Eficácia da celulose oxidada regenerada no controle do sangramento de feridas neoplásicas malignas decorrentes de câncer de mama: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Firmino, Flavia
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17122019-122237/
Resumo: Introdução: Feridas neoplásicas malignas (FNM) apresentam sangramento decorrente da angiogênese tumoral ou do rompimento de vasos sanguíneos adjacentes. Ainda hoje, a hemostasia tópica é orientada pela opinião de especialistas tendo como curativo padrão o alginato de cálcio (AC). A celulose oxidada regenerada (COR) é um hemostático cirúrgico e também está indicada para hemostasia em FNM. Não há fortes evidências sobre o emprego destes na hemostasia clínica de FNM. Objetivo geral: Avaliar a eficácia da COR versus o AC no controle do sangramento de FNM decorrente de câncer de mama. Método: Ensaio clínico randomizado, estratificado, paralelo, controlado, aberto, unicêntrico, conduzido entre outubro de 2017 e agosto de 2018, recrutando pacientes no Instituto Nacional de Câncer INCA. Selecionaram-se 13 mulheres ao grupo AC e 15 ao grupo COR com FNM sangrantes, decorrentes de câncer de mama, com idade igual ou superior a 18 anos. Os principais critérios de exclusão foram: presença de sangramento arterial, comorbidades hematológicas e participação anterior no mesmo estudo. As principais variáveis dependentes foram: obtenção de hemostasia, tempo total para hemostasia (TTH), ressangramento e quantidade de produtos hemostáticos utilizados. As principais variáveis independentes foram: número de plaquetas, coagulograma estadiamento do tumor, da FNM e do sangramento. A hipótese afirmou haver diferença média de 5 minutos na utilização da COR comparada ao AC. A intervenção consistiu na aplicação dos produtos, de acordo com a randomização (por envelopes opacos) e contagem do TTH, precedida de coleta de sangue, aferição de sinais vitais e avaliação da ferida e sangramento. O desfecho primário foi o TTH e os secundários: proporção de mulheres que alcançaram hemostasia até 20 minutos; hemostasia aos 3, 5 e 10 minutos, ressangramento e quantidade de hemostáticos. Aplicou-se estatística descritiva para as variáveis nominais e ordinais, por meio de frequências absolutas; para as contínuas: média e desvio-padrão. Os desfechos foram avaliados pelo modelo de riscos de Cox, curva Kaplan Meier e teste Long-rank, para o TTH. O estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa do INCA (Parecer número: 2.2286.120) e da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo EEUSP (Parecer número: 2.286.120). Resultados: O TTH apresentou mediana 30,4 (IC 95%: 21,7 limite superior impreciso) no grupo AC e mediana 30,1 (IC 95%: 18,6 189) no grupo COR, sem significância estatística (p=0,894). Aos 3 minutos, 92 % (12/13) pacientes do grupo AC alcançaram a hemostasia e 85% (12/14) no grupo COR. No 5º minuto, os resultados se mantiveram em ambos os grupos e no 10º minuto, 100% (13/13) alcançaram a hemostasia no grupo AC e 93% (13/15) no grupo COR. Houve dois ressangramentos no grupo COR. Foram gastos 16 hemostáticos no grupo AC e 36 no grupo COR. Não houve danos/efeitos adversos. Conclusões: Não houve evidência de diferença de eficácia hemostática entre os grupos. Sugerem-se novos estudos com amostras maiores.
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A celulose oxidada regenerada (COR) é um hemostático cirúrgico e também está indicada para hemostasia em FNM. Não há fortes evidências sobre o emprego destes na hemostasia clínica de FNM. Objetivo geral: Avaliar a eficácia da COR versus o AC no controle do sangramento de FNM decorrente de câncer de mama. Método: Ensaio clínico randomizado, estratificado, paralelo, controlado, aberto, unicêntrico, conduzido entre outubro de 2017 e agosto de 2018, recrutando pacientes no Instituto Nacional de Câncer INCA. Selecionaram-se 13 mulheres ao grupo AC e 15 ao grupo COR com FNM sangrantes, decorrentes de câncer de mama, com idade igual ou superior a 18 anos. Os principais critérios de exclusão foram: presença de sangramento arterial, comorbidades hematológicas e participação anterior no mesmo estudo. As principais variáveis dependentes foram: obtenção de hemostasia, tempo total para hemostasia (TTH), ressangramento e quantidade de produtos hemostáticos utilizados. As principais variáveis independentes foram: número de plaquetas, coagulograma estadiamento do tumor, da FNM e do sangramento. A hipótese afirmou haver diferença média de 5 minutos na utilização da COR comparada ao AC. A intervenção consistiu na aplicação dos produtos, de acordo com a randomização (por envelopes opacos) e contagem do TTH, precedida de coleta de sangue, aferição de sinais vitais e avaliação da ferida e sangramento. O desfecho primário foi o TTH e os secundários: proporção de mulheres que alcançaram hemostasia até 20 minutos; hemostasia aos 3, 5 e 10 minutos, ressangramento e quantidade de hemostáticos. Aplicou-se estatística descritiva para as variáveis nominais e ordinais, por meio de frequências absolutas; para as contínuas: média e desvio-padrão. Os desfechos foram avaliados pelo modelo de riscos de Cox, curva Kaplan Meier e teste Long-rank, para o TTH. O estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa do INCA (Parecer número: 2.2286.120) e da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo EEUSP (Parecer número: 2.286.120). Resultados: O TTH apresentou mediana 30,4 (IC 95%: 21,7 limite superior impreciso) no grupo AC e mediana 30,1 (IC 95%: 18,6 189) no grupo COR, sem significância estatística (p=0,894). Aos 3 minutos, 92 % (12/13) pacientes do grupo AC alcançaram a hemostasia e 85% (12/14) no grupo COR. No 5º minuto, os resultados se mantiveram em ambos os grupos e no 10º minuto, 100% (13/13) alcançaram a hemostasia no grupo AC e 93% (13/15) no grupo COR. Houve dois ressangramentos no grupo COR. Foram gastos 16 hemostáticos no grupo AC e 36 no grupo COR. Não houve danos/efeitos adversos. Conclusões: Não houve evidência de diferença de eficácia hemostática entre os grupos. Sugerem-se novos estudos com amostras maiores.Introduction: Malignant wounds (MW) present bleeding due to tumor angiogenesis or the rupture of adjacent blood vessels. Topical hemostasis is recommended by expert opinion. Regenerated oxidized cellulose (ROC) and alginate calcium (AC) are indicated for surgical hemostasis and there is no robust evidence for its use in the control of MW bleeding. Overall objective: To evaluate the efficacy of ROC versus AC in the control of bleeding in malignant wounds due to breast cancer. Method: A randomized, stratified, parallel, controlled, open, unicentric clinical trial was conducted from October 2017 to August 2018, recruiting patients at the National Cancer Institute INCA. We selected 13 women for the control group and 15 for the ROC group, with bleeding MW due to breast cancer, aged 18 years or older. The main exclusion criteria were: presence of arterial bleeding or contraindication to topical hemostasis, hematological comorbidities and previous participation in the same study. The main dependent variables were: hemostasis, total time for hemostasis (TTH), rebleeding and amount of hemostatic products used. The main independent variables were: number of platelets, coagulogram, and tumor, MW and bleeding staging. The hypothesis stated that there was an average difference of five minutes in the use of ROC compared to the standard dressing. The intervention consisted of random (using opaque envelopes) administration of the products and TTH counting, preceded by blood collection, vital signs measurement and evaluation of the wound and bleeding. The primary endpoint was TTH; secondary endpoints were: proportion of women who achieved hemostasis before 20 minutes, hemostasis at three, five and 10 minutes, rebleeding and amount of hemostatic dressings used. Descriptive statistics were applied for nominal and ordinal variables, by means of absolute frequencies; for the continuous ones: mean and standard deviation. The endpoints were evaluated using the Cox risk model, Kaplan Meier curve and Long-rank test for the TTH. The study was approved by the Research Ethics Committees of INCA (Opinion number: 2.2286.120) and the School of Nursing of the University of São Paulo EEUSP (Opinion number: 2.286.120). Results: TTH was median of 30.4 (95% CI: 21.7 imprecise upper limit) in the AC group and median of 30.1 (95% CI: 18.6 189) in the ROC group. The mean difference between the groups was 0.5 minutes, with no statistical significance (p = 0.897). At 3 minutes, 92% (12/13) patients in the AC group and 85% (12/14) of the ROC group had reached hemostasis. From In the 5 minute the result remained and from minutes 10, 100% (13/13) achieved haemostasis in the AC group and 93% (13/15) in the ROC group. There were two rebleedings in the ROC group. EIghteen hemostatic dressings were used in the control group and 34 in the ROC group. There were no damages/adverse effects. Conclusions: There was no evidence of a difference in hemostatic efficacy between groups. Further studies with larger samples are suggested.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Vera Lucia Conceicao de GouveiaFirmino, Flavia2019-03-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17122019-122237/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-03-02T22:19:02Zoai:teses.usp.br:tde-17122019-122237Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-03-02T22:19:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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