Efeito do treinamento físico em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-01082023-120610/ |
Resumo: | Introdução. Apesar dos avanços no tratamento do câncer, certos medicamentos aumentam a susceptibilidade para a doença cardiovascular. A disfunção ventricular é, sem dúvida, a alteração no sistema cardiovascular que mais preocupa. Evidências mostram que o treinamento físico diminui significativamente a atividade nervosa simpática, aumenta a capacidade física e melhora a qualidade de vida em paciente com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias. Contudo, não é conhecido se esses benefícios também ocorrem no paciente com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. O objetivo do estudo é avaliar os efeitos do treinamento físico na atividade nervosa simpática muscular e nos seus mecanismos de controle, na função cardíaca, na musculatura esquelética, na capacidade física e, por fim, na qualidade de vida, em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. Métodos. Vinte e nove pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (<50%), relacionada à terapia do câncer, foram aleatoriamente randomizados para o grupo treinado (T, n=14) e grupo não treinado (NT, n=15). A atividade nervosa simpática muscular foi avaliada diretamente pela técnica de microneurografia e o fluxo sanguíneo muscular pela técnica pletismografia de oclusão venosa. Os parâmetros hemodinâmicos foram avaliados de forma não invasiva batimento a batimento. A capacidade física foi avaliada pelo teste cardiopulmonar e a qualidade de vida pelo questionário Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire. A função cardíaca foi avaliada pelo ecodopplercardiograma. Para análises da expressão dos microRNAs na musculatura esquelética foi realizada a biópsia do músculo vastolateral. O treinamento físico supervisionado teve duração de quatro meses, com 3 sessões semanais, numa intensidade variando entre o limiar anaeróbio e 10% do ponto de compensação respiratória. O teste de estresse mental foi conduzido pela aplicação do Stroop Word Color Test. O controle mecanorreflexo muscular foi avaliado pelo exercício passivo do membro inferior não dominante e o controle metaborreflexo pela oclusão circulatória após exercício isométrico no membro inferior não dominante. Resultados. Nove pacientes do grupo T e 11 do grupo NT concluíram o estudo. A capacidade física, a carga de trabalho e a qualidade de vida melhoraram significativamente no grupo T, o que não ocorreu no grupo NT. A atividade nervosa simpática muscular diminuiu significativamente no grupo T, o que não aconteceu no grupo NT. O fluxo sanguíneo e a condutância vascular muscular não foram alteradas pelo treinamento físico. O treinamento físico aumentou significativamente as respostas de fluxo sanguíneo muscular durante ativação dos mecanorreceptores, o que sugere uma melhora na função endotelial. Foram identificados 20 microRNAs com expressão alterada no músculo esquelético. Dentre esses, 12 foram expressos diferentemente no músculo esquelético dos pacientes do grupo T, sendo 8 com diminuição e 4 com aumento da expressão. Conclusão. O treinamento físico diminui atividade nervosa simpática muscular e altera o microambiente celular na musculatura esquelética, em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. Essas respostas parecem contribuir para a melhora na capacidade física e qualidade de vida desses pacientes. Finalmente, o treinamento físico é seguro e recomendável ao paciente com insuficiência cardíaca relacionada à terapia do câncer |
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Efeito do treinamento físico em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncerEffect of physical training in cancer therapy-related cardiac dysfunctionAntineoplásicosAntineoplastic AgentsCancerCardiotoxicidadeCardiotoxicityChemotherapyExercício físicoHeart failureInsuficiência cardíacaNeoplasiaPhysical exerciseQuimioterapiaIntrodução. Apesar dos avanços no tratamento do câncer, certos medicamentos aumentam a susceptibilidade para a doença cardiovascular. A disfunção ventricular é, sem dúvida, a alteração no sistema cardiovascular que mais preocupa. Evidências mostram que o treinamento físico diminui significativamente a atividade nervosa simpática, aumenta a capacidade física e melhora a qualidade de vida em paciente com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias. Contudo, não é conhecido se esses benefícios também ocorrem no paciente com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. O objetivo do estudo é avaliar os efeitos do treinamento físico na atividade nervosa simpática muscular e nos seus mecanismos de controle, na função cardíaca, na musculatura esquelética, na capacidade física e, por fim, na qualidade de vida, em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. Métodos. Vinte e nove pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (<50%), relacionada à terapia do câncer, foram aleatoriamente randomizados para o grupo treinado (T, n=14) e grupo não treinado (NT, n=15). A atividade nervosa simpática muscular foi avaliada diretamente pela técnica de microneurografia e o fluxo sanguíneo muscular pela técnica pletismografia de oclusão venosa. Os parâmetros hemodinâmicos foram avaliados de forma não invasiva batimento a batimento. A capacidade física foi avaliada pelo teste cardiopulmonar e a qualidade de vida pelo questionário Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire. A função cardíaca foi avaliada pelo ecodopplercardiograma. Para análises da expressão dos microRNAs na musculatura esquelética foi realizada a biópsia do músculo vastolateral. O treinamento físico supervisionado teve duração de quatro meses, com 3 sessões semanais, numa intensidade variando entre o limiar anaeróbio e 10% do ponto de compensação respiratória. O teste de estresse mental foi conduzido pela aplicação do Stroop Word Color Test. O controle mecanorreflexo muscular foi avaliado pelo exercício passivo do membro inferior não dominante e o controle metaborreflexo pela oclusão circulatória após exercício isométrico no membro inferior não dominante. Resultados. Nove pacientes do grupo T e 11 do grupo NT concluíram o estudo. A capacidade física, a carga de trabalho e a qualidade de vida melhoraram significativamente no grupo T, o que não ocorreu no grupo NT. A atividade nervosa simpática muscular diminuiu significativamente no grupo T, o que não aconteceu no grupo NT. O fluxo sanguíneo e a condutância vascular muscular não foram alteradas pelo treinamento físico. O treinamento físico aumentou significativamente as respostas de fluxo sanguíneo muscular durante ativação dos mecanorreceptores, o que sugere uma melhora na função endotelial. Foram identificados 20 microRNAs com expressão alterada no músculo esquelético. Dentre esses, 12 foram expressos diferentemente no músculo esquelético dos pacientes do grupo T, sendo 8 com diminuição e 4 com aumento da expressão. Conclusão. O treinamento físico diminui atividade nervosa simpática muscular e altera o microambiente celular na musculatura esquelética, em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. Essas respostas parecem contribuir para a melhora na capacidade física e qualidade de vida desses pacientes. Finalmente, o treinamento físico é seguro e recomendável ao paciente com insuficiência cardíaca relacionada à terapia do câncerIntroduction. Despite advances in cancer treatment, certain drugs increase susceptibility to cardiovascular disease. Ventricular dysfunction is, undoubtedly, the alteration in the cardiovascular system that is of most concern. Evidence shows that physical training significantly decreases sympathetic nerve activity, increases physical capacity and improves quality of life in patients with heart failure of different etiologies. However, whether these benefits also occur in the patient with cardiac dysfunction related to cancer therapy is unknown. The aim of the study is to evaluate the effects of physical training on muscle sympathetic nerve activity its control mechanisms, on cardiac function, skeletal muscle, physical capacity and, finally, on quality of life, in patients with cardiac dysfunction related to cancer therapy. Methods. Twenty-nine patients with heart failure with reduced ejection fraction (<50%) related to cancer therapy were randomly randomized to trained (T, n=14) and untrained (NT, n=15) groups. Muscle sympathetic nerve activity was directly evaluated using the microneurography technique and muscle blood flow using the venous occlusion plethysmography technique. Hemodynamic parameters were assessed non-invasively on a beat-by-beat basis. Physical capacity was assessed by the cardiopulmonary exercise testing, and quality of life using the Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire. Cardiac function was assessed by doppler echocardiography. For analyzes of the expression of microRNAs in the skeletal muscle, a biopsy of the vastus lateralis muscle was performed. Supervised physical training lasted four months, with 3 weekly sessions, at an intensity varying between the anaerobic threshold and 10% below the respiratory compensation point. The mental stress test was conducted by applying the Stroop Word Color Test. Muscle mechanoreflex control was assessed by passive exercise of the non-dominant lower limb and metaboreflex control by circulatory occlusion after isometric exercise in the non-dominant lower limb. Results. Nine patients in the T group and 11 in the NT group completed the study. Physical capacity, workload and quality of life improved significantly in the T group, which did not occur in the NT group. Muscle sympathetic nerve activity significantly decreased in the T group, which was not observed in the NT group. Blood flow and muscular vascular conductance were not altered by physical training. Physical training significantly increased muscle blood flow responses during mechanoreceptor activation, suggesting an improvement in endothelial function. We identified 20 microRNAs with altered expression in skeletal muscle. Among these, 12 were expressed differently in the skeletal muscle of patients in the T group, 8 with a decrease and 4 with an increase in expression. Conclusion. Exercise training decreases muscle sympathetic nerve activity and changes the cellular microenvironment in skeletal muscle in patients with cardiac dysfunction related to cancer therapy. These responses seem to contribute to the improvement in the physical capacity and quality of life in these patients. Finally, physical training is safe and recommended for patients with cardiac dysfunction related to cancer therapyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKalil Filho, RobertoRodrigues, Amanda Gonzales2023-04-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-01082023-120610/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-08-15T16:10:49Zoai:teses.usp.br:tde-01082023-120610Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-08-15T16:10:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução. Apesar dos avanços no tratamento do câncer, certos medicamentos aumentam a susceptibilidade para a doença cardiovascular. A disfunção ventricular é, sem dúvida, a alteração no sistema cardiovascular que mais preocupa. Evidências mostram que o treinamento físico diminui significativamente a atividade nervosa simpática, aumenta a capacidade física e melhora a qualidade de vida em paciente com insuficiência cardíaca de diferentes etiologias. Contudo, não é conhecido se esses benefícios também ocorrem no paciente com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. O objetivo do estudo é avaliar os efeitos do treinamento físico na atividade nervosa simpática muscular e nos seus mecanismos de controle, na função cardíaca, na musculatura esquelética, na capacidade física e, por fim, na qualidade de vida, em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. Métodos. Vinte e nove pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (<50%), relacionada à terapia do câncer, foram aleatoriamente randomizados para o grupo treinado (T, n=14) e grupo não treinado (NT, n=15). A atividade nervosa simpática muscular foi avaliada diretamente pela técnica de microneurografia e o fluxo sanguíneo muscular pela técnica pletismografia de oclusão venosa. Os parâmetros hemodinâmicos foram avaliados de forma não invasiva batimento a batimento. A capacidade física foi avaliada pelo teste cardiopulmonar e a qualidade de vida pelo questionário Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire. A função cardíaca foi avaliada pelo ecodopplercardiograma. Para análises da expressão dos microRNAs na musculatura esquelética foi realizada a biópsia do músculo vastolateral. O treinamento físico supervisionado teve duração de quatro meses, com 3 sessões semanais, numa intensidade variando entre o limiar anaeróbio e 10% do ponto de compensação respiratória. O teste de estresse mental foi conduzido pela aplicação do Stroop Word Color Test. O controle mecanorreflexo muscular foi avaliado pelo exercício passivo do membro inferior não dominante e o controle metaborreflexo pela oclusão circulatória após exercício isométrico no membro inferior não dominante. Resultados. Nove pacientes do grupo T e 11 do grupo NT concluíram o estudo. A capacidade física, a carga de trabalho e a qualidade de vida melhoraram significativamente no grupo T, o que não ocorreu no grupo NT. A atividade nervosa simpática muscular diminuiu significativamente no grupo T, o que não aconteceu no grupo NT. O fluxo sanguíneo e a condutância vascular muscular não foram alteradas pelo treinamento físico. O treinamento físico aumentou significativamente as respostas de fluxo sanguíneo muscular durante ativação dos mecanorreceptores, o que sugere uma melhora na função endotelial. Foram identificados 20 microRNAs com expressão alterada no músculo esquelético. Dentre esses, 12 foram expressos diferentemente no músculo esquelético dos pacientes do grupo T, sendo 8 com diminuição e 4 com aumento da expressão. Conclusão. O treinamento físico diminui atividade nervosa simpática muscular e altera o microambiente celular na musculatura esquelética, em pacientes com disfunção cardíaca relacionada à terapia do câncer. Essas respostas parecem contribuir para a melhora na capacidade física e qualidade de vida desses pacientes. Finalmente, o treinamento físico é seguro e recomendável ao paciente com insuficiência cardíaca relacionada à terapia do câncer |
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