Percepções da cor da pessoa e do tipo angolano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miguel, Daniel Mbuta
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-06082015-105237/
Resumo: Tínhamos por objetivo estudar as determinações sociais do meio social angolano (constituído essencialmente pelos filhos da terra/país e nativos) e concernentes às realizações dos indivíduos deste grupo minoria demográfica na situação colonial e pós dominação portuguesa de Angola. No nível de crítica expositiva, acreditamos ter revelado uma perspectiva capaz de contemplar a relação de objetivação social entre os corpos ideais eleitos como tipo nacional, e entre as violências cometidas em Angola sempre em nome do povo português sub guarda-chuva do Estado colonial. Depois do 11 de Novembro de 1975, em do povo angolano sub guarda-chuva do Estado angolano, lembramos que segundo Agostinho Neto quem comanda Angola é o MPLA -, e o povo angolano é o MPLA e o MPLA é povo angolano. Assim como os conflitos que alimentaram a partir da viragem no século XIX do foco imperial português, a hierarquização, como os lugares sociais e assimétricos dos corpos raciais e meios sociais existentes no atual território angolano. Só então na perspectiva ontológica que, em sustentação ao temário que compõe as relações sociais, privilegiamos a busca das categorizações inerentes às realizações racializadas e etnicizadas na viragem daquele século XIX - assim, como, durante a viragem do regime colonial ao regime do MPLA após o colonialismo. Num momento posterior, no nível de análise compreensiva, aderente à crítica expositiva, demonstra-se a operacionalização do temário utilizando como veículo da ideia a interpretação, do 27 Maio de 1977 enquanto fenômeno primordial do estado angolano, e o lugar racial entre as partes envolvidas, e a população de maneira geral. Neste sacrifício original se realizou uma expiação e substituição da vítima sacrificial (o branco de primeira), no seu lugar se elegeu o autóctone, o preto indígena, enquanto grupo demográfico majoritário e potencialmente sociológico, é transformada em vítima substituta daquele português metropolitano. Assim, tentamos demonstrar que o 27 de Maio, foi uma violência original, que possibilitou o encontro entre os diferentes meios sociais e a normalização daqueles que seriam passíveis de compor a angolanidade, enquanto lugar norma de se e do se ser angolano. Ao tomarmos de empréstimo o método progressivo-regressivo queríamos caminhar num certo equilíbrio tensivo ao registro da gênese da negação de certos grupos étnicos e meios sociais, portadores de etnicidades extremadas, quantitativamente falando. Por fim apresentamos as percepções e significações de membros do antigo meio social angolano, hoje elite nacional ligada essencialmente ao MPLA, possuem diante das etnicidades extremadas, que os faz gerar toda uma linguagem e gramática racial. Que resulta nas categorizações sociais, classificações raciais e hierarquizações dos diferentes corpos existentes em Angola, assim, como a negação e desigualdades promovidas pelo estado.
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Assim como os conflitos que alimentaram a partir da viragem no século XIX do foco imperial português, a hierarquização, como os lugares sociais e assimétricos dos corpos raciais e meios sociais existentes no atual território angolano. Só então na perspectiva ontológica que, em sustentação ao temário que compõe as relações sociais, privilegiamos a busca das categorizações inerentes às realizações racializadas e etnicizadas na viragem daquele século XIX - assim, como, durante a viragem do regime colonial ao regime do MPLA após o colonialismo. Num momento posterior, no nível de análise compreensiva, aderente à crítica expositiva, demonstra-se a operacionalização do temário utilizando como veículo da ideia a interpretação, do 27 Maio de 1977 enquanto fenômeno primordial do estado angolano, e o lugar racial entre as partes envolvidas, e a população de maneira geral. Neste sacrifício original se realizou uma expiação e substituição da vítima sacrificial (o branco de primeira), no seu lugar se elegeu o autóctone, o preto indígena, enquanto grupo demográfico majoritário e potencialmente sociológico, é transformada em vítima substituta daquele português metropolitano. Assim, tentamos demonstrar que o 27 de Maio, foi uma violência original, que possibilitou o encontro entre os diferentes meios sociais e a normalização daqueles que seriam passíveis de compor a angolanidade, enquanto lugar norma de se e do se ser angolano. Ao tomarmos de empréstimo o método progressivo-regressivo queríamos caminhar num certo equilíbrio tensivo ao registro da gênese da negação de certos grupos étnicos e meios sociais, portadores de etnicidades extremadas, quantitativamente falando. Por fim apresentamos as percepções e significações de membros do antigo meio social angolano, hoje elite nacional ligada essencialmente ao MPLA, possuem diante das etnicidades extremadas, que os faz gerar toda uma linguagem e gramática racial. Que resulta nas categorizações sociais, classificações raciais e hierarquizações dos diferentes corpos existentes em Angola, assim, como a negação e desigualdades promovidas pelo estado.We had the objective of studying the social determinations of social environment Angolan (consists primarily of the sons and daughters of the land/country and native) and concerning the achievements of the individuals of this group minority demographic situation in colonial and post Portuguese domination of Angola. At the level of criticism lecture, we believe we have revealed a perspective capable of contemplating the relationship of social objectification between bodies ideal elected as national type, and between the violence committed in Angola always \"on behalf of the Portuguese people\" sub umbrella of the colonial State. After November 11, 1975, \"in the Angolan people\" sub umbrella of the Angolan State, remember that second Agostinho Neto \"who controls Angola is the MPLA -, and \"the Angolan people is the MPLA\" and the \"MPLA is Angolan people. As well as the conflicts that fed from the turning point in the 19th century the focus imperial Portuguese, the hierarchy, such as the social places and asymmetric bodies of racial and social media existing in the current Angolan territory. Only then the ontological perspective that, in sustaining the topics that comprise the social relations, we favor the search for categorizations of the achievements so called realization racial and ethnical at the turn of the century XIX - as well as, during the turn of the colonial regime to the regime of MPLA after colonialism. A moment later, the level of comprehensive analysis, bonded to the critical lecture, it demonstrates the practicality of the topics using as a vehicle of the idea to the interpretation of may 27, 1977, as primordial phenomenon of the Angolan State, and the place race between the parties involved, and the population in general. In this sacrifice original held atonement and replacing the sacrificial victim (the white first), in its place if elected indigenous, black indigenous, while demographic group majority and potentially sociological, is transformed into a victim substitute that Portuguese underground. Thus, we try to demonstrate that the 27 May, was a violence original, which allowed the encounter between the different social groups and the standardization of those who would be liable to compose the angularness, while place standard of it and if be Angolan. The taking of the loan method progressive-regressive wanted to walk a certain balance tensive to record the genesis of denial of certain ethnic groups and social media, with disparate ethnicities, quantitatively speaking. Finally we present the perceptions and meanings of members of the old social environment Angola today national elite essentially linked to the MPLA, have faced with the ethnicities extremes, which makes them generate a whole language and grammar racial. Those results in social categorizations, racial classifications and rankness of different bodies existing in Angola, as well as the denial and inequality promoted by the state.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMunanga, KabengeleMiguel, Daniel Mbuta2015-03-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-06082015-105237/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-06082015-105237Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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