Heterogeneidade espacial (horizontal) da Represa do Guarapiranga (São Paulo) e a distribuição da comunidade zooplanctônica

• Autor(a) principal: Domingos, Mario Donizeti
• Data de Publicação: 1993
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-21102024-114612/
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A Represa do Guarapiranga, localizada na cidade de São Paulo, SP, cuja água foi utilizada para geração de energia elétrica e atualmente para o abastecimento urbano, tem sido objeto de estudo de vários autores desde a década de trinta. Com o intuito de verificar a qualidade da água e as mudanças sofridas nas caracterÍsticas físicas, químicas e biológicas até o presente momento, foram feitos estudos limnológicos em duas épocas do ano: março, período de intensa precipitação e novembro, início do período chuvoso. Foram realizados também amostragens em dez pontos distribuidos no reservatório a fim de caracterizar a heterogeneidade espacial do sistema. A análise da comunidade zooplanctónica foi realizada relacionando a ocorr&ncia de espécies, sua abundtmcia e dominância, com a heterogeneidade espacial física e química apresentada no sistema. Os resultados mostram que este sistema apresenta duas regiões com características físicas, químicas e biológicas diferentes. A região mais distante da barragem (metade superior do reservatório), que se mostra mais rica em organismos tanto qualitativamente , quanto quantitativamente e onde ocorre menor concentração de nutrientes, e a região mais próxima a barragem (metade inferior do reservatório) com características opostas da anterior, determinando assim a exist&ncia de duas sub-comunidades do zooplâncton no sistema. A grande participação na comunidade, de organismos associados à condições eutróficas, tais como Thermocyclops decipiens, Conochilus unicomis, Collotheca omata e pequenos Cladocera, indica que o reservatório é eutrófico, o que é também demonstrado pela ocorrência freqüente de florescimento de algas que são combatidos por algicidas. Aparentemente a constante utilização de sulfato de cobre não muda drasticamente a composição da comunidade zooplanctônica. As mudanças estão mais relacionadas à densidade que a diversidade. Esta é uma hipotese de trabalho para futuros estudos