Eletrophysiology of Vision (ISCEV). A intervenção consistiu na IVT de 50 microgramas de tartarato de metoprolol (Betacris&reg; Ltda. Itapira, Brasil). O período de seguimento foi de trinta dias. A análise estatística comparou intraindividualmente o pré e pós-tratamento utilizando o teste-t pareado. Resultados: A média de idade da amostra foi de 54,2 anos, o sintoma visual mais prevalente foi baixa acuidade visual. O tempo de duração dos sintomas variou de quatro meses a dez anos. Não houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre as amplitudes e o tempo de pico das ondas-a e -b nas respostas do eletrorretinograma de campo total. Não houve sinais clínicos de inflamação intraocular, alteração significativa da PIO ou MAVC. A média ± desvio padrão da PIO na visita inicial e quatro semanas após a intervenção foi, respectivamente, de 12,6 ± 2,88 e 13,4 ± 2,70 mmHg (p=0,5069). Nenhuma alteração no padrão de autofluorescência foi identificada ao longo do estudo. A espessura da retina no subcampo central reduziu em quatro dos cinco pacientes e aumentou em 3 &micro;m em um dos casos. A média ± desvio padrão da espessura da retina no subcampo central da visita inicial e quatro semanas após a intervenção foi, respectivamente, de 623,80 ± 248,49 e 592,80 ± 247,44 &micro;m (p=0,2203). A análise qualitativa identificou discreta redução nos espaços císticos nas camadas nucleares externa e interna e do espaço sub-retiniano. Conclusão: Os resultados indicaram ausência de sinais de toxicidade ocular aguda após a IVT de tartarato de metoprolol na dose de 50 microgramas em pacientes não vitrectomizados. Este estudo piloto não avaliou a toxicidade para a retina em longo prazo, diferentes concentrações da medicação ou complicações de recorrentes injeções.
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As avaliações iniciais e de seguimento incluíram medida da melhor acuidade visual corrigida (MAVC), medida da pressão intraocular (PIO), avaliação de sinais inflamatórios do segmento anterior (celularidade, flare, transparência da córnea e alterações irianas e/ou do cristalino) e posterior (vitreíte, vasculite e hemorragias na retina), imagens coloridas do fundo de olho (Topcon), autofluorescência (Spectralis&reg; Heidelberg), medida da espessura retiniana no subcampo central e avaliação qualitativa da retina por tomografia de coerência óptica (TCO) (Spectralis&reg; Heidelberg). A eletrorretinografia de campo total (Espion-E3, registrado com eletrodos de fibra do tipo DTL- Dawson, Trick e Litzkow) foi realizada na visita inicial e quatro semanas após a intervenção, seguindo a recomendação da International Society for Clinical Eletrophysiology of Vision (ISCEV). A intervenção consistiu na IVT de 50 microgramas de tartarato de metoprolol (Betacris&reg; Ltda. Itapira, Brasil). O período de seguimento foi de trinta dias. A análise estatística comparou intraindividualmente o pré e pós-tratamento utilizando o teste-t pareado. Resultados: A média de idade da amostra foi de 54,2 anos, o sintoma visual mais prevalente foi baixa acuidade visual. O tempo de duração dos sintomas variou de quatro meses a dez anos. Não houve diferença estatisticamente significativa (p<0,05) entre as amplitudes e o tempo de pico das ondas-a e -b nas respostas do eletrorretinograma de campo total. Não houve sinais clínicos de inflamação intraocular, alteração significativa da PIO ou MAVC. A média ± desvio padrão da PIO na visita inicial e quatro semanas após a intervenção foi, respectivamente, de 12,6 ± 2,88 e 13,4 ± 2,70 mmHg (p=0,5069). Nenhuma alteração no padrão de autofluorescência foi identificada ao longo do estudo. A espessura da retina no subcampo central reduziu em quatro dos cinco pacientes e aumentou em 3 &micro;m em um dos casos. A média ± desvio padrão da espessura da retina no subcampo central da visita inicial e quatro semanas após a intervenção foi, respectivamente, de 623,80 ± 248,49 e 592,80 ± 247,44 &micro;m (p=0,2203). A análise qualitativa identificou discreta redução nos espaços císticos nas camadas nucleares externa e interna e do espaço sub-retiniano. Conclusão: Os resultados indicaram ausência de sinais de toxicidade ocular aguda após a IVT de tartarato de metoprolol na dose de 50 microgramas em pacientes não vitrectomizados. Este estudo piloto não avaliou a toxicidade para a retina em longo prazo, diferentes concentrações da medicação ou complicações de recorrentes injeções.Purposes: To evaluate the safety of intravitreal injection of metoprolol tartrate in eyes with circumscribed choroidal hemangioma (HCC). Casuistic and Methods: Non-randomized, prospective clinical trial including five eyes of five patients diagnosed with HCC. All patients were symptomatic and refractory to previous treatment with intravitreal injection of antiangiogenic agents. Baseline and follow-up assessments included measurement of best-corrected visual acuity (BCVA), measurement of intraocular pressure (IOP), assessment of anterior segment inflammatory signs (cellularity, flare, corneal transparency, iris, and lens changes), and posterior segment (vitritis, vasculitis, and retinal hemorrhages), fundus color imaging (Topcon), autofluorescence (Spectralis&reg; Heidelberg), measurement of central subfield retinal thickness, and qualitative evaluation of the retina by optical coherence tomography (OCT) (Spectralis&reg; Heidelberg). Full-field electroretinography (Espion-E3 recorded with Dawson, Trick e Litzkow (DTL)-type electrodes) was performed at baseline and four- week after the intervention, following the International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (ISCEV) recommendations. The intervention consisted of intravitreal injection of 50 micrograms of metoprolol tartrate (Betacris&reg;, metoprolol tartrate 1 mg/ml, Cristália, Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda. Itapira, Brazil). The follow-up period was thirty days. Statistical analysis involved pre- and post-treatment intraindividual comparison using the paired t-test. Results: The average age was 54.2 years; the most prevalent visual symptom was low visual acuity. The duration of symptoms ranged from four months to ten years. There was no statistically significant difference (p<0.05) between the amplitudes and peak times of a and -b waves in the full-field electroretinogram responses. There were no clinical signs of intraocular inflammation or significant change in IOP or BCVA. The mean ± standard deviation of IOP at the initial visit and four weeks after the intervention was 12.6 ± 2.88 and 13.4 ± 2.70 mmHg, respectively (p=0,5069). No change in the autofluorescence pattern was identified throughout the study. Central subfield retinal thickness decreased in four of the five patients and increased by 3 &micro;m in one of the cases. The mean ± standard deviation of the central subfield retinal thickness at baseline and four weeks after the intervention was, respectively, 623.80 ± 248.49 and 592.80 ± 247.44 &micro;m (p=0,2203). Qualitative analysis identified a slight reduction in cystic spaces in the outer and inner nuclear layers and the subretinal space. Conclusions: The results indicate no signs of acute ocular toxicity after intravitreal injection of metoprolol tartrate at a dose of 50 micrograms in non-vitrectomized patients. This pilot study did not assess long-term retinal toxicity, different drug concentrations or complications from recurrent intravitreal injections.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJorge, RodrigoChaves, Leandro Jerez2023-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-10112023-165514/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-27T19:50:02Zoai:teses.usp.br:tde-10112023-165514Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-27T19:50:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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