Identidade pessoal e simpatia no Tratado de Hume
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-30072018-134053/ |
Resumo: | Trata-se de explorar o tema da identidade pessoal no Tratado da natureza humana (1739-1740) de Hume, segundo três pontos de vista: a simpatia, a imaginação e as paixões. De início, mediante o estudo da relação entre as ideias de eu e de outro no princípio da simpatia, procuramos mostrar como esse princípio carrega em si um significado mais profundo do que a mera comunicação de paixões ou afetos usualmente privilegiada entre os intérpretes. Com efeito, se examinarmos a dependência entre o indivíduo e seu semelhante, encontramos no mecanismo simpático um conflito quanto à natureza da identidade pessoal: o eu é, ao mesmo tempo, a percepção mais forte que se pode ter no pensamento, e, sem a exterioridade, nas palavras de Hume, o eu é na realidade nada. A fim de esclarecer o conflito, propomos o seguinte: num primeiro momento, investiga-se a imaginação, em virtude da qual uma ficção do eu é engendrada no pensamento; num segundo, a sucessão de paixões, em que um eu de prazer e dor é produzido. Sem a intenção de privilegiar a imaginação ou as paixões como princípio de formação da identidade, ou mesmo de especular a respeito de uma articulação exaustiva entre elas, pretendemos apreender sob os três pontos de vista (incluindo a simpatia) o que haveria de essencial à identidade: uma ordem que se estabelece a partir da desordem, e que se encontra a todo momento por ela ameaçada. |
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Identidade pessoal e simpatia no Tratado de HumePersonal identity and sympathy in Humes TreatiseHumeHumeIdentidade pessoalImaginaçãoImaginationPaixõesPassionsPersonal identitySimpatiaSympathyTrata-se de explorar o tema da identidade pessoal no Tratado da natureza humana (1739-1740) de Hume, segundo três pontos de vista: a simpatia, a imaginação e as paixões. De início, mediante o estudo da relação entre as ideias de eu e de outro no princípio da simpatia, procuramos mostrar como esse princípio carrega em si um significado mais profundo do que a mera comunicação de paixões ou afetos usualmente privilegiada entre os intérpretes. Com efeito, se examinarmos a dependência entre o indivíduo e seu semelhante, encontramos no mecanismo simpático um conflito quanto à natureza da identidade pessoal: o eu é, ao mesmo tempo, a percepção mais forte que se pode ter no pensamento, e, sem a exterioridade, nas palavras de Hume, o eu é na realidade nada. A fim de esclarecer o conflito, propomos o seguinte: num primeiro momento, investiga-se a imaginação, em virtude da qual uma ficção do eu é engendrada no pensamento; num segundo, a sucessão de paixões, em que um eu de prazer e dor é produzido. Sem a intenção de privilegiar a imaginação ou as paixões como princípio de formação da identidade, ou mesmo de especular a respeito de uma articulação exaustiva entre elas, pretendemos apreender sob os três pontos de vista (incluindo a simpatia) o que haveria de essencial à identidade: uma ordem que se estabelece a partir da desordem, e que se encontra a todo momento por ela ameaçada.This work explores the theme of personal identity in Humes Treatise of human nature (1739-1740), according to these three points of view: sympathy, imagination and passions. First of all, through the study of the relation between the self and the ideia of other in the principle of sympathy, we intend to show that this principle carries within itself a meaning more significant than a mere communication of passions or affects usually adopted by the commentators. In effect, if we examine the dependency between the individual and his similar, we find in the mechanism of sympathy a conflict regarding the nature of personal identity: the self is, at the same time, the liveliest perception we can have in the thought, and, without the exteriority, according to Humes words, the self is in reality nothing. In order to overcome the conflict, we propose: first, the investigation of the imagination, through which a fiction of the self is created in the thought; second, the succession of passions, where a self of pleasure and pain is produced. Without the intention of favouring the imagination or the passions as the principle of the formation of identity, neither with the intention of speculating about an exhaustive articulation between these two, we intend to consider by the three points of view (including that of sympathy) what would be the essential about personal identity: an order that is established by the disorder, and that is at all times threatened by that very disorder.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPimenta, Pedro Paulo GarridoGalvão Neto, Dario de Queiroz2018-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-30072018-134053/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-03T01:45:28Zoai:teses.usp.br:tde-30072018-134053Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-03T01:45:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Trata-se de explorar o tema da identidade pessoal no Tratado da natureza humana (1739-1740) de Hume, segundo três pontos de vista: a simpatia, a imaginação e as paixões. De início, mediante o estudo da relação entre as ideias de eu e de outro no princípio da simpatia, procuramos mostrar como esse princípio carrega em si um significado mais profundo do que a mera comunicação de paixões ou afetos usualmente privilegiada entre os intérpretes. Com efeito, se examinarmos a dependência entre o indivíduo e seu semelhante, encontramos no mecanismo simpático um conflito quanto à natureza da identidade pessoal: o eu é, ao mesmo tempo, a percepção mais forte que se pode ter no pensamento, e, sem a exterioridade, nas palavras de Hume, o eu é na realidade nada. A fim de esclarecer o conflito, propomos o seguinte: num primeiro momento, investiga-se a imaginação, em virtude da qual uma ficção do eu é engendrada no pensamento; num segundo, a sucessão de paixões, em que um eu de prazer e dor é produzido. Sem a intenção de privilegiar a imaginação ou as paixões como princípio de formação da identidade, ou mesmo de especular a respeito de uma articulação exaustiva entre elas, pretendemos apreender sob os três pontos de vista (incluindo a simpatia) o que haveria de essencial à identidade: uma ordem que se estabelece a partir da desordem, e que se encontra a todo momento por ela ameaçada. |
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