Eventos adversos medicamentosos em unidade de terapia intensiva pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Dafne Cardoso Bourguignon da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-01032013-141918/
Resumo: Objetivos: descrever incidência de eventos adversos medicamentosos em crianças sob terapia intensiva, avaliar fatores de riscos e métodos de detecção. Métodos: busca ativa em registros eletrônicos e em papel, utilizando parâmetros indicativos (gatilhos). A estatística envolveu modelos de regressão linear e logística. Resultados: Foram estudados 239 pacientes, com média de idade de 67,5 meses, em 1818 dias de internação. A média de internação foi de 7,6 dias. Houve 110 eventos adversos medicamentosos provados, prováveis e possíveis, em 84 pacientes (35,1%). Observamos 138 ocorrências de gatilhos. As principais classes de medicamentos envolvidas foram: antibióticos (n = 41), diuréticos (n = 24), anticonvulsivantes (n = 23), sedativos e analgésicos (n = 17) e corticóides (n = 18). O número de drogas foi a variável mais relacionada à ocorrência de EAM. Esta última também se correlacionou com o tempo de internação (P < 0,001). A ocorrência do evento pode estar implicada no aumento de 1,5 dia de internação para cada evento. A idade inferior a 48 meses mostrou ser um risco significativo para eventos, com OR de 1,84 (intervalo de confiança IC 95% - 1,07 - 3,15, P = 0,025). O número de drogas recebidas apresentou correlação com o número de eventos (P < 0,0001). A chance de apresentar pelo menos 1 evento elevou-se linearmente à medida que o paciente recebia mais drogas. Conclusões: o uso de múltiplas drogas e a baixa idade favorecem a ocorrência de EAM, que, por sua vez, podem estar implicados no aumento do tempo de internação em UTI. A busca ativa sistematiza a abordagem do problema
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