Substituição do farelo de soja por fontes de nitrogênio não-protéico em bovinos Nelore

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corte, Rosana Rüegger Pereira da Silva
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-04072012-091759/
Resumo: Capítulo 2: Estudos vêm sendo realizados na tentativa de se avaliar os efeitos da manipulação da nutrição protéica, devido à sua importância no metabolismo e desempenho de bovinos. O presente estudo teve como objetivo identificar a melhor fonte de nitrogênio não-proteico (uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação destas) em substituição parcial ao farelo de soja sobre o desempenho, características de carcaça e qualidade da carne de novilhos Nelore em terminação. Quarenta e seis novilhos Nelore (313,30 ± 22,62 kg) foram distribuídos em um delineamento em blocos e confinados em baias individuais por 74 dias. As dietas foram formuladas isoproteicas e isoenergéticas, com os seguintes tratamentos: 1)Controle: composta por 12% de farelo de soja, 2)Uréia: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia, 3)Optigen: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia de liberação lenta e 4)Uréia e Optigen: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia e uréia de liberação lenta, tendo como volumoso o bagaço e a silagem de cana totalizando 21,5% da MS. Não foram verificados efeitos das dietas (P>0,05) no peso vivo final, ganho médio diário, consumo de matéria seca, eficiência alimentar, características de carcaça e qualidade de carne. A substituição parcial do farelo de soja pelas fontes de NNP (uréia e uréia de liberação lenta) proporcionou desempenho, características de carcaça e qualidade da carne semelhantes. -- Capítulo 3: O objetivo deste trabalho foi identificar a melhor fonte de nitrogênio não protéico (NNP), (uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação destas) para a substituição parcial ao farelo de soja, avaliando seus efeitos na fermentação ruminal, digestibilidade aparente total, produção de proteína microbiana, contagem de microrganismos ruminais e parâmetros sanguíneos de bovinos Nelore. Para tanto, quatro novilhos Nelore com cânulas ruminais (PV 407,1 ± 11,7 kg) foram distribuídos em um quadrado latino (4×4) durante quatro períodos de 21 dias. As dietas foram formuladas isoproteicas e isoenergéticas, com os seguintes tratamentos: 1)Controle (CTL): composta por 12% de farelo de soja, 2)Uréia (U): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia, 3)Optigen (O): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia de liberação lenta e 4)Uréia e Optigen (UO): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia e uréia de liberação lenta, tendo como volumoso o bagaço e a silagem de cana totalizando 21,5% da MS. Não foi observado efeito das dietas experimentais (P>0,05) no consumo de nutrientes e digestibilidade aparente total, com exceção do consumo de extrato etéreo que foi maior nos animais alimentados com as fontes de NNP (U:0,19, O:0,20 e UO:0,19 kg/d) em relação a dieta CTL (0,17 kg/d). A concentração de nitrogênio amoniacal, proporção molar, porcentagem e total de ácidos graxos de cadeia curta no líquido ruminal foram semelhantes entre as dietas. No entanto, os animais alimentados com a dieta CTL apresentaram maior (P=0,017) pH ruminal (6,81) em relação as fontes de NNP (U:6,64, O:6,63 e UO:6,76). A quantidade de todos os gêneros de protozoários ciliados foram aumentados no conteúdo ruminal dos animais alimentados com as fontes de NNP em relação à dieta controle (P<0,001). Foi observada maior produção de proteína microbiana para as dietas com NNP, devido aos maiores valores de alantoina (P=0,074), purinas totais (P=0,090), purinas microbianas absorvidas (P=0,091), nitrogênio microbiano (P=0,091) e proteína bruta microbiana (P=0,091) observados quando comparadas a dieta CTL. A concentração plasmática de glicose, uréia no plasma e nitrogênio ureico no soro foram maiores na dieta CTL (P=0,012; 0,017 e 0,017, respectivamente) em relação as fontes de NNP. A substituição parcial de farelo de soja por uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação de uréia e uréia de liberação lenta, resultou em melhor eficiência de utilização protéica pelos animais, entretanto, a uréia e a uréia de liberação lenta foram semelhantes nas variáveis analisadas.
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As dietas foram formuladas isoproteicas e isoenergéticas, com os seguintes tratamentos: 1)Controle: composta por 12% de farelo de soja, 2)Uréia: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia, 3)Optigen: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia de liberação lenta e 4)Uréia e Optigen: com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia e uréia de liberação lenta, tendo como volumoso o bagaço e a silagem de cana totalizando 21,5% da MS. Não foram verificados efeitos das dietas (P>0,05) no peso vivo final, ganho médio diário, consumo de matéria seca, eficiência alimentar, características de carcaça e qualidade de carne. A substituição parcial do farelo de soja pelas fontes de NNP (uréia e uréia de liberação lenta) proporcionou desempenho, características de carcaça e qualidade da carne semelhantes. -- Capítulo 3: O objetivo deste trabalho foi identificar a melhor fonte de nitrogênio não protéico (NNP), (uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação destas) para a substituição parcial ao farelo de soja, avaliando seus efeitos na fermentação ruminal, digestibilidade aparente total, produção de proteína microbiana, contagem de microrganismos ruminais e parâmetros sanguíneos de bovinos Nelore. Para tanto, quatro novilhos Nelore com cânulas ruminais (PV 407,1 ± 11,7 kg) foram distribuídos em um quadrado latino (4×4) durante quatro períodos de 21 dias. As dietas foram formuladas isoproteicas e isoenergéticas, com os seguintes tratamentos: 1)Controle (CTL): composta por 12% de farelo de soja, 2)Uréia (U): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia, 3)Optigen (O): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia de liberação lenta e 4)Uréia e Optigen (UO): com a substituição de 6 % da proteína do farelo de soja por uréia e uréia de liberação lenta, tendo como volumoso o bagaço e a silagem de cana totalizando 21,5% da MS. Não foi observado efeito das dietas experimentais (P>0,05) no consumo de nutrientes e digestibilidade aparente total, com exceção do consumo de extrato etéreo que foi maior nos animais alimentados com as fontes de NNP (U:0,19, O:0,20 e UO:0,19 kg/d) em relação a dieta CTL (0,17 kg/d). A concentração de nitrogênio amoniacal, proporção molar, porcentagem e total de ácidos graxos de cadeia curta no líquido ruminal foram semelhantes entre as dietas. No entanto, os animais alimentados com a dieta CTL apresentaram maior (P=0,017) pH ruminal (6,81) em relação as fontes de NNP (U:6,64, O:6,63 e UO:6,76). A quantidade de todos os gêneros de protozoários ciliados foram aumentados no conteúdo ruminal dos animais alimentados com as fontes de NNP em relação à dieta controle (P<0,001). Foi observada maior produção de proteína microbiana para as dietas com NNP, devido aos maiores valores de alantoina (P=0,074), purinas totais (P=0,090), purinas microbianas absorvidas (P=0,091), nitrogênio microbiano (P=0,091) e proteína bruta microbiana (P=0,091) observados quando comparadas a dieta CTL. A concentração plasmática de glicose, uréia no plasma e nitrogênio ureico no soro foram maiores na dieta CTL (P=0,012; 0,017 e 0,017, respectivamente) em relação as fontes de NNP. A substituição parcial de farelo de soja por uréia, uréia de liberação lenta ou a combinação de uréia e uréia de liberação lenta, resultou em melhor eficiência de utilização protéica pelos animais, entretanto, a uréia e a uréia de liberação lenta foram semelhantes nas variáveis analisadas.Chapter 1: Several studies have been performed to evaluate the effects of protein nutritional manipulation due to its importance to ruminant metabolism and performance. This study aimed to identify the best source of non protein nitrogen (urea, slow releasing urea and their combination) for the partial replacement of soybean meal, and its effect on the animal performance, carcass traits and meat quality. Forty-six Nellore steers (BW 313.30 ± 22.62 kg) were allotted in a randomized block design and fed in individual pens for 74 days. Steers were fed isoproteic and isoenergetic diets as follows: 1)Control (CTL): 12% of soybean meal 2)Urea (U): the replacement of 6% of soybean meal protein for urea, 3)Optigen (O): the replacement of 6% of soybean meal protein for slow releasing urea and 4)Urea and Optigen (UO): the replacement of 6% of soybean meal protein for urea and slow releasing urea, with 21.5% of the total DM of sugarcane silage and bagasse as roughage. No differences (P>0,05) in final body weight, average daily gain, dry matter intake, feed efficiency, carcass traits and meat quality were found among steers fed with the dietary treatments. The partial replacement of soybean meal by NPN sources (urea and slow releasing urea) had animal performance, carcass traits and meat quality similar to the control. -- Chapter 2: This study aimed to identify the best source of non protein nitrogen (urea, slow releasing urea and their combination) for the partial replacement of soybean meal, and its effect on the ruminal fermentation, total apparent digestibility, microbial protein production, ruminal microorganisms and blood parameters in Nelore steers. Four Nelore steers (BW 407,1 ± 11,7 kg) with ruminal canulas were alloted in a (4×4) square design for four 21 days periods. Steers were fed isoproteic and isoenergetic diets as follows: 1)Control (CTL): 12% of soybean meal 2)Urea (U): the replacement of 6% of soybean meal protein for urea, 3)Optigen (O): the replacement of 6% of soybean meal protein for slow releasing urea and 4)Urea and Optigen (UO): the replacement of 6% of soybean meal protein for urea and slow releasing urea, with 21.5% of the total DM of sugarcane silage and bagasse as roughage. There was no effect of experimental diets (P>0.05) on nutrient intake and total apparent digestibility, but ether extract intake was higher in animals fed NPN diets (U:0.19, O:0.20 e UO:0.19 kg/d) when compared to the CTL diet (0.17 kg/d). The ruminal ammonia N concentration and the ruminal short-chain fatty acid concentrations were similar among the diets. Therefore, the animals fed the CTL diet had increased (P=0.017) ruminal pH (6.81) when compared to the NPN diets (U:6.64, O:6.63 e UO:6.76). The NPN diets provided more protozoa than the CTL diet. (P<0.001). It was observed an increase production of microbial protein to the NPN diets due to the higher values of allantoin (P=0.074), total purine (P=0.090), microbial purine absorbed (P=0.091), microbial N (P=0.091) and microbial crude protein (P=0.091) observed when compared to the CTL diet. The CTL diet had higher blood concentration of glucose (P=0.012) plasma urea (P=0.017) and serum urea nitrogen (P=0.017) when compared with the NPN sources. The partial replacement of soybean meal for urea, slow releasing urea or their combination resulted in better efficiency on protein utilization by the animals.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNogueira Filho, José Carlos MachadoCorte, Rosana Rüegger Pereira da Silva2012-02-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-04072012-091759/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-04072012-091759Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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