Caracterização morfológica da subplacenta em cutia (Dasyprocta leporina)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Rosângela Felipe
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-07082007-145753/
Resumo: A cutia Dasyprocta leporina é um roedor pertencente à sub-ordem histricomorfa, e é encontrada em todo território nacional. Os roedores da sub-ordem histricomorfa apresentam uma placenta dotada de uma estrutura peculiar, a subplacenta. Nesta pesquisa estudou-se em 9 (nove) placentas de cutias, nas três fases de gestação (inicial, média e final). Este estudo consistiu da análise morfológica placentária, pelas microscopias de luz e eletrônica, em conjunto com as técnicas de citoquímica, imunohistoquímica, e microvascularização. A subplacenta da cutia encontra-se localizada no ápice da placenta corioalantoidiana, separada desta por um tecido mesenquimal. Insere-se na parede uterina em íntimo contato com o tecido materno. Histologicamente a subplacenta consistiu de estruturas lamelares, cujos eixos são formados por tecido mesenquimal fetal. Sobre estes apoiam-se arranjos epiteliais de cito e sinciciotrofoblasto. Na região de interface da subplacenta e da decídua, foram encontradas populações de células trofoblásticas gigantes multinucleadas, citoqueratina positivas. A vimentina apresentou intensa reação positiva junto ao revestimento endotelial dos vasos do tipo arterial, e no interior do tecido mesenquimal do eixo central das lamelas da subplacenta. A reação de PCNA apresentou reatividade positiva no citotrofoblasto das lamelas da subplacenta, e em algumas células do sincício, principalmente no terço médio de gestação. A análise ultra-estrutural da subplacenta mostrou duas populações de células trofoblásticas distintas na parede das lamelas: o cito e o sinciciotrofoblasto. A vascularização da subplacenta analisada pela perfusão de látex colorido, e por Mercox, ao microscópio eletrônico de varredura, demonstrou a ausência de vasos de origem materna, e irrigação oriunda da artéria fetal. Esta após capilarização dirigia-se para os lóbulos da placenta principal, cuja disposição lembrava uma circulação do tipo portal.
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