Estudo farmacognóstico e farmacológico de Caesalpinia ferrea Martius
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-09042014-140127/ |
Resumo: | Caesalpinia férrea Martius, popularmente conhecida como pau-ferro e jucá, é utilizada na medicina tradicional para o tratamento de problemas hepáticos, respiratórios e, em especial, para distúrbios gastrintestinais e como cicatrizante. Deste modo, os objetivos do presente trabalho visaram avaliar os extratos brutos liofilizados de folha (EBLF) e caule (EBLC) quanto a caracterização botânica, o estudo químico e farmacológico, direcionando principalmente, às ações antiúlcera, antioxidante e cicatrizante, e toxicidade destes órgãos vegetais de C. ferrea. A triagem fitoquímica foi realizada com a droga vegetal constituída de folha (DF) e de caule (DC), bem como com os seus EBLF e EBLC. Os métodos empregados foram preconizados por Farnsworth (1966) e Matos (1988) onde foram pesquisados os seguintes compostos: flavonóides, glicósidos cardiotônicos, saponinas, antraderivados, alcalóides, cumarinas, taninos e óleo essencial. Além disso, foi realizada a quantificação de taninos e flavonóides segundo a metodologia proposta na Farmacopéia Européia (2001) e na Farmacopéia Brasileira (2003), respectivamente. Para a avaliação da Toxicidade de C. ferrea foram realizadas a Toxicidade Aguda de ambos os órgãos vegetais, a DL50 do EBLF e a Toxicidade subcrônica do EBLF e EBLC, todos os modelos seguiram a metodologia de Brito (1994). Para análise da atividade antiulcerogênica da espécie em estudo foi realizado o teste da indução de lesão gástrica aguda por etanol/HCI e lesão subcrônica por ácido acético. Grupos Tratados receberam EBLF ou EBLC ou frações ou extratos enriquecidos em flavonóides, Grupo Controle água ou tween 80 e Grupo de Referência Misoprostol ou Cimetidina. Três parâmetros foram avaliados neste modelo: Área Total de Lesão (ATL) , Área Relativa de Lesão (ARL) e índice de Lesão Ulcerativa (ILU). A atividade antioxidante \"in vitro\" foi medida através da inibição da autoxidação de homogenato de cérebro de Ratos (Stocks et aI., 1974). Os extratos foram solubilizados em etanol 70% e as diluições (0.05-0.003mg/mL) foram efetuadas em etanol 35%. O etanol 35% foi utilizado como controle. E na avaliação da Atividade Cicatrizante, os animais (ratos) sofreram uma incisão na região dorsal com auxílio de punch. Os Grupos Tratados receberam diariamente 1 mL de EBLF ou EBLC, solubilizados a 15% em água, e o Grupo Controle água destilada na mesma proporção por um período de 14 dias. Na triagem fitoquímica foram detectados para ambos os extratos, flavonóides, taninos, além de antraderivados e cumarinas nas Folhas. A porcentagem encontrada de Taninos na DF foi de 7.13% e no EBLF de 23.95% e na DC foi de 2.26% e no EBLC de 11.77%. Já a quantificação de flavonóides foi de 0.0095% na DF, 0.026% no EBLF, 0.00014% na DC e de 0.0017% no EBLC. No teste de toxicidade aguda, somente os animais que receberam EBLF apresentaram alterações comportamentais a partir dos primeiros tempos de observação e morte de 3 animais machos e 2 fêmeas (n=5/sexo). Dessa forma, a DL50 encontrada para este extrato vegetal foi de 5471.64 mg/Kg para as fêmeas e de 3112.94 mg/Kg para os machos. Na Toxicidade subcrônica, apenas os animais fêmeas que receberam EBLC (800 mg/Kg) apresentaram uma diferença significativa, em relação ao grupo controle, quanto ao peso do rim, porém não foi encontrada nenhuma alteração histológica neste órgão. EBLF e EBLC apresentaram significativa atividade antiulcerogênica no modelo de lesão gástrica aguda dentro dos parâmetros avaliados. O EBLC reduziu em 37% a ARL. Já o EBLF foi tão ativo como o Misoprostol reduzindo em 95%, 81% e 63% a ATL, a ARL e o ILU, respectivamente contra 92%, 70% e 59% do fármaco de referência. Porém, as frações e os extratos enriquecidos em flavonóides obtidos de ambos os extratos brutos liofilizados não apresentaram atividade antiulcerogênica em nenhum dos 3 parâmetros. Esses mesmos resultados foram obtidos no modelo de lesão gástrica subcrônica para ambos os extratos vegetais. Os EBLF e EBLC de C. ferrea promoveram uma atividade antioxidante de 94% e 84%, respectivamente, na concentração de 0.8196 µg/mL, e um Q 1/2de 0.2331 (Folha) e 0.5061 (Caule) µg/mL. Na avaliação da atividade cicatrizante de ambos os extratos vegetais, não foi encontrada diferença significativa entre os Grupos Tratados e Controle. No laudo histológico não se observou nenhum sinal de cicatrização tecidual. Apesar de C. ferrea ser utilizada pela população como cicatrizante, não foi possível confirmar tal atividade nas folhas e nos caules desta espécie. |
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Estudo farmacognóstico e farmacológico de Caesalpinia ferrea MartiusPharmacognostic and Pharmacologic study of Caesalpinia ferrea MartiusDrogas vegetaisFarmacognosiaHerbal drugsPharmacognosyCaesalpinia férrea Martius, popularmente conhecida como pau-ferro e jucá, é utilizada na medicina tradicional para o tratamento de problemas hepáticos, respiratórios e, em especial, para distúrbios gastrintestinais e como cicatrizante. Deste modo, os objetivos do presente trabalho visaram avaliar os extratos brutos liofilizados de folha (EBLF) e caule (EBLC) quanto a caracterização botânica, o estudo químico e farmacológico, direcionando principalmente, às ações antiúlcera, antioxidante e cicatrizante, e toxicidade destes órgãos vegetais de C. ferrea. A triagem fitoquímica foi realizada com a droga vegetal constituída de folha (DF) e de caule (DC), bem como com os seus EBLF e EBLC. Os métodos empregados foram preconizados por Farnsworth (1966) e Matos (1988) onde foram pesquisados os seguintes compostos: flavonóides, glicósidos cardiotônicos, saponinas, antraderivados, alcalóides, cumarinas, taninos e óleo essencial. Além disso, foi realizada a quantificação de taninos e flavonóides segundo a metodologia proposta na Farmacopéia Européia (2001) e na Farmacopéia Brasileira (2003), respectivamente. Para a avaliação da Toxicidade de C. ferrea foram realizadas a Toxicidade Aguda de ambos os órgãos vegetais, a DL50 do EBLF e a Toxicidade subcrônica do EBLF e EBLC, todos os modelos seguiram a metodologia de Brito (1994). Para análise da atividade antiulcerogênica da espécie em estudo foi realizado o teste da indução de lesão gástrica aguda por etanol/HCI e lesão subcrônica por ácido acético. Grupos Tratados receberam EBLF ou EBLC ou frações ou extratos enriquecidos em flavonóides, Grupo Controle água ou tween 80 e Grupo de Referência Misoprostol ou Cimetidina. Três parâmetros foram avaliados neste modelo: Área Total de Lesão (ATL) , Área Relativa de Lesão (ARL) e índice de Lesão Ulcerativa (ILU). A atividade antioxidante \"in vitro\" foi medida através da inibição da autoxidação de homogenato de cérebro de Ratos (Stocks et aI., 1974). Os extratos foram solubilizados em etanol 70% e as diluições (0.05-0.003mg/mL) foram efetuadas em etanol 35%. O etanol 35% foi utilizado como controle. E na avaliação da Atividade Cicatrizante, os animais (ratos) sofreram uma incisão na região dorsal com auxílio de punch. Os Grupos Tratados receberam diariamente 1 mL de EBLF ou EBLC, solubilizados a 15% em água, e o Grupo Controle água destilada na mesma proporção por um período de 14 dias. Na triagem fitoquímica foram detectados para ambos os extratos, flavonóides, taninos, além de antraderivados e cumarinas nas Folhas. A porcentagem encontrada de Taninos na DF foi de 7.13% e no EBLF de 23.95% e na DC foi de 2.26% e no EBLC de 11.77%. Já a quantificação de flavonóides foi de 0.0095% na DF, 0.026% no EBLF, 0.00014% na DC e de 0.0017% no EBLC. No teste de toxicidade aguda, somente os animais que receberam EBLF apresentaram alterações comportamentais a partir dos primeiros tempos de observação e morte de 3 animais machos e 2 fêmeas (n=5/sexo). Dessa forma, a DL50 encontrada para este extrato vegetal foi de 5471.64 mg/Kg para as fêmeas e de 3112.94 mg/Kg para os machos. Na Toxicidade subcrônica, apenas os animais fêmeas que receberam EBLC (800 mg/Kg) apresentaram uma diferença significativa, em relação ao grupo controle, quanto ao peso do rim, porém não foi encontrada nenhuma alteração histológica neste órgão. EBLF e EBLC apresentaram significativa atividade antiulcerogênica no modelo de lesão gástrica aguda dentro dos parâmetros avaliados. O EBLC reduziu em 37% a ARL. Já o EBLF foi tão ativo como o Misoprostol reduzindo em 95%, 81% e 63% a ATL, a ARL e o ILU, respectivamente contra 92%, 70% e 59% do fármaco de referência. Porém, as frações e os extratos enriquecidos em flavonóides obtidos de ambos os extratos brutos liofilizados não apresentaram atividade antiulcerogênica em nenhum dos 3 parâmetros. Esses mesmos resultados foram obtidos no modelo de lesão gástrica subcrônica para ambos os extratos vegetais. Os EBLF e EBLC de C. ferrea promoveram uma atividade antioxidante de 94% e 84%, respectivamente, na concentração de 0.8196 µg/mL, e um Q 1/2de 0.2331 (Folha) e 0.5061 (Caule) µg/mL. Na avaliação da atividade cicatrizante de ambos os extratos vegetais, não foi encontrada diferença significativa entre os Grupos Tratados e Controle. No laudo histológico não se observou nenhum sinal de cicatrização tecidual. Apesar de C. ferrea ser utilizada pela população como cicatrizante, não foi possível confirmar tal atividade nas folhas e nos caules desta espécie.Caesalpinia ferrea Martius , populary, known as iron-wood or juca, is utilized in traditional medicine in the treatment of both hepatic and respiratory problems and, in special, for gastrointestinals disturbances and eventual healing. The objective of the present work is to evaluate the leiophyllized brute extracts of the leaf (lBEl) and the stem (lBES), the botanic caracterization, the chemical and pharmacological studies, focuzing principally, the antiulcer and healing action, and also the toxicity of these vegetable organs of C. ferrea. The phytochemical was ma de with the drug of the leaf (DL) and of the stem (DS)- LaEL and lBES. The method was precognized by Famsworth (1966) e Matos (1988) where doing research of: flavonoids, cardiotonic glicosids, saponins, antraderivates, alkaloids, coumarins, tannins and essential oi!. Beyond that, the quantification of tannins and flavonoids according to the metodology proposed in European Pharmacopeia (2001) and Brazilian Pharmacopeia (2003) were also undertaken, respectively. For the evaluation of the C. ferrea toxicity, the acute toxicity of both vegetable organs, the DL50 of LBEL and the subcronical toxicity of LBEL and LBES, were analyzed following the metodology of Brito (1994).The test of induction of acute gastric lesion for ethanol/HCI was used for antiulcerogenic activity analysis of the species studied. Treated Groups received LBEL or LBES or fractions or extracts enrich in flavonoids, Controls Groups water or tween 80 and misoprostol Reference Group. Three parameters were evaluated considering: Total Area of Lesion (TAL), Relative Area of Lesion (RAL) and Rate of Ulcerative Lesion (RUL). And for evaluation of subcronic gastric lesion by acetic acid 30%, the Treated Group received LBEL or LBES, Control Group water and cimetidine Reference Group. The ulcerative lesions were evaluated only in 2 parameters: RAL and RUL. An antioxidant activity \"in vitro\" was measured through inibition of antioxidation of homogenate of rat brain (Stocks et aI., 1974). The extracts were solubilized in ethanol 70% and dilutions (0.05-0.003mg/mL) were performed in ethanol 35%. The ethanol 35% was utilized like control. And for evaluation of healing activity, the animals (rats) suffered na incision in the dorsal region with a punch aid. The Treated Groups received daily 1mL of LBEL or LBES, solubilized by 15% in water, and Control Group distilled in the same proportion during a 14 day period. In phytochemical were detected for both extacts, flavonoids, tannins., beyond antradderivate and coumarins in leaves. The percentages of tannins found were 7.13% in DL, 23.95% in LBEL, 2.26% in OS and 11.77% in LBES. The quantification of flavonoids was 0.0095% in DL, 0.026% in LBEL, 0.00014% in DS and 0.0017% in LBES. During the acute toxicity test, it was observed a behaviour alteration among animais that received LBEL up tp the first time of observation and death pof 3 males and 2 females. The DL50 found to this vegetable extract was 5471.64 mg/Kg for the females and 3112.94 mg/Kg for the males. In subronic toxicity, only the females receiving LBES (800mg/Kg) presented a significant difference, according to the Control Group, as much as the weight of a kidney. However, no histologic alteration in this organ was found. LBEL and LBES presented antiulcerogenic significant activity in acute gstric lesions, based on the parameters evaluated. The LBES was reduced to 37% in RAL. The LBEL was so active as the misoprostol, being reducid to 95%,81% and 63% TAL, RAL and the RUL, respectively against 92%, 70% and 59% of pharmaco of reference. Nevertheless, nor the fractions nor the flavonoids enriched extracts obtained from both leiophyllized brute extracts showed antiulcerogenic activity at the 3 studied parameters. Up to the present time, in model subcronic gastric lesion, none of both vegetable extracts in question has showed active similar to TAL, RAL and RUL in relation to the Control Group. The LBEL and LBES of C. ferrea promoved an antioxidant activity of 93,56% and 84,38%, respectively, in concentration of de 0.8196 µg/mL, and a Q1/2 of 0.2331 (leaf) and 0.5061 (Stem) µg/mL. Conceming the healing activity evaluation of both vegetable extracts, no significant differences between Treats and Control Groups were found. Also in histologic award, no sign of tecidual cicatrization was observed. In spite of the fact that C. ferrea has been utilized by the population as cicatrizant, no clear evidence of its leaves and stems healing activity has been confirmed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBacchi, Elfriede MarianneGonzalez, Fabiana Gaspar2005-05-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9138/tde-09042014-140127/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:47Zoai:teses.usp.br:tde-09042014-140127Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Caesalpinia férrea Martius, popularmente conhecida como pau-ferro e jucá, é utilizada na medicina tradicional para o tratamento de problemas hepáticos, respiratórios e, em especial, para distúrbios gastrintestinais e como cicatrizante. Deste modo, os objetivos do presente trabalho visaram avaliar os extratos brutos liofilizados de folha (EBLF) e caule (EBLC) quanto a caracterização botânica, o estudo químico e farmacológico, direcionando principalmente, às ações antiúlcera, antioxidante e cicatrizante, e toxicidade destes órgãos vegetais de C. ferrea. A triagem fitoquímica foi realizada com a droga vegetal constituída de folha (DF) e de caule (DC), bem como com os seus EBLF e EBLC. Os métodos empregados foram preconizados por Farnsworth (1966) e Matos (1988) onde foram pesquisados os seguintes compostos: flavonóides, glicósidos cardiotônicos, saponinas, antraderivados, alcalóides, cumarinas, taninos e óleo essencial. Além disso, foi realizada a quantificação de taninos e flavonóides segundo a metodologia proposta na Farmacopéia Européia (2001) e na Farmacopéia Brasileira (2003), respectivamente. Para a avaliação da Toxicidade de C. ferrea foram realizadas a Toxicidade Aguda de ambos os órgãos vegetais, a DL50 do EBLF e a Toxicidade subcrônica do EBLF e EBLC, todos os modelos seguiram a metodologia de Brito (1994). Para análise da atividade antiulcerogênica da espécie em estudo foi realizado o teste da indução de lesão gástrica aguda por etanol/HCI e lesão subcrônica por ácido acético. Grupos Tratados receberam EBLF ou EBLC ou frações ou extratos enriquecidos em flavonóides, Grupo Controle água ou tween 80 e Grupo de Referência Misoprostol ou Cimetidina. Três parâmetros foram avaliados neste modelo: Área Total de Lesão (ATL) , Área Relativa de Lesão (ARL) e índice de Lesão Ulcerativa (ILU). A atividade antioxidante \"in vitro\" foi medida através da inibição da autoxidação de homogenato de cérebro de Ratos (Stocks et aI., 1974). Os extratos foram solubilizados em etanol 70% e as diluições (0.05-0.003mg/mL) foram efetuadas em etanol 35%. O etanol 35% foi utilizado como controle. E na avaliação da Atividade Cicatrizante, os animais (ratos) sofreram uma incisão na região dorsal com auxílio de punch. Os Grupos Tratados receberam diariamente 1 mL de EBLF ou EBLC, solubilizados a 15% em água, e o Grupo Controle água destilada na mesma proporção por um período de 14 dias. Na triagem fitoquímica foram detectados para ambos os extratos, flavonóides, taninos, além de antraderivados e cumarinas nas Folhas. A porcentagem encontrada de Taninos na DF foi de 7.13% e no EBLF de 23.95% e na DC foi de 2.26% e no EBLC de 11.77%. Já a quantificação de flavonóides foi de 0.0095% na DF, 0.026% no EBLF, 0.00014% na DC e de 0.0017% no EBLC. No teste de toxicidade aguda, somente os animais que receberam EBLF apresentaram alterações comportamentais a partir dos primeiros tempos de observação e morte de 3 animais machos e 2 fêmeas (n=5/sexo). Dessa forma, a DL50 encontrada para este extrato vegetal foi de 5471.64 mg/Kg para as fêmeas e de 3112.94 mg/Kg para os machos. Na Toxicidade subcrônica, apenas os animais fêmeas que receberam EBLC (800 mg/Kg) apresentaram uma diferença significativa, em relação ao grupo controle, quanto ao peso do rim, porém não foi encontrada nenhuma alteração histológica neste órgão. EBLF e EBLC apresentaram significativa atividade antiulcerogênica no modelo de lesão gástrica aguda dentro dos parâmetros avaliados. O EBLC reduziu em 37% a ARL. Já o EBLF foi tão ativo como o Misoprostol reduzindo em 95%, 81% e 63% a ATL, a ARL e o ILU, respectivamente contra 92%, 70% e 59% do fármaco de referência. Porém, as frações e os extratos enriquecidos em flavonóides obtidos de ambos os extratos brutos liofilizados não apresentaram atividade antiulcerogênica em nenhum dos 3 parâmetros. Esses mesmos resultados foram obtidos no modelo de lesão gástrica subcrônica para ambos os extratos vegetais. Os EBLF e EBLC de C. ferrea promoveram uma atividade antioxidante de 94% e 84%, respectivamente, na concentração de 0.8196 µg/mL, e um Q 1/2de 0.2331 (Folha) e 0.5061 (Caule) µg/mL. Na avaliação da atividade cicatrizante de ambos os extratos vegetais, não foi encontrada diferença significativa entre os Grupos Tratados e Controle. No laudo histológico não se observou nenhum sinal de cicatrização tecidual. Apesar de C. ferrea ser utilizada pela população como cicatrizante, não foi possível confirmar tal atividade nas folhas e nos caules desta espécie. |
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