Desenvolvimento de protocolo de reabilitação no período pós-operatório inicial de artroscopia em equinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stievani, Fernanda de Castro
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-05012015-145247/
Resumo: O presente estudo teve por objetivo avaliar protocolo de reabilitação para o período pós-operatório inicial de artroscopias visando diminuir a inflamação no local operado e aumentar a mobilidade articular. Foram utilizados 12 equinos (total de 20 articulações) encaminhados para artroscopia com diagnóstico de osteocondrite dissecante. Dessas, dez articulações receberam protocolo de reabilitação nos primeiros cinco dias do período pós-operatório. O protocolo consistiu em crioterapia, movimentação passiva da articulação e exercício controlado de baixa intensidade, além de uso sistêmico de anti-inflamatório. O outro grupo, também composto por dez articulações, recebeu apenas a terapia utilizada rotineiramente no HOVET-USP, consistido de repouso em baia e antiinflamatório. As articulações foram avaliadas quanto à circunferência em centímetros, ângulo de flexão, termografia, grau de claudicação. Amostras de líquido sinovial foram coletadas imediatamente antes do procedimento cirúrgico (D1), após 48h (D3) e após 96h (D5) para análise física, qualidade do coágulo de mucina, e quantificação de biomarcadores (IL-1, IL-6 e IL-10, PGE2 e SAA). As análises de exame de claudicação, circunferência articular, ângulo de flexão articular e termografia não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, nem entre os diferentes dias do mesmo grupo. Na análise do líquido sinovial, a cor e o aspecto apresentaram piora do D1 para o D3, de amarelo claro para avermelhado e de límpido para turvo, respectivamente, nos dois grupos. No entanto, no grupo tratado houve melhora do D3 para o D5, tanto para cor (de avermelhado para maioria xantocrômica e amarela) como aspecto (de maioria turva para ligeiramente turva). No grupo controle os líquidos permaneceram sem alteração em cor e aspecto de D3 para D5, e nas comparações entre os grupos não houve diferença para D1, D3 e D5. A viscosidade do líquido sinovial no grupo controle diminuiu significativamente quando comparados D1, D3 e D5. Já no grupo tratado a diminuição da viscosidade só foi observada quando comparados D1 e D5. O coágulo de mucina apresentou piora de D1 para D3 no grupo controle, com elevação não significativa de D3 para D5, enquanto que para o grupo tratado não houve diferença significativa de D1 para D3 e de D3 para D5, quando comparados o D5 dos dois grupos, o tratado obteve melhor qualidade. As concentrações de interleucina nas amostras não forneceram dados suficientes para análise. Na análise das concentrações de PGE2 não houve diferença entre os grupos nos diferentes momentos, ocorrendo elevação de D3 para D5 em ambos os grupos, porém, no grupo tratado não há diferença entre D1 e D5. Já para SAA os grupos apresentaram comportamento similar de resposta, com elevação de D1 para D3 e queda de D3 para D5, porém menos acentuado no grupo tratado, o que levou a diferença entre os grupos em D3. Pode-se concluir, que o protocolo de reabilitação, apesar de não gerar diferença significativa para as avaliações de exame físico dos animais, proporcionou melhor qualidade de líquido sinovial quanto a cor, aspecto, viscosidade e precipitado de mucina, além de evidenciar menores elevações nas concentrações de marcadores inflamatórios no liquido sinovial durante o período estudado.
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O outro grupo, também composto por dez articulações, recebeu apenas a terapia utilizada rotineiramente no HOVET-USP, consistido de repouso em baia e antiinflamatório. As articulações foram avaliadas quanto à circunferência em centímetros, ângulo de flexão, termografia, grau de claudicação. Amostras de líquido sinovial foram coletadas imediatamente antes do procedimento cirúrgico (D1), após 48h (D3) e após 96h (D5) para análise física, qualidade do coágulo de mucina, e quantificação de biomarcadores (IL-1, IL-6 e IL-10, PGE2 e SAA). As análises de exame de claudicação, circunferência articular, ângulo de flexão articular e termografia não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, nem entre os diferentes dias do mesmo grupo. Na análise do líquido sinovial, a cor e o aspecto apresentaram piora do D1 para o D3, de amarelo claro para avermelhado e de límpido para turvo, respectivamente, nos dois grupos. No entanto, no grupo tratado houve melhora do D3 para o D5, tanto para cor (de avermelhado para maioria xantocrômica e amarela) como aspecto (de maioria turva para ligeiramente turva). No grupo controle os líquidos permaneceram sem alteração em cor e aspecto de D3 para D5, e nas comparações entre os grupos não houve diferença para D1, D3 e D5. A viscosidade do líquido sinovial no grupo controle diminuiu significativamente quando comparados D1, D3 e D5. Já no grupo tratado a diminuição da viscosidade só foi observada quando comparados D1 e D5. O coágulo de mucina apresentou piora de D1 para D3 no grupo controle, com elevação não significativa de D3 para D5, enquanto que para o grupo tratado não houve diferença significativa de D1 para D3 e de D3 para D5, quando comparados o D5 dos dois grupos, o tratado obteve melhor qualidade. As concentrações de interleucina nas amostras não forneceram dados suficientes para análise. Na análise das concentrações de PGE2 não houve diferença entre os grupos nos diferentes momentos, ocorrendo elevação de D3 para D5 em ambos os grupos, porém, no grupo tratado não há diferença entre D1 e D5. Já para SAA os grupos apresentaram comportamento similar de resposta, com elevação de D1 para D3 e queda de D3 para D5, porém menos acentuado no grupo tratado, o que levou a diferença entre os grupos em D3. Pode-se concluir, que o protocolo de reabilitação, apesar de não gerar diferença significativa para as avaliações de exame físico dos animais, proporcionou melhor qualidade de líquido sinovial quanto a cor, aspecto, viscosidade e precipitado de mucina, além de evidenciar menores elevações nas concentrações de marcadores inflamatórios no liquido sinovial durante o período estudado.The purpose of this study was to evaluate a rehabilitation protocol for the initial postoperative period of metatarsophalangeal, metacarpophalangeal and tarsocrural´s arthroscopies, which seeks to, minimize local inflammation, diminish swelling, promote better joint range of motion and pain relief during such period. Twelve horses participated in this study - amounting to 20 joints - with dissecans ostheochondritis diagnosis. The first group was formed by ten joints, which were treated under rehabilitation protocol for the first 5 days as from the surgery (Treated group). The rehabilitation protocol consisted of cryotherapy, passive range of motion, low intensity exercise and non-steroidal anti-inflammatory drug. The second group also formed of ten joints received the standard HOVET-USP therapy, which consists of rest and non-steroidal anti-inflammatory drug Both groups were treated with the same non-steroidal anti-inflammatory drugs. The joints were measured for circumference, maximal flexion angle, thermography, and lameness score on the day before the surgery (D0) and during the first four days after the surgery. Synovial fluid samples were collected immediately before surgery (D1), within 48 hours (D3), and within 96 hours from the surgery (D5). The analysis evaluated gross appearance (color and aspect), viscosity and mucin clot quality, as well as biomarkers (Il-1, Il-6, Il- 10, PGE2, and SAA) quantification. Lameness examination, joint circumference, flexion angle and thermography evaluation were not significantly different between groups. In synovial fluid analyses de color and aspect have worsen from D1 (clear light yellow) to D3 (turbid hemorrhagic) in both groups. On treated group color and aspect improved from D3 (turbid hemorrhagic) to D5 (xanthochromic and yellow slightly turbid). On treated group there was no difference between D3 and D5. When the groups were compared, none significant differences was seen. The fluid viscosity of control group had significant decrease from D1, to D3 and from D1 and D5. In treated group this viscosity decrease was only seen between D1 and D5. The mucin clot formation worsened when D1 e D3 of control group was compared and remains similar from D3 to D5. In treatment group there were no differences when compared D1 with D3 and D3 with D5. The comparison between groups of D5 has shown treated group improved clot. The interleukin couldn´t be measured on sufficient number of samples for the statistics method. There were no differences between groups on all moments. The PGE2 response was similar in both group with a rise on concentration from D3 to D5. In treated group D1 was similar to D5. This results suggests more evident inflammatory response in the control group. For the SAA the groups have shown similar responses, with an increase from D1 to D3 and decrease from D3 to D5. The response on treated group was less intense and demonstrates lower values in D3 when compared with D3 control group. It was concluded with this study that rehabilitation protocol improved synovial fluid analyses for, color, aspect, viscosity and mucin clot. It even had promoted lower concentrations of inflammatory biomarkers for the treated group during the period.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Luis Claudio Lopes Correia daStievani, Fernanda de Castro2014-09-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-05012015-145247/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-05012015-145247Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description O presente estudo teve por objetivo avaliar protocolo de reabilitação para o período pós-operatório inicial de artroscopias visando diminuir a inflamação no local operado e aumentar a mobilidade articular. Foram utilizados 12 equinos (total de 20 articulações) encaminhados para artroscopia com diagnóstico de osteocondrite dissecante. Dessas, dez articulações receberam protocolo de reabilitação nos primeiros cinco dias do período pós-operatório. O protocolo consistiu em crioterapia, movimentação passiva da articulação e exercício controlado de baixa intensidade, além de uso sistêmico de anti-inflamatório. O outro grupo, também composto por dez articulações, recebeu apenas a terapia utilizada rotineiramente no HOVET-USP, consistido de repouso em baia e antiinflamatório. As articulações foram avaliadas quanto à circunferência em centímetros, ângulo de flexão, termografia, grau de claudicação. Amostras de líquido sinovial foram coletadas imediatamente antes do procedimento cirúrgico (D1), após 48h (D3) e após 96h (D5) para análise física, qualidade do coágulo de mucina, e quantificação de biomarcadores (IL-1, IL-6 e IL-10, PGE2 e SAA). As análises de exame de claudicação, circunferência articular, ângulo de flexão articular e termografia não apresentaram diferenças significativas entre os grupos, nem entre os diferentes dias do mesmo grupo. Na análise do líquido sinovial, a cor e o aspecto apresentaram piora do D1 para o D3, de amarelo claro para avermelhado e de límpido para turvo, respectivamente, nos dois grupos. No entanto, no grupo tratado houve melhora do D3 para o D5, tanto para cor (de avermelhado para maioria xantocrômica e amarela) como aspecto (de maioria turva para ligeiramente turva). No grupo controle os líquidos permaneceram sem alteração em cor e aspecto de D3 para D5, e nas comparações entre os grupos não houve diferença para D1, D3 e D5. A viscosidade do líquido sinovial no grupo controle diminuiu significativamente quando comparados D1, D3 e D5. Já no grupo tratado a diminuição da viscosidade só foi observada quando comparados D1 e D5. O coágulo de mucina apresentou piora de D1 para D3 no grupo controle, com elevação não significativa de D3 para D5, enquanto que para o grupo tratado não houve diferença significativa de D1 para D3 e de D3 para D5, quando comparados o D5 dos dois grupos, o tratado obteve melhor qualidade. As concentrações de interleucina nas amostras não forneceram dados suficientes para análise. Na análise das concentrações de PGE2 não houve diferença entre os grupos nos diferentes momentos, ocorrendo elevação de D3 para D5 em ambos os grupos, porém, no grupo tratado não há diferença entre D1 e D5. Já para SAA os grupos apresentaram comportamento similar de resposta, com elevação de D1 para D3 e queda de D3 para D5, porém menos acentuado no grupo tratado, o que levou a diferença entre os grupos em D3. Pode-se concluir, que o protocolo de reabilitação, apesar de não gerar diferença significativa para as avaliações de exame físico dos animais, proporcionou melhor qualidade de líquido sinovial quanto a cor, aspecto, viscosidade e precipitado de mucina, além de evidenciar menores elevações nas concentrações de marcadores inflamatórios no liquido sinovial durante o período estudado.
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