Possíveis efeitos antidepressivos da cetamina em ratas lactantes: avaliação das implicações na prole
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-16072020-141021/ |
Resumo: | A depressão pós-parto é definida como um episódio de transtorno de depressão maior que ocorre no período seguinte ao nascimento. Essa doença afeta uma em cada sete mulheres e é a principal complicação do pós-parto; o tratamento disponível consiste na combinação de psicoterapias e tratamento farmacológico, sendo necessário considerar as consequências que este tratamento possa ter na mãe lactante e na progênie. O vínculo mãe-filhote é fundamental para o desenvolvimento geral da progênie e, portanto, alterações no comportamento materno podem gerar distúrbios permanentes nos filhotes. Estudos apontam que a depressão materna nos primeiros seis meses pós-parto está associada com problemas comportamentais em crianças da primeira infância até a adolescência. A cetamina vem sendo bastante estudada para o uso como antidepressivo devido a seu mecanismo de ação misto. Levando em consideração que há uma tendência para a ampliação do uso clínico da cetamina e que há poucas informações a respeito da dose e via de administração ideal para seu uso como antidepressivo, bem como a segurança e eficácia de um tratamento durante o período pós-natal tornam-se necessários mais estudos sobre o uso desse fármaco com essa finalidade, a fim de contribuir com o seu uso clínico mais seguro. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos do modelo de separação materna para indução da depressão pós-parto nos filhotes na juventude e na idade adulta, bem como estudar os efeitos do tratamento prolongado de mães com cetamina nos filhotes na infância e na idade adulta. Para isso, ratas lactantes foram induzidas a depressão pós-parto pelo modelo de separação materna do dia pós-natal (DPN) 2 ao 12 e tratadas com diferentes doses de cetamina (5, 10 e 20 mg/kg) por via intraperitoneal do DPN2 ao 21. Foi realizada a avaliação comportamental, neuroquímica, bioquímica e do hemograma dos filhotes na infância (DPN21) e na idade adulta (DPN 60 a 90). Os resultados mostraram que o modelo de separação materna causou pequenas alterações na neuroquímica do hipocampo e do corpo estriado dos filhotes na idade adulta; os demais parâmetros avaliados não sofreram alterações. Já em relação à cetamina, os resultados mostraram que as diferentes doses utilizadas provocaram alterações comportamentais no campo aberto e na caixa claro/escuro, indicando efeito ansiogênico desse fármaco. A análise neuroquímica mostrou aumento da atividade do sistema dopaminérgico, tanto nos filhotes jovens quanto nos adultos, sugerindo que a cetamina possui efeito nesse sistema de neurotransmissão. Os parâmetros bioquímicos e do hemograma não tiveram alterações pelo tratamento com a cetamina. |
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Possíveis efeitos antidepressivos da cetamina em ratas lactantes: avaliação das implicações na prolePossible antidepressant effects of ketamine in lactating rats: evaluation of implications for the offspringAnestésico dissociativoAnimal behaviorComportamento animalDepressãoDepressionDissociative anestheticNeurotransmissoresNeurotransmittersPerinatal toxicologyToxicologia perinatalA depressão pós-parto é definida como um episódio de transtorno de depressão maior que ocorre no período seguinte ao nascimento. Essa doença afeta uma em cada sete mulheres e é a principal complicação do pós-parto; o tratamento disponível consiste na combinação de psicoterapias e tratamento farmacológico, sendo necessário considerar as consequências que este tratamento possa ter na mãe lactante e na progênie. O vínculo mãe-filhote é fundamental para o desenvolvimento geral da progênie e, portanto, alterações no comportamento materno podem gerar distúrbios permanentes nos filhotes. Estudos apontam que a depressão materna nos primeiros seis meses pós-parto está associada com problemas comportamentais em crianças da primeira infância até a adolescência. A cetamina vem sendo bastante estudada para o uso como antidepressivo devido a seu mecanismo de ação misto. Levando em consideração que há uma tendência para a ampliação do uso clínico da cetamina e que há poucas informações a respeito da dose e via de administração ideal para seu uso como antidepressivo, bem como a segurança e eficácia de um tratamento durante o período pós-natal tornam-se necessários mais estudos sobre o uso desse fármaco com essa finalidade, a fim de contribuir com o seu uso clínico mais seguro. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos do modelo de separação materna para indução da depressão pós-parto nos filhotes na juventude e na idade adulta, bem como estudar os efeitos do tratamento prolongado de mães com cetamina nos filhotes na infância e na idade adulta. Para isso, ratas lactantes foram induzidas a depressão pós-parto pelo modelo de separação materna do dia pós-natal (DPN) 2 ao 12 e tratadas com diferentes doses de cetamina (5, 10 e 20 mg/kg) por via intraperitoneal do DPN2 ao 21. Foi realizada a avaliação comportamental, neuroquímica, bioquímica e do hemograma dos filhotes na infância (DPN21) e na idade adulta (DPN 60 a 90). Os resultados mostraram que o modelo de separação materna causou pequenas alterações na neuroquímica do hipocampo e do corpo estriado dos filhotes na idade adulta; os demais parâmetros avaliados não sofreram alterações. Já em relação à cetamina, os resultados mostraram que as diferentes doses utilizadas provocaram alterações comportamentais no campo aberto e na caixa claro/escuro, indicando efeito ansiogênico desse fármaco. A análise neuroquímica mostrou aumento da atividade do sistema dopaminérgico, tanto nos filhotes jovens quanto nos adultos, sugerindo que a cetamina possui efeito nesse sistema de neurotransmissão. Os parâmetros bioquímicos e do hemograma não tiveram alterações pelo tratamento com a cetamina.Postpartum depression is defined as an episode of major depression disorder that occurs in the period following birth. This disease affects one in seven women and is the main complication of childbirth; the available treatment consists of a combination of psychotherapies and pharmacological treatment, being necessary to consider the consequences that this treatment may have on the lactating mother and the progeny. The mother-infant bond is fundamental to the overall development of the progeny and, therefore, changes in maternal behavior can generate permanent disturbances in the pups. Studies have shown that maternal depression on the first six months post-partum is associated with behavioral problems in kids from childhood to adolescence. Ketamine has been extensively studied for use as an antidepressant due to its mixed mechanism of action. Taking in consideration that there is a tendency to increase the clinical use of ketamine and that there is little information about the ideal dose and route of administration for its use as an antidepressant, as well as the safety and efficacy of a treatment during the postnatal period, more studies are needed on the use of this drug for this purpose, in order to contribute to its safer clinical use. Thus, the objective of this work was to study the effects of the maternal separation model to induce postpartum depression in puppies in childhood and adulthood, as well as to study the effects of prolonged treatment of mothers with ketamine in puppies in childhood and adulthood. For this, lactating rats were induced to postpartum depression by the model of maternal separation of postnatal day (PND) 2 to 12 and treated with different doses of ketamine (5, 10 and 20 mg / kg) intraperitoneally from PND2 to 21. A behavioral assessment was conducted, as well as neurochemical, biochemical and blood count of puppies in childhood (PND21) and adulthood (PND 60 to 90). The results showed that the maternal separation model caused small changes in the neurochemistry of the hippocampus and the striatum of the puppies in adulthood; the other parameters evaluated did not change. Regarding ketamine, the results showed that the different doses used caused behavioral changes in the open field and in the light / dark box, indicating the anxiogenic effect of this drug. The neurochemical analysis showed an increase in the activity of the dopaminergic system, both in young and adult puppies, suggesting that ketamine has an effect on this neurotransmission system. The biochemical and blood count parameters did not change due to the treatment with ketamine.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFukushima, André RinaldiSpinosa, Helenice de SouzaAbreu, Gabriel Ramos de2020-05-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-16072020-141021/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-08-12T19:27:02Zoai:teses.usp.br:tde-16072020-141021Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-08-12T19:27:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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