Impacto da atividade física na aptidão aeróbia, força muscular e qualidade de vida em mulheres sobreviventes de câncer de mama: efeito do nível de supervisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto, Raphael Ferreira de Paiva
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-04072024-155131/
Resumo: A neoplasia de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres no mundo e com maior incidência em países em desenvolvimento como o Brasil. Já está bem estabelecido o impacto do aprimoramento do tratamento antineoplásico no aumento da sobrevida. No entanto, diversas complicações ainda estão associadas à doença e ao tratamento antineoplásico, entre elas: a redução na aptidão física, a fadiga, os transtornos do humor, o linfedema e a piora da qualidade de vida. Nesse sentido, a literatura aponta a atividade física como uma alternativa terapêutica complementar de grande importância, capaz de minimizar os efeitos adversos e melhorar a qualidade de vida, ao longo da trajetória de cuidado de pacientes com neoplasia de mama. Todavia, há poucos estudos na literatura que comparam diferentes tipos de atividade física (por exemplo, caminhada, corrida, musculação, remo, voleibol, etc.) isolando o efeito da supervisão como terapia complementar em mulheres que finalizaram o tratamento antineoplásico. Os trabalhos têm mostrado que programas de atividade física supervisionada, apesar de trazerem benefícios fisiológicos superiores, apresentam limitações quanto à acessibilidade e ao custo. Os programas de atividade física não supervisionada, por sua vez, apresentam maior flexibilidade, facilidade de acesso e conforto de execução, porém baixa adesão e menores benefícios fisiológicos. Desta forma, foi o objetivo dessa dissertação comparar a atividade física sem supervisão (SS) orientada por cartilha, modelo tradicional, à proposta de adição de exercício físico supervisionado (remo em canoa) em grupo à atividade física orientada por cartilha (CS + SS) sobre a aptidão aeróbia (desfecho primário) e qualidade de vida, força muscular, capacidade funcional, composição corporal, atividade física diária e fadiga (desfechos secundários) em mulheres sobreviventes de câncer de mama, após 16 semanas de intervenção. Os efeitos da atividade física foram avaliados por ANOVAs mistas de 2 fatores e ANCOVAs covariadas para os valores iniciais, considerando-se p<0,005 como significante. Como resultados, o grupo CS + SS apresentou aumento significativo intragrupo na capacidade funcional de resistência, em força de membros superiores (22,7±4,78 vs. 27,9±5,13 para o grupo CS + SS e 23±2,3 vs. 21±3,13 para o grupo SS pré vs. pós intervenção para repetições de flexão de antebraço direito, p<0.001). Resultado significativo e semelhante foi observado para repetições de flexão de antebraço esquerdo no grupo CS + SS que aumentou a força pós intervenção (22,5±4,11 vs. 27,5±5,31 para o grupo CS + SS e 23±2,3 vs. 21,8±3,2 para o grupo SS pré vs. pós intervenção para repetições de flexão de antebraço esquerdo, p<0.001). Além disso, o grupo CS + SS também apresentou aumento significativo intragrupo na capacidade funcional de resistência, em força de membros inferiores (12±2,18 vs. 14,78±1,76 para o grupo CS + SS e 11,41±1,5 vs. 11,66±1,58 para o grupo SS pré vs. pós intervenção em repetições em 30 segundos no teste de sentar e levantar p<0.001). Entre grupos, pós intervenção, foi observado aumento de capacidade funcional de resistência, em força de membros superiores (27,9±5,13 vs. 21±3,13 para flexão de antebraço direito e 27,5±5,31 vs. 21,8±3,2 para a flexão de antebraço esquerdo nos grupos CS + SS vs grupo SS, p <0.001). A força nos membros inferiores também foi superior no grupo CS + SS (14,78±1,76 vs. 11,66±1,58, para sentar e levantar nos grupos CS + SS vs grupo SS, p <0,001). Além do mais, pós intervenção, foi observado aumento de capacidade de resistência aeróbia (146±25,87 vs 110,9±20,56, para marcha estacionária nos grupos CS + SS vs grupo SS, p <0.040). Adicionamente foram observados uma melhora intra grupo tanto na composição corporal para o grupo CS + SS (29±28,8 vs. 27,3±28,4 mm3 , p =0.058 para a média da somatória de pregas cutâneas) como na dimensão da percepção da capacidade funcional (68±15,1 vs. 92±10,9, p <0.004, escala funcional avaliada no questionário de qualidade de vida). Não houve diferença significante entre grupos para as demais variáveis estudadas. Em conjunto, nossos resultados sugerem que o acréscimo de atividade física sob supervisão profissional realizada em grupo se mostrou superior à estratégia tradicional em diferentes aspectos relacionados à saúde das sobreviventes de câncer de mama
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spelling Impacto da atividade física na aptidão aeróbia, força muscular e qualidade de vida em mulheres sobreviventes de câncer de mama: efeito do nível de supervisãoImpact of physical activity on aerobic fitness, muscular strength and quality of life in breast cancer survivors: effect of level of supervisionAptidão físicaAtividade físicaBreast cancerCâncer de mamaCapacidade aeróbiaForça muscularMuscle strength; Aerobic capacityPhysical activityPhysical fitnessQualidade de vidaQuality of lifeA neoplasia de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres no mundo e com maior incidência em países em desenvolvimento como o Brasil. Já está bem estabelecido o impacto do aprimoramento do tratamento antineoplásico no aumento da sobrevida. No entanto, diversas complicações ainda estão associadas à doença e ao tratamento antineoplásico, entre elas: a redução na aptidão física, a fadiga, os transtornos do humor, o linfedema e a piora da qualidade de vida. Nesse sentido, a literatura aponta a atividade física como uma alternativa terapêutica complementar de grande importância, capaz de minimizar os efeitos adversos e melhorar a qualidade de vida, ao longo da trajetória de cuidado de pacientes com neoplasia de mama. Todavia, há poucos estudos na literatura que comparam diferentes tipos de atividade física (por exemplo, caminhada, corrida, musculação, remo, voleibol, etc.) isolando o efeito da supervisão como terapia complementar em mulheres que finalizaram o tratamento antineoplásico. Os trabalhos têm mostrado que programas de atividade física supervisionada, apesar de trazerem benefícios fisiológicos superiores, apresentam limitações quanto à acessibilidade e ao custo. Os programas de atividade física não supervisionada, por sua vez, apresentam maior flexibilidade, facilidade de acesso e conforto de execução, porém baixa adesão e menores benefícios fisiológicos. Desta forma, foi o objetivo dessa dissertação comparar a atividade física sem supervisão (SS) orientada por cartilha, modelo tradicional, à proposta de adição de exercício físico supervisionado (remo em canoa) em grupo à atividade física orientada por cartilha (CS + SS) sobre a aptidão aeróbia (desfecho primário) e qualidade de vida, força muscular, capacidade funcional, composição corporal, atividade física diária e fadiga (desfechos secundários) em mulheres sobreviventes de câncer de mama, após 16 semanas de intervenção. Os efeitos da atividade física foram avaliados por ANOVAs mistas de 2 fatores e ANCOVAs covariadas para os valores iniciais, considerando-se p<0,005 como significante. Como resultados, o grupo CS + SS apresentou aumento significativo intragrupo na capacidade funcional de resistência, em força de membros superiores (22,7±4,78 vs. 27,9±5,13 para o grupo CS + SS e 23±2,3 vs. 21±3,13 para o grupo SS pré vs. pós intervenção para repetições de flexão de antebraço direito, p<0.001). Resultado significativo e semelhante foi observado para repetições de flexão de antebraço esquerdo no grupo CS + SS que aumentou a força pós intervenção (22,5±4,11 vs. 27,5±5,31 para o grupo CS + SS e 23±2,3 vs. 21,8±3,2 para o grupo SS pré vs. pós intervenção para repetições de flexão de antebraço esquerdo, p<0.001). Além disso, o grupo CS + SS também apresentou aumento significativo intragrupo na capacidade funcional de resistência, em força de membros inferiores (12±2,18 vs. 14,78±1,76 para o grupo CS + SS e 11,41±1,5 vs. 11,66±1,58 para o grupo SS pré vs. pós intervenção em repetições em 30 segundos no teste de sentar e levantar p<0.001). Entre grupos, pós intervenção, foi observado aumento de capacidade funcional de resistência, em força de membros superiores (27,9±5,13 vs. 21±3,13 para flexão de antebraço direito e 27,5±5,31 vs. 21,8±3,2 para a flexão de antebraço esquerdo nos grupos CS + SS vs grupo SS, p <0.001). A força nos membros inferiores também foi superior no grupo CS + SS (14,78±1,76 vs. 11,66±1,58, para sentar e levantar nos grupos CS + SS vs grupo SS, p <0,001). Além do mais, pós intervenção, foi observado aumento de capacidade de resistência aeróbia (146±25,87 vs 110,9±20,56, para marcha estacionária nos grupos CS + SS vs grupo SS, p <0.040). Adicionamente foram observados uma melhora intra grupo tanto na composição corporal para o grupo CS + SS (29±28,8 vs. 27,3±28,4 mm3 , p =0.058 para a média da somatória de pregas cutâneas) como na dimensão da percepção da capacidade funcional (68±15,1 vs. 92±10,9, p <0.004, escala funcional avaliada no questionário de qualidade de vida). Não houve diferença significante entre grupos para as demais variáveis estudadas. Em conjunto, nossos resultados sugerem que o acréscimo de atividade física sob supervisão profissional realizada em grupo se mostrou superior à estratégia tradicional em diferentes aspectos relacionados à saúde das sobreviventes de câncer de mamaPeople living with and beyond cancer present sedentary behavior, despite all proved benefits of exercise and physical activity in reducing symptoms and recurrence, besides increasing survival rates and quality of life. Interventions focused on improving physical activity levels have clinical and psychological relevance. However, studies addressing this question found several limitations in supervised individual exercise and unsupervised home-based physical activity options, showing low levels of adherence and limited benefits in long term follow up. The aim of this dissertation was to investigate the feasibility and efficacy of a newly intervention focused on addition of supervised group exercise to active lifestyle recommendations, analyzing clinical, psychological, physiological, and functional effects in breast cancer survivors. This study is a 16-week, parallel-group, randomized controlled trial, in which all participants received booklet recommendations to achieve an active lifestyle by increasing overall daily movement and practicing at least 150 min/week of exercise. Participants were randomized into two groups: one was instructed to perform physical activity on an unsupervised home-based model, while the other was assigned into an additional supervised group exercise that undergo two weekly sessions of canoeing training, with aims to overcome barriers to physical activity. Participants were recruited from the Cancer Institute of Sao Paulo and examined at baseline and after the 16-week intervention period. The primary outcome comprised aerobic capacity, whereas physical functioning, quality of life, physical activity levels, body composition, and motivation were assessed as secondary outcomes.Thus, the objective of this project was to compare the unsupervised group (UG) - physical activity guided by a booklet (usual care) - to the proposal of adding supervised physical exercise in group (paddling in a canoe) to the traditional model - supervised group (SG) - in women survivors of breast cancer. After 16 weeks of intervention, the SG showed a significant difference both within and between groups in the functional capacity of resistance in upper and lower limb strength, higher than the UG (outcome), in addition to a significant intra group increase in the improvement of body composition and in the perception of functional capacity assessed in the quality of life questionnaire (outcome). Therefore, the addition of physical activity under professional supervision performed in a group was superior to the usual strategy in different aspects related to the health of breast cancer survivors. The effects of physical activity were evaluated by mixed 2-factor ANOVAs and covariate ANCOVAs for baseline values, considering p <0.005 as significant. As a result, the CS + SS group showed a significant intragroup increase in the functional capacity of resistance in upper limb strength (22.7±4.78 vs. 27.9±5.13 for the CS + SS group and 23±2.3 vs. 21±3.13 for the SS group Pre vs. Post in right forearm flexion repetitions, p <0.001). A significant and similar result was observed for left forearm flexion repetitions in the CS + SS group (22.5±4.11 vs. 27.5±5.31 for the SS group and 23±2.3 vs. 21.8±3.2 for the SS group pre vs. post intervention for left forearm flexion repetitions, p <0.001). A significant and similar result was observed for left forearm flexion repetitions in the CS + SS group (22.5±4.11 vs. 27.5±5.31 for the SS group and 23±2.3 vs. 21.8±3.2 for the SS group pre vs. post intervention for left forearm flexion repetitions, p <0.001). In addition, the CS + SS group also showed a significant intragroup increase in the functional capacity of resistance, in lower limb strength (12±2.18 vs. 14.78±1.76 for the CS + SS group and 11.41±1.5 vs. 11.66±1.58 for the SS group pre vs. post intervention in repetitions in 30 seconds in the sit-and stand test p < 0.001). Between groups, after the intervention, an increase in the functional capacity of resistance was observed in upper limb strength (27.9±5.13 vs. 21±3.13 for right forearm flexion and 27.5±5.31 vs. 21.8±3.2 for left forearm flexion in the CS + SS groups vs. SS group, p <0.001). Lower limb strength was also higher in the CS + SS group (14.78±1.76 vs. 11.66±1.58 for sitting and standing in the CS + SS group vs. SS group, p< 0.001). In addition, after the intervention, an increase in aerobic endurance capacity was observed (146±25.87 vs 110.9±20.56, for stationary gait in the CS + SS groups vs SS group, p <0.040). In addition, a significant intra-group increase in body composition was found in the CS + SS group (29±28.8 vs. 27.3±28.4, p = 0.058 in Mean sum of skinfolds) and in the dimension of the perception of functional capacity (68±15.1 vs. 92±10.9, p <0.004, functional scale evaluated in the questionnaire of quality of life). No more significant results in the other analyses. Taken together, our results suggest that the addition of physical activity under professional supervision performed in groups was superior to the traditional strategy in different aspects related to the health of breast cancer survivorsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrito, Christina May Moran deBrum, Patricia ChakurBarreto, Raphael Ferreira de Paiva2024-05-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-04072024-155131/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-15T11:23:14Zoai:teses.usp.br:tde-04072024-155131Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-15T11:23:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Barreto, Raphael Ferreira de Paiva
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