Qualidade de vida, independência funcional e sintomas depressivos de idosos que vivem no domicílio.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-11062013-201658/ |
Resumo: | Com o aumento da expectativa de vida do ser humano, a condição social e de saúde tem delineado um novo panorama na sociedade. Estudos sobre qualidade de vida do idoso é de interesse internacional diante desse quadro. Os aspectos como a manutenção da independência física e mental para o idoso desenvolver as atividades de vida diária e autonomia pode ser comprometida decorrente de questões sociais e de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, independência funcional e sintomas depressivos de idosos que vivem no domicílio. Trata-se de um delineamento transversal e descritivo realizado na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. A amostra foi por conglomerado de duplo estágio de 240 sujeitos com idade de 60 anos ou mais e de ambos os sexos. Os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. O instrumento para a coleta de dados foi composto de questões sóciodemográficas para a caracterização do idoso, presença de morbidades, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Medida da Independência Funcional (MIF), Whoqol Old, Whoqol Bref e Escala de Depressão Geriátrica (EDG). A média de idade dos idosos foi 73,2 anos com predomínio da faixa etária de 80 anos ou mais (23,8%). A maioria foi do sexo feminino (62,1%); com escolaridade de um a quatro anos de estudo (48,5%); casados (58,3%); possuem renda mensal superior a um salário mínimo (54,0%); moravam com o cônjuge (29,4%); relataram ter cinco ou mais morbidades (61,7%), sendo mais prevalente a hipertensão arterial (67,5%) seguido de problemas de coluna (54,5%); Foi observado que os idosos do sexo masculino e feminino apresentaram desempenho similiares na MIF e os idosos mais jovens tiveram melhor desempenho na MIF total em relação ao mais velhos(?<0,001). Os sintomas depressivos foram mais prevalentes no sexo masculino (38,2%), idosos mais velhos (44,6%) e entre aqueles que não possuíam companheiro (37,1%). O maior escore médio de QV foi encontrado na faceta intimidade (68,93) e o menor escore médio no domínio físico (60,62). Para todos os domínios apresentaram correlação significativa, sendo para o físico e para as facetas habilidades sensoriais e autonomia apresentaram correlação de moderada intensidade. Os idosos que apresentaram sintomas depressivos tiveram maior escore médio no domínio social (61,07) e menor escore médio no domínio físico (50,21). As mulheres apresentaram maiores escores médios de QV para a maioria das facetas, sendo significativamente maior apenas na faceta morte e morrer (?=0,003). Em relação a faixa etária, os idosos mais jovens apresentaram escores médios de QV superiores aos idosos mais velhos na maioria dos domínios e facetas, sendo significativamente maior no domínio físico (?<0,001) e nas facetas autonomia (?< 0,048) e participação social (?<0,041). Os idosos com presença de companheiro apresentaram escores médios similares de QV para os domínios e facetas, sendo significativamente maior na faceta intimidade (? <0,019) em relação aqueles que não possuíam companheiro. Esse estudo tem como finalidade promover o conhecimento sobre a qualidade de vida dos idosos para instituir políticas públicas que visam melhor benefícios a saúde do idoso, por meio da ação multidisciplinar das equipes de saúde. |
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Qualidade de vida, independência funcional e sintomas depressivos de idosos que vivem no domicílio.Quality of life, functional independence and depressive symptoms in elderly people living at home.AgedDepressionEnfermagem geriátricaFunctional independenceGeriatric nursingIdosoIndependência funcionalQualidade de vidaQuality of lifeSintomas depressivos.Com o aumento da expectativa de vida do ser humano, a condição social e de saúde tem delineado um novo panorama na sociedade. Estudos sobre qualidade de vida do idoso é de interesse internacional diante desse quadro. Os aspectos como a manutenção da independência física e mental para o idoso desenvolver as atividades de vida diária e autonomia pode ser comprometida decorrente de questões sociais e de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, independência funcional e sintomas depressivos de idosos que vivem no domicílio. Trata-se de um delineamento transversal e descritivo realizado na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. A amostra foi por conglomerado de duplo estágio de 240 sujeitos com idade de 60 anos ou mais e de ambos os sexos. Os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. O instrumento para a coleta de dados foi composto de questões sóciodemográficas para a caracterização do idoso, presença de morbidades, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Medida da Independência Funcional (MIF), Whoqol Old, Whoqol Bref e Escala de Depressão Geriátrica (EDG). A média de idade dos idosos foi 73,2 anos com predomínio da faixa etária de 80 anos ou mais (23,8%). A maioria foi do sexo feminino (62,1%); com escolaridade de um a quatro anos de estudo (48,5%); casados (58,3%); possuem renda mensal superior a um salário mínimo (54,0%); moravam com o cônjuge (29,4%); relataram ter cinco ou mais morbidades (61,7%), sendo mais prevalente a hipertensão arterial (67,5%) seguido de problemas de coluna (54,5%); Foi observado que os idosos do sexo masculino e feminino apresentaram desempenho similiares na MIF e os idosos mais jovens tiveram melhor desempenho na MIF total em relação ao mais velhos(?<0,001). Os sintomas depressivos foram mais prevalentes no sexo masculino (38,2%), idosos mais velhos (44,6%) e entre aqueles que não possuíam companheiro (37,1%). O maior escore médio de QV foi encontrado na faceta intimidade (68,93) e o menor escore médio no domínio físico (60,62). Para todos os domínios apresentaram correlação significativa, sendo para o físico e para as facetas habilidades sensoriais e autonomia apresentaram correlação de moderada intensidade. Os idosos que apresentaram sintomas depressivos tiveram maior escore médio no domínio social (61,07) e menor escore médio no domínio físico (50,21). As mulheres apresentaram maiores escores médios de QV para a maioria das facetas, sendo significativamente maior apenas na faceta morte e morrer (?=0,003). Em relação a faixa etária, os idosos mais jovens apresentaram escores médios de QV superiores aos idosos mais velhos na maioria dos domínios e facetas, sendo significativamente maior no domínio físico (?<0,001) e nas facetas autonomia (?< 0,048) e participação social (?<0,041). Os idosos com presença de companheiro apresentaram escores médios similares de QV para os domínios e facetas, sendo significativamente maior na faceta intimidade (? <0,019) em relação aqueles que não possuíam companheiro. Esse estudo tem como finalidade promover o conhecimento sobre a qualidade de vida dos idosos para instituir políticas públicas que visam melhor benefícios a saúde do idoso, por meio da ação multidisciplinar das equipes de saúde.The increased life expectancy, social and health conditions of human beings have designed a new panorama in society. In this context, research on the quality of life of elderly people is of international interest. Aspects like the maintenance of physical and mental independence for the elderly to develop their activities of daily living and autonomy can be compromised due to social and health issues. The aim in this study was to evaluate the quality of life, functional independence and depressive symptoms of elderly people living at home. A cross-sectional and descriptive research was developed in Ribeirão Preto, São Paulo State, Brazil. A two-stage cluster sample of 240 male and female subjects aged 60 years or older was used. The data were collected through home visits between November 2010 and February 2011. The data collection instrument consisted of sociodemographic questions to characterize the elderly, presence of morbidities, Mini-Mental State Examination (MMSE), Functional Independence Measure (FIM), Whoqol Old, Whoqol Bref and Geriatric Depression Scale (GDS). The elderly\'s mean age was 73.2 years, with a predominance of the age range of 80 years or older (23.8%). The majority was female (62.1%); with one to four years of education (48.5%); married (58.3%); monthly income of more than one minimum wage (54.0%); lived with their partner (29.4%); reported five or more morbidities (61.7%), the most prevalent of which was arterial hypertension (67.5%), followed by back problems (54.5%). The performance of male and female elderly on the FIM was similar, and younger elderly performed better on the total FIM than older ones (?<0.001). Depressive symptoms were more prevalent among men (38.2%), elder elderly (44.6%) and participants without a partner (37.1%). The highest mean QoL score was found for intimacy (68.93) and the lowest mean score for the physical domain (60.62). Significant correlations were found for all domains, which were of moderate intensity for the physical domain and the sensory skills and autonomy facets. Elderly with depressive symptoms showed a higher mean score in the social domain (61.07) and a lower mean score in the physical domain (50.21). Women obtained higher mean QoL scores for most facets, which were significantly higher only for death and dying (?=0.003). As regards the age range, younger elderly showed higher mean QoL scores than older elderly in most domains and facets, which were significantly higher in the physical domain (?<0.001) and for the facets autonomy (?< 0.048) and social participation (?<0.041). Elderly participants with a partner revealed similar mean QoL scores for the domains and facets, which were significantly higher for the intimacy facet (? <0.019), when compared to participants without a partner. The intent of this study is to promote knowledge on elderly quality of life with a view to the establishment of public policies aimed at improving the benefits for elderly health through health teams\' multidisciplinary actions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRodrigues, Rosalina Aparecida PartezaniVendruscolo, Thais Ramos Pereira2013-01-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-11062013-201658/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-11062013-201658Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Com o aumento da expectativa de vida do ser humano, a condição social e de saúde tem delineado um novo panorama na sociedade. Estudos sobre qualidade de vida do idoso é de interesse internacional diante desse quadro. Os aspectos como a manutenção da independência física e mental para o idoso desenvolver as atividades de vida diária e autonomia pode ser comprometida decorrente de questões sociais e de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida, independência funcional e sintomas depressivos de idosos que vivem no domicílio. Trata-se de um delineamento transversal e descritivo realizado na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. A amostra foi por conglomerado de duplo estágio de 240 sujeitos com idade de 60 anos ou mais e de ambos os sexos. Os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. O instrumento para a coleta de dados foi composto de questões sóciodemográficas para a caracterização do idoso, presença de morbidades, Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Medida da Independência Funcional (MIF), Whoqol Old, Whoqol Bref e Escala de Depressão Geriátrica (EDG). A média de idade dos idosos foi 73,2 anos com predomínio da faixa etária de 80 anos ou mais (23,8%). A maioria foi do sexo feminino (62,1%); com escolaridade de um a quatro anos de estudo (48,5%); casados (58,3%); possuem renda mensal superior a um salário mínimo (54,0%); moravam com o cônjuge (29,4%); relataram ter cinco ou mais morbidades (61,7%), sendo mais prevalente a hipertensão arterial (67,5%) seguido de problemas de coluna (54,5%); Foi observado que os idosos do sexo masculino e feminino apresentaram desempenho similiares na MIF e os idosos mais jovens tiveram melhor desempenho na MIF total em relação ao mais velhos(?<0,001). Os sintomas depressivos foram mais prevalentes no sexo masculino (38,2%), idosos mais velhos (44,6%) e entre aqueles que não possuíam companheiro (37,1%). O maior escore médio de QV foi encontrado na faceta intimidade (68,93) e o menor escore médio no domínio físico (60,62). Para todos os domínios apresentaram correlação significativa, sendo para o físico e para as facetas habilidades sensoriais e autonomia apresentaram correlação de moderada intensidade. Os idosos que apresentaram sintomas depressivos tiveram maior escore médio no domínio social (61,07) e menor escore médio no domínio físico (50,21). As mulheres apresentaram maiores escores médios de QV para a maioria das facetas, sendo significativamente maior apenas na faceta morte e morrer (?=0,003). Em relação a faixa etária, os idosos mais jovens apresentaram escores médios de QV superiores aos idosos mais velhos na maioria dos domínios e facetas, sendo significativamente maior no domínio físico (?<0,001) e nas facetas autonomia (?< 0,048) e participação social (?<0,041). Os idosos com presença de companheiro apresentaram escores médios similares de QV para os domínios e facetas, sendo significativamente maior na faceta intimidade (? <0,019) em relação aqueles que não possuíam companheiro. Esse estudo tem como finalidade promover o conhecimento sobre a qualidade de vida dos idosos para instituir políticas públicas que visam melhor benefícios a saúde do idoso, por meio da ação multidisciplinar das equipes de saúde. |
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