Efeito do estresse térmico sobre respostas fisiológicas, composição química e potencial antioxidante de Sargassum stenophyllum (Fucales, Ochrophyta) e Pyropia spiralis (Bangiales, Rhodophyta)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Urrea-Victoria, Vanessa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-18022019-100343/
Resumo: As flutuações de temperatura no ambiente marinho, decorrentes de processos naturais e de atividades antrópicas, como a flutuação das marés, o resfriamento de usinas e o aquecimento global afetam a dinâmica ecológica e as respostas fisiológicas de organismos marinhos, especialmente das macroalgas bentônicas. Macroalgas que ocorrem nos limites das faixas entre-marés podem estar sujeitas a fortes variações de temperatura em curto-prazo, como por exemplo: Sargassum e Pyropia. Sob aquela perspectiva, o objetivo deste projeto foi prover subsídios para a compreensão do efeito da temperatura e dos mecanismos de tolerância e sensibilidade das espécies do mediolitoral paulista Sargassum stenophyllum (Fucales, Ochrophyta) e Pyropia spiralis (Bangiales, Rhodophyta) mediante a análise da performance fotossintetizante, variação na composição química e respostas antioxidantes, além de fornecer informação sobre o seu potencial como produto funcional. As respostas das algas modelos foram avaliadas sob temperaturas de 15, 20, 25 (controle), 30 e 35 ºC ao longo de sete dias, em condições controladas de laboratório. As espécies de estudo mantiveram proporções semelhantes na dissipação de energia e taxa de crescimento, e poucas alterações no perfil químico (p. ex. pigmentos, carboidratos, carotenoides e aminoácidos) entre os 15 e 30 ºC, o qual pode ser compreendido como faixa de tolerância. Em contraste, existiu sensibilidade no talo das macroalgas estudadas na temperatura de 35 ºC, tendo diminuição na fotossíntese e crescimento desde o terceiro dia do período experimental. Em alta temperatura, acima de 30 ºC, tanto os filoides de S. stenophyllum quanto o talo da P. spiralis podem ter liberado substâncias químicas, como substâncias fenólicas, evidenciado pela mudança de cor na água do mar. Em condição de baixa temperatura (15 ºC), P. spiralis mostrou acúmulo de aminoácidos tipo-micosporinas. Em termos gerais, as espécies de estudo são promissoras como produto funcional envolvido na área de alimentação devido à sua composição nutricional e propriedades antioxidantes
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spelling Efeito do estresse térmico sobre respostas fisiológicas, composição química e potencial antioxidante de Sargassum stenophyllum (Fucales, Ochrophyta) e Pyropia spiralis (Bangiales, Rhodophyta)Effect of thermal stress on physiological responses, chemical composition and antioxidant potential of Sargassum stenophyllum (Fucales, Ochrophyta) and Pyropia spiralis (Bangiales, Rhodophyta).AntioxidantAntioxidantesBangialesBangialesFisiologiaFucalesFucalesNutriçãoNutritionPhysiologyAs flutuações de temperatura no ambiente marinho, decorrentes de processos naturais e de atividades antrópicas, como a flutuação das marés, o resfriamento de usinas e o aquecimento global afetam a dinâmica ecológica e as respostas fisiológicas de organismos marinhos, especialmente das macroalgas bentônicas. Macroalgas que ocorrem nos limites das faixas entre-marés podem estar sujeitas a fortes variações de temperatura em curto-prazo, como por exemplo: Sargassum e Pyropia. Sob aquela perspectiva, o objetivo deste projeto foi prover subsídios para a compreensão do efeito da temperatura e dos mecanismos de tolerância e sensibilidade das espécies do mediolitoral paulista Sargassum stenophyllum (Fucales, Ochrophyta) e Pyropia spiralis (Bangiales, Rhodophyta) mediante a análise da performance fotossintetizante, variação na composição química e respostas antioxidantes, além de fornecer informação sobre o seu potencial como produto funcional. As respostas das algas modelos foram avaliadas sob temperaturas de 15, 20, 25 (controle), 30 e 35 ºC ao longo de sete dias, em condições controladas de laboratório. As espécies de estudo mantiveram proporções semelhantes na dissipação de energia e taxa de crescimento, e poucas alterações no perfil químico (p. ex. pigmentos, carboidratos, carotenoides e aminoácidos) entre os 15 e 30 ºC, o qual pode ser compreendido como faixa de tolerância. Em contraste, existiu sensibilidade no talo das macroalgas estudadas na temperatura de 35 ºC, tendo diminuição na fotossíntese e crescimento desde o terceiro dia do período experimental. Em alta temperatura, acima de 30 ºC, tanto os filoides de S. stenophyllum quanto o talo da P. spiralis podem ter liberado substâncias químicas, como substâncias fenólicas, evidenciado pela mudança de cor na água do mar. Em condição de baixa temperatura (15 ºC), P. spiralis mostrou acúmulo de aminoácidos tipo-micosporinas. Em termos gerais, as espécies de estudo são promissoras como produto funcional envolvido na área de alimentação devido à sua composição nutricional e propriedades antioxidantesTemperature fluctuations in the marine environment, due to natural processes and anthropogenic activities, caused by tidal fluctuation, cooling of energy power plants, and global warming affect the ecological dynamics and physiological responses of marine organisms, mainly in benthic macroalgae. Seaweeds inhabiting the boundaries of the intertidal zone may be subjected to strong short-term temperature variations, such as Sargassum and Pyropia. On this perspective, the aim of this project was to provide subsidies for understand the effect of temperature and the mechanisms of tolerance and sensitivity of the intertidal species Sargassum stenophyllum (Fucales, Ochrophyta) and Pyropia spiralis (Bangiales, Rhodophyta) from São Paulo, through the analysis of photosynthetic performance, chemical variation, and antioxidant responses, as well as, to provide information about its potential as functional product. The responses of the studied seaweeds were evaluated under temperatures of 15, 20, 25 (control), 30 and 35 °C over seven days in laboratory controlled conditions. The species displayed similar proportions in energy dissipation and growth rate, and few changes in the chemical profile (e.g. pigments, carbohydrates, carotenoids, and amino acids) between 15 and 30 ºC, which can be identificated as thermal tolerance range. In contrast, algae were sensitive at 35 ºC, with decrease in photosynthesis and growth since the third day of the experimental period. Under high temperature, above 30 °C, S. stenophyllum phylloids and P. spiralis thalli might have released chemical compounds, such as phenolic compounds, evidenced by color change of the seawater. Under low temperature condition (15 °C), P. spiralis showed accumulation of mycosporin-like amino acids. In general, the studied species are promising as a functional product involved in the feed area due to its nutritional composition and antioxidant propertiesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHo, Fanly Fungyi ChowUrrea-Victoria, Vanessa 2018-11-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-18022019-100343/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-02-17T16:00:06Zoai:teses.usp.br:tde-18022019-100343Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-02-17T16:00:06Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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