Estudo prospectivo sobre a dinâmica da evolução clínica e imunológica da infecção canina por Leishmania (Leishmania) infantum chagasi em área endêmica de leishmaniose visceral no estado do Pará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Liliane Almeida Carneiro
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-27102016-142051/
Resumo: Leishmaniose visceral canina (LVC) é um dos problemas de saúde pública mais importantes da América Latina, pois geralmente precede a doença humana, a leishmaniose visceral americana (LVA), causada pela Leishmania (L.) infantum chagasi. No presente estudo prospectivo analisou-se durante período de dois anos a prevalência, incidência e dinâmica da evolução clínico-imunológica da infecção canina pela L. (L.) i. chagasi em uma coorte de 316 cães mestiços que vivem em área endêmica de LVA no município de Barcarena, Pará, Amazônia Brasil, pelo uso combinado do teste de imunofluorescência indireta (RIFI-IgG) e de hipersensibilidade tardia (RIM), bem como a pesquisa do parasita pela aspiração do linfonodo poplíteo para o diagnóstico da infecção. A reatividade para RIFI e RIM reconheceu três diferentes perfis de resposta imunológica: (I) RIFI (+) / RIM (-) (81 cães), (II) RIFI (-) / RIM (+) (17 cães), e (III) RIFI (+) / RIM (+) (13 cães), proporcionando uma prevalência global da infecção de 35,1% (111/316). Desta forma, a prevalência específica do perfil I (25,6%) foi superior as dos perfis II e III, 5,4% e 4,1%, respectivamente. Além disso, a frequência destes perfis entre 111 cães infectados mostrou que a taxa de 73% do perfil I também foi maior do que os dos perfis II (15,3%) e III (11,7%). A prevalência da infecção de acordo com as faixas etárias revelou que a taxa de 27,5% do grupo ≥1ano <7 anos foi maior do que as de <1 ano (5,3%) e ≥7anos (2,2%), respectivamente. Por outro lado, a incidência global da infecção foi de 5,7% cães / mês (5,4% perfil I, 0,3% perfil II e 0,0% perfil III). No entanto, observou-se uma progressiva diminuição nas taxas de incidência nos seguintes pontos de tempo: seis (3,6% cães / mês), doze (1,7% cães / mês) e vinte e quatro (0,4% cães / mês) meses do estudo. Além disso, a incidência da infecção de acordo com os grupos etários demonstraram que a taxa de 6,6% cães / mês no grupo <1 ano foi maior em comparação com as de 5,3% e 3,3% cães / mês nos grupos ≥1ano e <7 anos, e <1 ano, respectivamente. O diagnóstico parasitológico da infecção foi confirmado em 19% (21/111) no estudo da prevalência, sendo a maioria dos cães (85,7%) do perfil I, onde 61,1% eram sintomáticos e 38,9% assintomáticos. Entre o restante (14,3%), o diagnóstico foi associado ao perfil III, sendo 66,6% assintomáticos e 33,3% sintomáticos. No levantamento da incidência, o diagnóstico foi confirmado em 11% dos cães, todos pertencentes ao perfil I, sendo 60% assintomáticos e 40% sintomáticos. Com relação ao estado clínico de todos os 179 cães diagnosticados infectados durante o período de dois anos, observou-se que entre 145 (81%) cães do perfil I, 82% eram assintomáticos e 18% sintomáticos; entre os 21 (11,7%) cães do perfil II, todos (100%) eram assintomáticos; e entre 13 (7,3%) cães do perfil III, 84,6% eram assintomáticos e 15,4% sintomáticos. Além disso, observou-se que a conversão do estado clínico assintomático ao sintomática foi registado principalmente em cães do perfil I (40,2%) do que aqueles dos perfis II (5,8%) e III (9%). Por outro lado, apenas 3,2% dos cães do perfil I [RIFI (+) / RIM (-)] converteu resposta RIM (+), enquanto 80% de cães do perfil II [RIFI (-) / RIM (+)] converteu resposta RIFI (+). Por fim, demonstrou-se que 100% dos óbitos por LVC ocorreu entre os cães do perfil I, sendo 85,7% na prevalência e 14,3% na incidência. Considerando todos esses resultados, parece razoável que a interação entre parasita e resposta imune canina é suportada principalmente pelo perfil imunológico claramente vulnerável, o perfil I [RIFI (+) / RIM (-)], o qual não oferece qualquer resistência ao parasita, tornando o cão altamente susceptível à infecção
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(L.) i. chagasi em uma coorte de 316 cães mestiços que vivem em área endêmica de LVA no município de Barcarena, Pará, Amazônia Brasil, pelo uso combinado do teste de imunofluorescência indireta (RIFI-IgG) e de hipersensibilidade tardia (RIM), bem como a pesquisa do parasita pela aspiração do linfonodo poplíteo para o diagnóstico da infecção. A reatividade para RIFI e RIM reconheceu três diferentes perfis de resposta imunológica: (I) RIFI (+) / RIM (-) (81 cães), (II) RIFI (-) / RIM (+) (17 cães), e (III) RIFI (+) / RIM (+) (13 cães), proporcionando uma prevalência global da infecção de 35,1% (111/316). Desta forma, a prevalência específica do perfil I (25,6%) foi superior as dos perfis II e III, 5,4% e 4,1%, respectivamente. Além disso, a frequência destes perfis entre 111 cães infectados mostrou que a taxa de 73% do perfil I também foi maior do que os dos perfis II (15,3%) e III (11,7%). A prevalência da infecção de acordo com as faixas etárias revelou que a taxa de 27,5% do grupo ≥1ano <7 anos foi maior do que as de <1 ano (5,3%) e ≥7anos (2,2%), respectivamente. Por outro lado, a incidência global da infecção foi de 5,7% cães / mês (5,4% perfil I, 0,3% perfil II e 0,0% perfil III). No entanto, observou-se uma progressiva diminuição nas taxas de incidência nos seguintes pontos de tempo: seis (3,6% cães / mês), doze (1,7% cães / mês) e vinte e quatro (0,4% cães / mês) meses do estudo. Além disso, a incidência da infecção de acordo com os grupos etários demonstraram que a taxa de 6,6% cães / mês no grupo <1 ano foi maior em comparação com as de 5,3% e 3,3% cães / mês nos grupos ≥1ano e <7 anos, e <1 ano, respectivamente. O diagnóstico parasitológico da infecção foi confirmado em 19% (21/111) no estudo da prevalência, sendo a maioria dos cães (85,7%) do perfil I, onde 61,1% eram sintomáticos e 38,9% assintomáticos. Entre o restante (14,3%), o diagnóstico foi associado ao perfil III, sendo 66,6% assintomáticos e 33,3% sintomáticos. No levantamento da incidência, o diagnóstico foi confirmado em 11% dos cães, todos pertencentes ao perfil I, sendo 60% assintomáticos e 40% sintomáticos. Com relação ao estado clínico de todos os 179 cães diagnosticados infectados durante o período de dois anos, observou-se que entre 145 (81%) cães do perfil I, 82% eram assintomáticos e 18% sintomáticos; entre os 21 (11,7%) cães do perfil II, todos (100%) eram assintomáticos; e entre 13 (7,3%) cães do perfil III, 84,6% eram assintomáticos e 15,4% sintomáticos. Além disso, observou-se que a conversão do estado clínico assintomático ao sintomática foi registado principalmente em cães do perfil I (40,2%) do que aqueles dos perfis II (5,8%) e III (9%). Por outro lado, apenas 3,2% dos cães do perfil I [RIFI (+) / RIM (-)] converteu resposta RIM (+), enquanto 80% de cães do perfil II [RIFI (-) / RIM (+)] converteu resposta RIFI (+). Por fim, demonstrou-se que 100% dos óbitos por LVC ocorreu entre os cães do perfil I, sendo 85,7% na prevalência e 14,3% na incidência. Considerando todos esses resultados, parece razoável que a interação entre parasita e resposta imune canina é suportada principalmente pelo perfil imunológico claramente vulnerável, o perfil I [RIFI (+) / RIM (-)], o qual não oferece qualquer resistência ao parasita, tornando o cão altamente susceptível à infecçãoCanine visceral leishmaniasis (CVL) is one of the most important public health problems in Latin America because it usually precedes human disease, American visceral leishmaniais (AVL), being caused by Leishmania (L.) infantum chagasi. In the present prospective study it was analyzed during two years period the prevalence, incidence and dynamics of the clinical-immunological evolution of canine L. (L.) i. chagasi-infection in a cohort of 316 mongrel dogs living in endemic area of AVL in Barcarena municipality, Pará State, Amazonian Brazil, by the combined use of the indirect fluorescence antibody test (IFAT-IgG) and delayed-type hypersensitivity (DTH), as well as the parasite research by the popliteal lymph node aspiration for the diagnosis of infection. The IFAT and DTH reactivity recognized three different immune response profiles: (I) IFAT(+)/DTH(-) (81 dogs), (II) IFAT(-)/DTH(+) (17 dogs), and (III) IFAT(+)/DTH(+) (13 dogs), providing an overall infection prevalence of 35,1% (111/316). In this way, the specific prevalence of profile I 25,6% was higher than those of profiles II 5,4% and III 4,1%. Moreover, the frequency of these profiles among 111 infected dogs showed that the rate 73% of profile I was also higher than those of profiles II 15,3% and III 11,7%. The infection prevalence according to the age groups revealed that the rate 27,5% of ≥1year <7years was higher than those of <1year 5,3% and ≥7years 2,2%, respectively. On the other hand, the overall incidence of infection was 5,7% dogs/month (5,4% profile I, 0,3% profile II and 0,0% profile III). However, it was noted a progressive decreasing in the incidence rates at the following time-points: six (3,6% dogs/month), twelve (1,7% dogs/month) and twenty four (0,4% dogs/month) months of the study. In addition, the infection incidence according to the age groups demonstrated that the rate 6,6% dogs/month of <1year was higher compared to those of 5,3% and 3,3% dogs/month of ≥1year and <7years, and <1year, respectively. The parasitological diagnosis of infection was confirmed in 19% (21/111) at the prevalence survey, being most dogs (85,7%) of the profile I, 61,1% symptomatic and 38,9% asymptomatic ones. Among the remainder 14,3%, the diagnosis was associated to the profile III, 66,6% in asymptomatic and 33,3% in symptomatic dogs. At the incidence survey, the diagnosis was confirmed in 11% of dogs, all from the profile I, 60% asymptomatic and 40% symptomatic ones. With regards to clinical status of all 179 infected dogs diagnosed during two years period, it was observed that among 145 (81%) dogs from the profile I, 82% were asymptomatic and 18% symptomatic ones; among 21 (11,7%) from the profile II, all (100%) were asymptomatic; and among 13 (7,3%) from the profile III, 84,6% were asymptomatic and 15,4 % symptomatic ones. Besides this, it was noted that the clinical conversion from asymptomatic to symptomatic status was principally recorded in dogs from the profile I (40,2%) than those from the profiles II (5,8%) and III (9%). By the other side, only 3,2% dogs from the profile I [IFAT(+)/DTH(-)] converted DTH(+) response, while 80% dogs from the profile II [IFAT(-)/DTH(+)] converted IFAT(+) response. At last, it was demonstrated that 100% of death by CVL occurred amongst dogs from the profile I, being 85,7% from the prevalence and 14,3% from the incidence. Taking together all these results, it seems reasonable that interaction between parasite and canine immune response is principally supported by immunologic profile clearly vulnerable, the profile I [IFAT(+)/DTH(-)], which does not offer any resistance to parasite, became the dog highly susceptible to infectionBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLaurenti, Marcia DalastraSantos, Liliane Almeida Carneiro2016-08-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-27102016-142051/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:05:30Zoai:teses.usp.br:tde-27102016-142051Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:05:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Leishmaniose visceral canina (LVC) é um dos problemas de saúde pública mais importantes da América Latina, pois geralmente precede a doença humana, a leishmaniose visceral americana (LVA), causada pela Leishmania (L.) infantum chagasi. No presente estudo prospectivo analisou-se durante período de dois anos a prevalência, incidência e dinâmica da evolução clínico-imunológica da infecção canina pela L. (L.) i. chagasi em uma coorte de 316 cães mestiços que vivem em área endêmica de LVA no município de Barcarena, Pará, Amazônia Brasil, pelo uso combinado do teste de imunofluorescência indireta (RIFI-IgG) e de hipersensibilidade tardia (RIM), bem como a pesquisa do parasita pela aspiração do linfonodo poplíteo para o diagnóstico da infecção. A reatividade para RIFI e RIM reconheceu três diferentes perfis de resposta imunológica: (I) RIFI (+) / RIM (-) (81 cães), (II) RIFI (-) / RIM (+) (17 cães), e (III) RIFI (+) / RIM (+) (13 cães), proporcionando uma prevalência global da infecção de 35,1% (111/316). Desta forma, a prevalência específica do perfil I (25,6%) foi superior as dos perfis II e III, 5,4% e 4,1%, respectivamente. Além disso, a frequência destes perfis entre 111 cães infectados mostrou que a taxa de 73% do perfil I também foi maior do que os dos perfis II (15,3%) e III (11,7%). A prevalência da infecção de acordo com as faixas etárias revelou que a taxa de 27,5% do grupo ≥1ano <7 anos foi maior do que as de <1 ano (5,3%) e ≥7anos (2,2%), respectivamente. Por outro lado, a incidência global da infecção foi de 5,7% cães / mês (5,4% perfil I, 0,3% perfil II e 0,0% perfil III). No entanto, observou-se uma progressiva diminuição nas taxas de incidência nos seguintes pontos de tempo: seis (3,6% cães / mês), doze (1,7% cães / mês) e vinte e quatro (0,4% cães / mês) meses do estudo. Além disso, a incidência da infecção de acordo com os grupos etários demonstraram que a taxa de 6,6% cães / mês no grupo <1 ano foi maior em comparação com as de 5,3% e 3,3% cães / mês nos grupos ≥1ano e <7 anos, e <1 ano, respectivamente. O diagnóstico parasitológico da infecção foi confirmado em 19% (21/111) no estudo da prevalência, sendo a maioria dos cães (85,7%) do perfil I, onde 61,1% eram sintomáticos e 38,9% assintomáticos. Entre o restante (14,3%), o diagnóstico foi associado ao perfil III, sendo 66,6% assintomáticos e 33,3% sintomáticos. No levantamento da incidência, o diagnóstico foi confirmado em 11% dos cães, todos pertencentes ao perfil I, sendo 60% assintomáticos e 40% sintomáticos. Com relação ao estado clínico de todos os 179 cães diagnosticados infectados durante o período de dois anos, observou-se que entre 145 (81%) cães do perfil I, 82% eram assintomáticos e 18% sintomáticos; entre os 21 (11,7%) cães do perfil II, todos (100%) eram assintomáticos; e entre 13 (7,3%) cães do perfil III, 84,6% eram assintomáticos e 15,4% sintomáticos. Além disso, observou-se que a conversão do estado clínico assintomático ao sintomática foi registado principalmente em cães do perfil I (40,2%) do que aqueles dos perfis II (5,8%) e III (9%). Por outro lado, apenas 3,2% dos cães do perfil I [RIFI (+) / RIM (-)] converteu resposta RIM (+), enquanto 80% de cães do perfil II [RIFI (-) / RIM (+)] converteu resposta RIFI (+). Por fim, demonstrou-se que 100% dos óbitos por LVC ocorreu entre os cães do perfil I, sendo 85,7% na prevalência e 14,3% na incidência. Considerando todos esses resultados, parece razoável que a interação entre parasita e resposta imune canina é suportada principalmente pelo perfil imunológico claramente vulnerável, o perfil I [RIFI (+) / RIM (-)], o qual não oferece qualquer resistência ao parasita, tornando o cão altamente susceptível à infecção
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