Força muscular máxima da cervical em indivíduos saudáveis: dados normativos e concordância entre duas ferramentas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Camila Gorla
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-04012021-105917/
Resumo: A descrição dos intervalos de referência normais da força na cervical é essencial para servir de meta a ser alcançada durante o processo de reabilitação, tendo como referência de normalidade para cada faixa etária. Importante também para facilitar a caracterização do papel da força em diferentes tipos de distúrbios da cabeça e da cervical e investigar como a força pode ser alcançada para melhorar a função e minimizar os danos. Os valores normativos de força cervical foram estabelecidos em equipamentos de alto custo, portanto oferecer uma referência clínica e mais acessível é importante para que os fisioterapeutas possam usar uma alternativa portátil em suas avaliações. Assim, o objetivo principal desta pesquisa foi estabelecer dados normativos de força máxima dos músculos cervicais e o tempo para atingir o pico de força em mulheres assintomáticas em diferentes faixas etárias utilizando um dinamômetro portátil. Além disso, avaliar a associação da força muscular cervical com medidas antropométricas, analisar a concordância e correlação do dinamômetro fixo (MCU®) com o portátil (Lafayette®) e comparar a força entre homens e mulheres. A amostra total foi composta por 100 mulheres, sendo dividida em 4 faixas etárias: 18-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos e 50-60 anos, cada uma com 25 mulheres. Todos responderam o questionário de triagem contendo os dados demográficos, antropométricos e os principais critérios de inclusão (ausência de dor na cervical, ombro e cefaleia) e exclusão (pontuação maior que 4 no Neck Desability Index - NDI, individuos muito ativos pelo questionário de atividade física - IPAQ) e fizeram os testes de força máxima da coluna cervical com o dinamômetro portátil (Lafayette®). Para a análise de concordância foram recrutados 50 indivíduos (30 mulheres e 20 homens) que realizaram os testes de força com o dinamômetro fixo (MCU®) e dinamômetro portátil (Lafayette®). Os resultados demonstraram que não foram encontradas diferenças de força muscular cervical entre as faixas etárias de mulheres (p>0.05). No entanto, o grupo de 18-29 anos atingiu mais rápido o pico de força muscular de flexão cervical do que o grupo de 50-60 anos. Observou-se moderada correlação entre a força muscular cervical de flexão com peso, IMC e circunferência do pescoço, e extensão com peso e IMC (r= 0.43 - 0.55; p<0.05). As medidas de força cervical obtidas pelo dinamômetro fixo e dinamômetro portátil apresentaram correlação significativa de moderada a alta na flexão (rs = 0,74), extensão (rs =0,82) e inclinação lateral à direita (rs = 0,74) e à esquerda (rs = 0,68). Não foi observada concordância entre o dinamômetro fixo e o dinamômetro portátil, com diferença média significativa entre os métodos no valor de 2,8kgf (95%IC: 2.1kgf a 3.4kgf) na flexão; 5,3kgf (95%IC: 4,2kgf a 6,4kgf) na extensão e 9,1kgf (95%IC: 0,4kgf a 2,1kgf) na inclinação lateral à esquerda, porém os equipamentos possuem uma correlação de moderada a excelente (r= 0.68 - 0.82; p<0.05). Na comparação de força muscular entre os sexos, os homens apresentam maior força muscuclar cervical que as mulheres, em todos movimentos. Portanto, foram estabelecidos dados normativos de força muscular cervical em mulheres com o Lafayette® e a associação entre a força e dados antropométricos foi moderada. E as medidas de força da musculatura cervical obtidas pelos dinamômetros fixo e portátil são correlacionadas, mas não concordantes.
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Os valores normativos de força cervical foram estabelecidos em equipamentos de alto custo, portanto oferecer uma referência clínica e mais acessível é importante para que os fisioterapeutas possam usar uma alternativa portátil em suas avaliações. Assim, o objetivo principal desta pesquisa foi estabelecer dados normativos de força máxima dos músculos cervicais e o tempo para atingir o pico de força em mulheres assintomáticas em diferentes faixas etárias utilizando um dinamômetro portátil. Além disso, avaliar a associação da força muscular cervical com medidas antropométricas, analisar a concordância e correlação do dinamômetro fixo (MCU®) com o portátil (Lafayette®) e comparar a força entre homens e mulheres. A amostra total foi composta por 100 mulheres, sendo dividida em 4 faixas etárias: 18-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos e 50-60 anos, cada uma com 25 mulheres. Todos responderam o questionário de triagem contendo os dados demográficos, antropométricos e os principais critérios de inclusão (ausência de dor na cervical, ombro e cefaleia) e exclusão (pontuação maior que 4 no Neck Desability Index - NDI, individuos muito ativos pelo questionário de atividade física - IPAQ) e fizeram os testes de força máxima da coluna cervical com o dinamômetro portátil (Lafayette®). Para a análise de concordância foram recrutados 50 indivíduos (30 mulheres e 20 homens) que realizaram os testes de força com o dinamômetro fixo (MCU®) e dinamômetro portátil (Lafayette®). Os resultados demonstraram que não foram encontradas diferenças de força muscular cervical entre as faixas etárias de mulheres (p>0.05). No entanto, o grupo de 18-29 anos atingiu mais rápido o pico de força muscular de flexão cervical do que o grupo de 50-60 anos. Observou-se moderada correlação entre a força muscular cervical de flexão com peso, IMC e circunferência do pescoço, e extensão com peso e IMC (r= 0.43 - 0.55; p<0.05). As medidas de força cervical obtidas pelo dinamômetro fixo e dinamômetro portátil apresentaram correlação significativa de moderada a alta na flexão (rs = 0,74), extensão (rs =0,82) e inclinação lateral à direita (rs = 0,74) e à esquerda (rs = 0,68). Não foi observada concordância entre o dinamômetro fixo e o dinamômetro portátil, com diferença média significativa entre os métodos no valor de 2,8kgf (95%IC: 2.1kgf a 3.4kgf) na flexão; 5,3kgf (95%IC: 4,2kgf a 6,4kgf) na extensão e 9,1kgf (95%IC: 0,4kgf a 2,1kgf) na inclinação lateral à esquerda, porém os equipamentos possuem uma correlação de moderada a excelente (r= 0.68 - 0.82; p<0.05). Na comparação de força muscular entre os sexos, os homens apresentam maior força muscuclar cervical que as mulheres, em todos movimentos. Portanto, foram estabelecidos dados normativos de força muscular cervical em mulheres com o Lafayette® e a associação entre a força e dados antropométricos foi moderada. E as medidas de força da musculatura cervical obtidas pelos dinamômetros fixo e portátil são correlacionadas, mas não concordantes.The knowledge of normative data for cervical muscle strength is a key tool for physical therapists to use as a clinical reference measure and to establish goals during the rehabilitation process. Also, the normative data can clarify the role of strength in the different types of cervical dysfunctions. The normative values of cervical strength were established in high-cost equipment, so offering a more accessible and clinical reference is important so that physiotherapists can use a portable alternative in their assessments. The objective of the present study was establishing normative data for maximal strength of cervical muscles and the time to produce the peak force in healthy women in different age groups using a hand-held dynamometer, as well as to verify the association of cervical muscle strength with age and anthropometric measurements, and verify the correlation and agreement between neck strength measurements obtained with fixed MCU® or portable Lafayette® dynamometers in healthy individuals and compare strength between men and women. A hundred women were selected and classified into four groups (n=25) according to age: 18-29 years, 30-39 years, 40-49 years, and 50-60 years. All answered the screening questionnaire containing demographic and anthropometric data and the main inclusion criteria (absence of pain in the neck, shoulder and headache) and exclusion (score greater than 4 on the Neck Desability Index - NDI, high physically active individuals according to IPAQ) and maximal muscle strength of the cervical spine was measured using a Lafayette® hand-held dynamometer for flexion, extension, and bilateral lateral flexion. For the analysis of agreement, 50 individuals (30 women and 20 men) were recruited who performed the strength tests with the fixed dynamometer (MCU®) and portable dynamometer (Lafayette®). The results showed that no differences in cervical muscle strength were observed among groups (p>0.05). However, the 18-29 years-old group took less time to reach the peak of force for flexion than the 50-60 years-old group. Moderate correlations were observed between cervical flexors strength and weight, body mass index and neck circumference, and between cervical extensors strength and weight and body mass index (r=0.43 - 0.55; p<0.05). And neck strength measurements obtained with the fixed dynamometer and portable dynamometer showed a moderately-to-highly significant correlation for flexion (rs = 0.74), extension (rs = 0.82), right lateral flexion (rs = 0.74) and left lateral flexion (rs = 0.68). The fixed and portable dynamometers did not agreement, with a significant mean difference between the methods of 2.8kgf (95% CI: 2.1-3.4kgf) for flexion, 5.3kgf (95% CI: 4.2-6.4kgf) for extension, and 9.1kgf (95% CI: 0.4-2.1kgf) for left lateral flexion, however, the equipment has a moderate to excellent correlation (r = 0.68 - 0.82; p <0.05). When comparing muscle strength between the sexes, men have greater cervical muscuclar strength than women, in all movements. Therefore, normative data for cervical muscle strength in healthy women was established using a hand-held dynamometer, and the association between muscle strength and anthropometric data was moderate. And the neck strength measurements obtained with fixed and portable dynamometers correlated, but were not in agreement.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGrossi, Debora BevilaquaNogueira, Camila Gorla2020-10-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-04012021-105917/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-28T20:24:01Zoai:teses.usp.br:tde-04012021-105917Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-28T20:24:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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