Primeira Geração Romântica versus Escola do Recife: trajetórias de intelectuais da Corte e dos intelectuais periféricos da Escola do Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Márcio Luiz do
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-07052010-124022/
Resumo: Os trabalhos sobre intelectuais brasileiros atuantes no século XIX mostram-se contraproducentes quando dissociam o texto do contexto sociopolítico ou super valorizam capitais econômicos em detrimento dos capitais políticos e das relações sociais. Neste sentido, construímos uma análise que recupera texto e contexto e aproxima os capitais nas suas diferentes modalidades, confrontando dois grupos de peso intelectual: a Primeira Geração Romântica e a Escola do Recife. Seguimos por uma metodologia capaz unir, conjuntamente, à revelação do sentido por trás do enraizamento social e familiar dos escritores: as suas diferentes formações escolares; as expectativas profissionais dos grupos sociais aos quais pertenciam; e as aspirações traduzidas nas suas produções literárias. Os letrados do Recife conviviam com a dupla condição de marginalizados. Tanto eram excluídos políticos do establishement Imperial como operavam com baixos capitais econômicos e de relações sociais. Esta condição de intelectuais periféricos duplamente marginalizados explica em grande parte a reação contra o projeto político-literário romântico, iniciar-se primeiro entre os integrantes da Escola do Recife. Para eles, o modelo literário dos românticos, em particular o indianismo e o sertanismo, estava esgotado. Neste aspecto, os intelectuais da Escola do Recife apontavam a ausência dos grupos sociais urbanos na literatura romântica como emblemática da resistência dos românticos às novas transformações sociopolíticas, operadas no Brasil do século XIX, com o surgimento do indivíduo burguês.
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