Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica no reservatório de Barra Bonita (SP): uma análise em diferentes escalas de tempo

• Autor(a) principal: Jati, Susicley
• Data de Publicação: 1998
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-21092022-164418/
• topic: dinâmica; dynamic; escala de tempo; estrutura; fitoplâncton; phytoplankton; reservatórios; reservoir; structure; time scales

A comunidade fitoplanctônica no reservatório de Barra Bonita, localizado no rio Tietê (SP), foi estudada próximo à barragem. As análises foram realizadas a partir de coletas a cada 48 horas, a várias profundidades, durante 15 dias no inverno (julho/93) e 15 dias no verão (janeiro/fevereiro/94). Foram realizadas amostragens mensais no período de julho/93 a junho/94, para estudar a influência da variabilidade ambiental sobre a estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica, em diferentes escalas de tempo. Foram analisadas variáveis climatológicas, limnológicas e biológicas. Nos três períodos de estudo no reservatório de Barra Bonita, foram inventariados 123 táxons distribuídos em 9 classes. O inverno foi caracterizado por maiores valores de radiação solar subaquática, maior tempo de residência, e ação do vento, refletindo maiores valores de densidade, abundância relativa, diversidade, riqueza específica e biovolume dos organismos. O verão apresentou menor disponibilidade de recursos e tempo de residência da água e maiores concentrações de material particulado suspenso. As análises mensais apresentaram variação sazonal para a maioria das variáveis ambientais e atributos da comunidade fitoplanctônica. As Cyanophyceae, representadas por Microcystis aeruginosa Kütz., foram consideradas dominantes em densidade nos três períodos de estudo, enquanto que Bacillariophyceae, representada por Aulacoseira granulata Sim., foi a espécie de maior biovolume no reservatório durante os três períodos de estudo. A análise multivariada evidenciou melhor a dinâmica ambiental durante as análises intensivas, acusando diluição das informações durante as análises mensais, sendo que para ambientes polimíticos e eutrofizados, o menor intervalo entre as amostragens pode fornecer informações importantes sobre as algas frente as alterações das principais funções de força, e as análises extensivas podem mostrar a tendência de mudança da comunidade.