O que os jovens têm a dizer sobre a adolescência e o tema da morte?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodriguez, Cláudia Fernanda
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-25072006-105925/
Resumo: Este trabalho buscou compreender como os adolescentes percebem, refletem e se relacionam com o tema da morte e verificar como explicam as altas taxas de mortalidade na sua faixa etária. Além disso, investigou-se a necessidade de discutir o tema da morte com a família, amigos, profissionais e quais as maneiras que consideram melhor. Esta reflexão é relevante e fundamental uma vez que as estatísticas mostram dados alarmantes sobre o aumento da mortalidade entre adolescentes, principalmente relacionadas com acidentes e mortes violentas. Buscou-se compreender o processo da adolescência e a sua relação com o tema da morte, a partir de uma abordagem qualitativa na coleta e na compreensão dos dados. Participaram desta pesquisa adolescentes do Ensino Fundamental e Médio de duas escolas da cidade de São Paulo. Foi exibido o vídeo “Falando de morte com o adolescente" (do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo) e foram propostas discussões com os adolescentes inspiradas na modalidade denominada Grupo Focal. Categorias temáticas foram destacadas com o intuito de formar alguns eixos de análise. As reflexões feitas pelos adolescentes envolveram o tema da morte e a dificuldade de pensar na possibilidade da perda de pessoas queridas. De uma forma geral, os adolescentes não percebem a morte como possibilidade pessoal, expressando sentimentos de imortalidade e onipotência. Ao relatarem perdas de amigos também adolescentes, os sentimentos de choque e tristeza intensa são freqüentes e os amigos são importantes fontes de apoio num processo de identificação. Algumas das hipóteses sobre os altos índices de mortalidade na adolescência foram: uso de drogas; violência; banalização da morte; situações sociais desfavoráveis; AIDS; falta de emprego e de perspectivas de futuro; suicídios; dificuldade na comunicação com profissionais, amigos e familiares; dificuldades na expressão de sentimentos e pedidos de ajuda; acidentes; falta de limites e a postura de desafiar o mundo; más influências; não imposição de responsabilidade pela sociedade; entraves na educação etc. Foi estabelecido um contato com profissionais de educação que refletiu como a escola compreende um importante espaço para possibilitar a discussão e a reflexão sobre o tema da morte entre os profissionais e entre/com os alunos.
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Participaram desta pesquisa adolescentes do Ensino Fundamental e Médio de duas escolas da cidade de São Paulo. Foi exibido o vídeo “Falando de morte com o adolescente" (do Laboratório de Estudos sobre a Morte do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo) e foram propostas discussões com os adolescentes inspiradas na modalidade denominada Grupo Focal. Categorias temáticas foram destacadas com o intuito de formar alguns eixos de análise. As reflexões feitas pelos adolescentes envolveram o tema da morte e a dificuldade de pensar na possibilidade da perda de pessoas queridas. De uma forma geral, os adolescentes não percebem a morte como possibilidade pessoal, expressando sentimentos de imortalidade e onipotência. Ao relatarem perdas de amigos também adolescentes, os sentimentos de choque e tristeza intensa são freqüentes e os amigos são importantes fontes de apoio num processo de identificação. Algumas das hipóteses sobre os altos índices de mortalidade na adolescência foram: uso de drogas; violência; banalização da morte; situações sociais desfavoráveis; AIDS; falta de emprego e de perspectivas de futuro; suicídios; dificuldade na comunicação com profissionais, amigos e familiares; dificuldades na expressão de sentimentos e pedidos de ajuda; acidentes; falta de limites e a postura de desafiar o mundo; más influências; não imposição de responsabilidade pela sociedade; entraves na educação etc. Foi estabelecido um contato com profissionais de educação que refletiu como a escola compreende um importante espaço para possibilitar a discussão e a reflexão sobre o tema da morte entre os profissionais e entre/com os alunos. This work investigated how the adolescents perceive, reflect and deal with the subject of death and verify how the teenagers explain the high rates of mortality in their age group. Moreover, it was investigated the need of discussing the subject of death with family, friends, professionals and the best way to do it. This reflection is relevant and fundamental once the statistics show astonishing data about the increase of mortality between adolescents, mainly related to accidents and violent deaths. It was intended to comprehend the process of adolescence and its relation to the subject of death, using a qualitative approach. Teenagers (ages 14 to 17) from two schools in the city of São Paulo participated in this study. The video “Talking about death with the adolescent" (Laboratory of Death Studies of Psychology Institute of University of São Paulo) was shown and discussions with the adolescents were proposed, inspired in the modality called Focal Group. Thematic categories were stood out with the intention of construct some points of analyses. The reflections made by the adolescents envolved: the subject of death and the difficulty of thinking about the possibility of loss of dear persons. In general, the adolescents don’t notice death as a personal possibility, expressing feelings of immortality and onipotence. When losses of adolescent friends were mentioned, the feelings of shock and intense sadness were frequent and friends are important sources of support in a process of identification. Some of the hypothesis about the high rates of mortality in adolescence were: use of drugs; violence; banalization of death; unfavourable social situations; AIDS; unemployment and lack of perspectives of future; suicide; difficulty in the communication with professionals, friends and family; difficulty in the expression of feelings and help requests; accidents; lack of limits and attitude of challenging the world; bad influences; non-imposition of responsability by society; difficulties in education etc. It was stablished a contact with professionals of education that reflected how schools are an important space to offer the discussion and reflection about the subject of death between professionals and between/with the students. 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