Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valladares, Claudia Sayão
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-08012016-145152/
Resumo: Na folha Volta Redonda 1:50.000, afloram duas seqüências de características genéticas distintas, que compreendem no âmbito do segmento central da Faixa Ribeira, o Domínio Tectônico Paraíba do Sul (DTPS) ou Domínio Tectônico Superior: uma basal paleoproterozóica ortoderivada, composta por ortognaisses granodioríticos a graníticos, com enclaves de rochas máficas e de calciossilicáticas, denominada de Unidade Quirino; e outra metassedimentar, subdividida informalmente em Unidade Três Barras, formada por biotita-gnaisses com intercalações concordantes de lentes hololeucogranitos, e Unidade São João, constituída por metapelitos com lentes de rochas calciossilicáticas e mármores sacaroidais. As unidades metassedimentares compreendem o Grupo Paraíba do Sul. Intrudem a Unidade Quirino e o Grupo Paraíba do Sul duas suítes granitóides, geradas em épocas distintas em relação aos eventos metamórficos-deformacionais da orogênese Brasiliana: granitóides do Tipo S, que apresentam a foliação principal, e que são contemporâneos ao evento metamórfico principal de fácies anfibolito alto (M1), relacionado à deformação regional D1 + D2. Estes granitóides, denominados de granitóides do tipo Rio Turvo, não apresentam nenhum corpo significativo na área mapeada; e granitóides com posicionamento posterior ao evento metamórfico-deformacional principal, que são contemporâneos ao segundo pulso metamórfico, também de fácies anfibolito alto (M2), relacionado à deformação regional D3. Desta última suíte, na área em questão, ocorrem dois corpos significativos, designados de Getulândia e Fortaleza. A zona de cisalhamento Paraíba do Sul, uma megaestrutura relacionada à fase D3, subdivide o DTPS em dois subdomínios: um a NW (Domínio Paraíba Norte) e outro a SE (Domínio Paraíba Sul). A área mapeada insere-se neste último subdomínio. A Unidade Quirino, ocorre como extensos corpos de gnaisses homogêneos em fácies anfibolito alto, localmente migmatíticos, com hornblenda e/ou biotita, perfazendo ca. de 50% da área mapeada. Regionalmente integram por volta de 70% em superfície do Domínio Tectônico Paraíba do Sul na segmento central da Faixa Ribeira. A Unidade Quirino foi gerada a 2185\'+ OU -\'8 Ma e 2169\'+ OU -\'3 Ma (dados U-Pb em zircão), e está temporalmente relacionada à evolução do ciclo Transamazônico. Estas idades, definidas por interceptos superiores de análises de zircões, foram obtidas nos ortognaisses Quirino a aul e a norte da Zona de Cisalhamento do Rio Paraíba do Sul, respectivamente. As idades mínimas de 2846 Ma e 2981 Ma, obtidas em zircões dos gnaisses granodioríticos da Unidade Quirino, aflorantes ao norte da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, revelam a pré-existência de crosta arqueana como fonte de Pb para parte dos gnaisses investigados. As investigações geoquímicas realizadas nos ortognaisses Quirino, aflorantes ao sul da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, levaram ao reconhecimento de duas seqüências calcioalcalinas: uma de médio a alto-K (formada por gnaisses granodioríticos), e outra de alto-K, muito enriquecida em LILE (integrada por gnaisses graníticos). Estas duas seqüências podem ter sido geradas num mesmo evento colisional no Transamazônico. Os dados geoquímicos sugerem que seqüência calcioalcalina médio a alto-K representa os estágios iniciais da colisão, assemelhando-se a granitóides calcioalcalinos pré-colisionais. A seqüência calcioalcalina alto-K, poderia representar os estágios finais desta colisão, assemelhando-se a granitóides pós-colisionais, gerados sob crosta espessada. As linhas de discórdia definidas pelas análises de zircão dos ortognaisses da Unidade Quirino geraram interceptos inferiores de 605\'+ OU -\'3 Ma e 571\'+ OU -\'3 Ma. Titanitas escuras dos ortognaisses graníticos forneceram idade máxima de crescimento deste mineral a 577\'+ OU -\'1 Ma. Titanitas dos leucossomas de rocha metamáfica relacionada à Unidade Quirino revelam fusão parcial a 584\'+ OU -\'2 Ma. Estes dados indicam remobilização de rochas Unidade Quirino, durante a orogênese Brasiliana. Titanitas de rocha calciossilicática da Unidade São João forneceram idades \'ANTPOT. 207 Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\' mínimas de 590Ma, datando o metamorfismo no Grupo Paraíba do Sul. O metamorfismo M1 ocorreu entre 590-570 Ma, com pico metamórfico entre 577 e 584Ma. Dentro deste intervalo de tempo, a 570\'+ OU -\'2 Ma (dado U-Pb em monazita), ocorreu a intrusão do Granitóide sin-colisional Rio Turvo, inserido dentro do Domínio Tectônico Juiz de Fora ou Domínio Tectônico Central da Faixa Ribeira, subjacente ao DTPS. O conjunto destes dados caracteriza, no tempo, o metamorfismo M1 regional da orogênese Brasiliana, no segmento central da Faixa Ribeira. Idades mais antigas (650 \'+ OU -\'3Ma) obtidas pelo intercepto inferior de zircões dos gnaisses graníticos, e de 604 \'+ OU -\' 1 Ma, obtida em um cristal equidimensional da mesma amostra, podem refletir o início das atividades metamórficas relacionadas aos estágios iniciais de cavalgamento durante a orogênese Brasiliana. Na unidade metassedimentar São João, no Domínio Paraíba Norte, ocorre um corpo de dimensões batolíticas, o Granito Taquaral, que tem posicionamento entre os eventos metamórficos regionais M1 e M2. O conjunto das idades \'ANTPOT. 207\' Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\', obtidas em titanitas deste granito (553 Ma), em titanitas cor intermediária do gnaisse granítico da Unidade Quirino (563 Ma), e em titanitas do Granitóde Rio Turvo (551 Ma), indicam atividade metamórfica contínua entre os pulsos metamórficos principais ou, alternativamente rehomogeinização incompleta de titanitas mais antigas. Os dados U-Pb obtidos em monazita do Granito Getulândia (535\'+ OU -\'1 -528\'+ OU -\'1 Ma), somados as investigações geoquímicas realizadas neste corpo e no Granito Fortaleza, datam o plutonismo calcioalcalino a álcali-cálcico tardi a pós-tectônico em relação a orogênese Brasiliana no segmento Central da Faixa Ribeira. A recristalização de titanitas nos ortognaisses da Unidade Quirino há 535\'+ OU -\'2 Ma e nos seus leucossomas há 535\'+ OU -\'2 Ma e 530\'+ OU -\'2 Ma, respectivamente, e o crescimento de titanitas em lente leucossomática destes ortognaisses (521\'+ OU -\'2 Ma), foram relacionadas ao segundo pulso metamórfico M2. Este metamorfismo pode ter atingido, pelo menos localmente, ao sul da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, temperaturas de anatexia, já que as idades mínimas de formação de leucossomas nos gnaisses graníticos (530\'+ OU -\'2 Ma), são concomitantes com a intrusão do Granito Getulândia. A idade de 503\'+ OU -\'2 Ma em titanita do ortognaisse granítico é a mais nova obtida, refletindo a diminuição da atividade metamórfica, concordante com a idade \'ANTPOT. 207 Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\' em titanita do granito pós-tectônico Mangaratiba (492\'+ OU -\'11 Ma), no Complexo Costeiro. Estas idades foram relacionadas a estágios pós-metamórficos e pós-deformacionais no segmento central da Faixa Ribeira, durante a orogênese Brasiliana.
id USP_b94600093bf14a770b0c26d399904c3d
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-08012016-145152
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'Not available.GeocronologiaGeoquímicaNot available.Na folha Volta Redonda 1:50.000, afloram duas seqüências de características genéticas distintas, que compreendem no âmbito do segmento central da Faixa Ribeira, o Domínio Tectônico Paraíba do Sul (DTPS) ou Domínio Tectônico Superior: uma basal paleoproterozóica ortoderivada, composta por ortognaisses granodioríticos a graníticos, com enclaves de rochas máficas e de calciossilicáticas, denominada de Unidade Quirino; e outra metassedimentar, subdividida informalmente em Unidade Três Barras, formada por biotita-gnaisses com intercalações concordantes de lentes hololeucogranitos, e Unidade São João, constituída por metapelitos com lentes de rochas calciossilicáticas e mármores sacaroidais. As unidades metassedimentares compreendem o Grupo Paraíba do Sul. Intrudem a Unidade Quirino e o Grupo Paraíba do Sul duas suítes granitóides, geradas em épocas distintas em relação aos eventos metamórficos-deformacionais da orogênese Brasiliana: granitóides do Tipo S, que apresentam a foliação principal, e que são contemporâneos ao evento metamórfico principal de fácies anfibolito alto (M1), relacionado à deformação regional D1 + D2. Estes granitóides, denominados de granitóides do tipo Rio Turvo, não apresentam nenhum corpo significativo na área mapeada; e granitóides com posicionamento posterior ao evento metamórfico-deformacional principal, que são contemporâneos ao segundo pulso metamórfico, também de fácies anfibolito alto (M2), relacionado à deformação regional D3. Desta última suíte, na área em questão, ocorrem dois corpos significativos, designados de Getulândia e Fortaleza. A zona de cisalhamento Paraíba do Sul, uma megaestrutura relacionada à fase D3, subdivide o DTPS em dois subdomínios: um a NW (Domínio Paraíba Norte) e outro a SE (Domínio Paraíba Sul). A área mapeada insere-se neste último subdomínio. A Unidade Quirino, ocorre como extensos corpos de gnaisses homogêneos em fácies anfibolito alto, localmente migmatíticos, com hornblenda e/ou biotita, perfazendo ca. de 50% da área mapeada. Regionalmente integram por volta de 70% em superfície do Domínio Tectônico Paraíba do Sul na segmento central da Faixa Ribeira. A Unidade Quirino foi gerada a 2185\'+ OU -\'8 Ma e 2169\'+ OU -\'3 Ma (dados U-Pb em zircão), e está temporalmente relacionada à evolução do ciclo Transamazônico. Estas idades, definidas por interceptos superiores de análises de zircões, foram obtidas nos ortognaisses Quirino a aul e a norte da Zona de Cisalhamento do Rio Paraíba do Sul, respectivamente. As idades mínimas de 2846 Ma e 2981 Ma, obtidas em zircões dos gnaisses granodioríticos da Unidade Quirino, aflorantes ao norte da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, revelam a pré-existência de crosta arqueana como fonte de Pb para parte dos gnaisses investigados. As investigações geoquímicas realizadas nos ortognaisses Quirino, aflorantes ao sul da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, levaram ao reconhecimento de duas seqüências calcioalcalinas: uma de médio a alto-K (formada por gnaisses granodioríticos), e outra de alto-K, muito enriquecida em LILE (integrada por gnaisses graníticos). Estas duas seqüências podem ter sido geradas num mesmo evento colisional no Transamazônico. Os dados geoquímicos sugerem que seqüência calcioalcalina médio a alto-K representa os estágios iniciais da colisão, assemelhando-se a granitóides calcioalcalinos pré-colisionais. A seqüência calcioalcalina alto-K, poderia representar os estágios finais desta colisão, assemelhando-se a granitóides pós-colisionais, gerados sob crosta espessada. As linhas de discórdia definidas pelas análises de zircão dos ortognaisses da Unidade Quirino geraram interceptos inferiores de 605\'+ OU -\'3 Ma e 571\'+ OU -\'3 Ma. Titanitas escuras dos ortognaisses graníticos forneceram idade máxima de crescimento deste mineral a 577\'+ OU -\'1 Ma. Titanitas dos leucossomas de rocha metamáfica relacionada à Unidade Quirino revelam fusão parcial a 584\'+ OU -\'2 Ma. Estes dados indicam remobilização de rochas Unidade Quirino, durante a orogênese Brasiliana. Titanitas de rocha calciossilicática da Unidade São João forneceram idades \'ANTPOT. 207 Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\' mínimas de 590Ma, datando o metamorfismo no Grupo Paraíba do Sul. O metamorfismo M1 ocorreu entre 590-570 Ma, com pico metamórfico entre 577 e 584Ma. Dentro deste intervalo de tempo, a 570\'+ OU -\'2 Ma (dado U-Pb em monazita), ocorreu a intrusão do Granitóide sin-colisional Rio Turvo, inserido dentro do Domínio Tectônico Juiz de Fora ou Domínio Tectônico Central da Faixa Ribeira, subjacente ao DTPS. O conjunto destes dados caracteriza, no tempo, o metamorfismo M1 regional da orogênese Brasiliana, no segmento central da Faixa Ribeira. Idades mais antigas (650 \'+ OU -\'3Ma) obtidas pelo intercepto inferior de zircões dos gnaisses graníticos, e de 604 \'+ OU -\' 1 Ma, obtida em um cristal equidimensional da mesma amostra, podem refletir o início das atividades metamórficas relacionadas aos estágios iniciais de cavalgamento durante a orogênese Brasiliana. Na unidade metassedimentar São João, no Domínio Paraíba Norte, ocorre um corpo de dimensões batolíticas, o Granito Taquaral, que tem posicionamento entre os eventos metamórficos regionais M1 e M2. O conjunto das idades \'ANTPOT. 207\' Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\', obtidas em titanitas deste granito (553 Ma), em titanitas cor intermediária do gnaisse granítico da Unidade Quirino (563 Ma), e em titanitas do Granitóde Rio Turvo (551 Ma), indicam atividade metamórfica contínua entre os pulsos metamórficos principais ou, alternativamente rehomogeinização incompleta de titanitas mais antigas. Os dados U-Pb obtidos em monazita do Granito Getulândia (535\'+ OU -\'1 -528\'+ OU -\'1 Ma), somados as investigações geoquímicas realizadas neste corpo e no Granito Fortaleza, datam o plutonismo calcioalcalino a álcali-cálcico tardi a pós-tectônico em relação a orogênese Brasiliana no segmento Central da Faixa Ribeira. A recristalização de titanitas nos ortognaisses da Unidade Quirino há 535\'+ OU -\'2 Ma e nos seus leucossomas há 535\'+ OU -\'2 Ma e 530\'+ OU -\'2 Ma, respectivamente, e o crescimento de titanitas em lente leucossomática destes ortognaisses (521\'+ OU -\'2 Ma), foram relacionadas ao segundo pulso metamórfico M2. Este metamorfismo pode ter atingido, pelo menos localmente, ao sul da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, temperaturas de anatexia, já que as idades mínimas de formação de leucossomas nos gnaisses graníticos (530\'+ OU -\'2 Ma), são concomitantes com a intrusão do Granito Getulândia. A idade de 503\'+ OU -\'2 Ma em titanita do ortognaisse granítico é a mais nova obtida, refletindo a diminuição da atividade metamórfica, concordante com a idade \'ANTPOT. 207 Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\' em titanita do granito pós-tectônico Mangaratiba (492\'+ OU -\'11 Ma), no Complexo Costeiro. Estas idades foram relacionadas a estágios pós-metamórficos e pós-deformacionais no segmento central da Faixa Ribeira, durante a orogênese Brasiliana.The Volta Redonda 1:50,000 quadrangle (Rio de Janeiro State, southeast Brazil) displays two rock sequences comprising the Paraíba do Sul Tectonic Domain (PSTD) or Upper Tectonic Domain, at the central segment of the Ribeira belt: the basal Quirino Unit, a Paleoproterozoic orthoderived suite, comprising granodioritic to granitic gneisses, with mafic and calc-silicate enclaves; and the Paraíba do Sul group, which includes metasedimentary biotite gneisses with concordant intercalations of holo-leucogranites layers (Três Barras Unit) and metapelites containing calc-silicate and sacaroidal marble lenses (São João Unit). Two granitoid suites intrude the Quirino Unit and the Paraíba do Sul group, with distinct timing of generation, in relation to the deformational and metamorphic events of the Brasiliano orogeny: the Rio Turvo S-type foliated granitoids, contemporaneous with the main metamorphic event (M1) of upper amphibolite facies, related to the main regional deformation (D1+D2). studied area. The other granitoid suite, represented by two mapped bodies, Getulândia and Fortaleza, post-dates the main deformational and metamorphic event, and is coeval with the second metamorphic event (M2), also of upper amphibolite facies, and related to the D3 deformation phase. The Paraíba do Sul shear zone, a D3 related megastructure, divides the PSTD in two sub-domains: the Northern Paraíba and the Southern Paraíba, The studied area is located in the latter. The Quirino Unit occurs as extensive bodies of homogeneous gneisses of upper amphibolite facies metamorphism, locally migmatitic, with hornblende and/or biotite, comprising approximately 50% of the studied area and ca. 70% of the PSTD. This unit yelds U-Pb zircon ages of 2169\'+ OU -\'3 and 2185\'+ OU -\'8 Ma, temporally related to the Transamazonian event. These ages are defined by upper discordia intercepts and were obtained from Quirino orthogneisses from the Northern and Southern Paraíba sub-domains, respectively. Minimum ages of 2846 and 2981 Ma, obtained on zircons from the Quirino Unit granodioritic gneisses at the Northern Paraíba subdomain, reveal the pre-existence of Archean crust as Pb source of part of the investigated gneisses. Geochemical studies of Quirino orthogneisses at the Southern Paraíba sub-domain discriminate two calc-alkaline series: one of medium to high-K (granodioritic gneisses) and the other one of high-K, with enrichment in LILE (granitic gneisses). These two series may have been generated in the same Transamazonian collisional event. The geochemical data suggest that the medium to high-K series represents the pre-collisional calc-alkaline magmatism and the high-K calc-alkaline series represents the post-collisional magmatism, generated in thickened crust. The Quirino Unit orthogneisses yield lower intercepts in concordia diagrams at 605\'+ ou -\'3 and 571\'+ OU -\'3 Ma. Dark sphene grains from granitic orthogneisses yielded maximum growth ages of 577\'+ OU -\'1 Ma. Sphene from leucosomes in mafic rocks from the Quirino Unit indicate partial fusion at 584\'+ OU -\'2 Ma. These data indicate reworking of the Quirino Unit rocks during the Brasiliano orogeny. Sphene from São João Unit calc-silicate rocks yields a 207Pb/206Pb minimum age of 590 Ma for the metamorphism of the Paraíba do Sul group. The first metamorphic event (M1), related to the Brasiliano orogeny, occurred between 590 and 570 Ma, with metamorphic peak between 577 and 584 Ma. During this time interval, U- Pb dating of monazite indicates the age of 579\'+ OU -\'2 Ma for the intrusion of the sin-collisional Rio Turvo granite. This granite is located in the Central Tectonic Domain of the Ribeira belt, which underlies the PSTD. Older U-Pb zircon ages of 605\'+ OU -\'3 Ma, given by the lower intercept of granitic gneisses, and of 604\'+ OU -\'1 Ma, of an equidimensional crystal from the same sample, may reflect the onset of metamorphic activity related to the initial stages of Brasiliano thrust stacking. The Taquaral granite, a batholithic intrusive body in the São João Unit at the Northern Paraíba sub-domain, had its emplacement during the time interval between M1 and M2 metamorphic events. The 207Pb/206Pb ages on sphenes from this granite (553 Ma), from the Quirino Unit granitic gneiss (563 Ma) and from the Rio Turvo granite (551 Ma), indicate continuous metamorphic activity between the main metamorphic events or, altenately, incomplete rehomogenization of the older sphene. The calc-alkaline to alkali-calcic late to post-tectonic plutonism, related to the Brasiliano orogeny, is dated by the U-Pb monazite ages of 535\'+ OU -\'1 and 528\'+ OU -\'1 Ma, from the Getulândia granite, supported by petrogenetic studies of this body and of the Fortaleza granite. The age of the second metamorphic event (M2) is given by the ages of recrystallization of sphene from the Quirino Unit orthogneisses at 535\'+ OU -\'2 Ma; from the recrystallization ages of leucossomes at 530\'+ OU -\'2 Ma; and by sphene growth at the leucossomes at 530\'+ OU -\'2 Ma, which are coeval with the intrusion of the Getulândia granite. The youngest age of 503\'+ OU -\'2 Ma, obtained on sphene from the granitic orthogneiss, reflects decrease of metamorphic activity, which is concordant with the 207Pb/206Pb age of sphene from the post-tectonic Mangaratiba granite (492\'+ OU -\'11 Ma.), located in the Costeiro complex. These young ages are related to post-metamorphic and post-kinematic stage of the Brasiliano orogeny at the central segment of the Ribeira belt.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTeixeira, WilsonValladares, Claudia Sayão1996-08-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-08012016-145152/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:17Zoai:teses.usp.br:tde-08012016-145152Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
Not available.
title Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
spellingShingle Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
Valladares, Claudia Sayão
Geocronologia
Geoquímica
Not available.
title_short Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
title_full Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
title_fullStr Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
title_full_unstemmed Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
title_sort Evolução geológica do Complexo Paraíba do Sul, no segmento central da Faixa Ribeira, com base em estudos de geoquímica e geocronologia u-\'PB\'
author Valladares, Claudia Sayão
author_facet Valladares, Claudia Sayão
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Teixeira, Wilson
dc.contributor.author.fl_str_mv Valladares, Claudia Sayão
dc.subject.por.fl_str_mv Geocronologia
Geoquímica
Not available.
topic Geocronologia
Geoquímica
Not available.
description Na folha Volta Redonda 1:50.000, afloram duas seqüências de características genéticas distintas, que compreendem no âmbito do segmento central da Faixa Ribeira, o Domínio Tectônico Paraíba do Sul (DTPS) ou Domínio Tectônico Superior: uma basal paleoproterozóica ortoderivada, composta por ortognaisses granodioríticos a graníticos, com enclaves de rochas máficas e de calciossilicáticas, denominada de Unidade Quirino; e outra metassedimentar, subdividida informalmente em Unidade Três Barras, formada por biotita-gnaisses com intercalações concordantes de lentes hololeucogranitos, e Unidade São João, constituída por metapelitos com lentes de rochas calciossilicáticas e mármores sacaroidais. As unidades metassedimentares compreendem o Grupo Paraíba do Sul. Intrudem a Unidade Quirino e o Grupo Paraíba do Sul duas suítes granitóides, geradas em épocas distintas em relação aos eventos metamórficos-deformacionais da orogênese Brasiliana: granitóides do Tipo S, que apresentam a foliação principal, e que são contemporâneos ao evento metamórfico principal de fácies anfibolito alto (M1), relacionado à deformação regional D1 + D2. Estes granitóides, denominados de granitóides do tipo Rio Turvo, não apresentam nenhum corpo significativo na área mapeada; e granitóides com posicionamento posterior ao evento metamórfico-deformacional principal, que são contemporâneos ao segundo pulso metamórfico, também de fácies anfibolito alto (M2), relacionado à deformação regional D3. Desta última suíte, na área em questão, ocorrem dois corpos significativos, designados de Getulândia e Fortaleza. A zona de cisalhamento Paraíba do Sul, uma megaestrutura relacionada à fase D3, subdivide o DTPS em dois subdomínios: um a NW (Domínio Paraíba Norte) e outro a SE (Domínio Paraíba Sul). A área mapeada insere-se neste último subdomínio. A Unidade Quirino, ocorre como extensos corpos de gnaisses homogêneos em fácies anfibolito alto, localmente migmatíticos, com hornblenda e/ou biotita, perfazendo ca. de 50% da área mapeada. Regionalmente integram por volta de 70% em superfície do Domínio Tectônico Paraíba do Sul na segmento central da Faixa Ribeira. A Unidade Quirino foi gerada a 2185\'+ OU -\'8 Ma e 2169\'+ OU -\'3 Ma (dados U-Pb em zircão), e está temporalmente relacionada à evolução do ciclo Transamazônico. Estas idades, definidas por interceptos superiores de análises de zircões, foram obtidas nos ortognaisses Quirino a aul e a norte da Zona de Cisalhamento do Rio Paraíba do Sul, respectivamente. As idades mínimas de 2846 Ma e 2981 Ma, obtidas em zircões dos gnaisses granodioríticos da Unidade Quirino, aflorantes ao norte da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, revelam a pré-existência de crosta arqueana como fonte de Pb para parte dos gnaisses investigados. As investigações geoquímicas realizadas nos ortognaisses Quirino, aflorantes ao sul da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, levaram ao reconhecimento de duas seqüências calcioalcalinas: uma de médio a alto-K (formada por gnaisses granodioríticos), e outra de alto-K, muito enriquecida em LILE (integrada por gnaisses graníticos). Estas duas seqüências podem ter sido geradas num mesmo evento colisional no Transamazônico. Os dados geoquímicos sugerem que seqüência calcioalcalina médio a alto-K representa os estágios iniciais da colisão, assemelhando-se a granitóides calcioalcalinos pré-colisionais. A seqüência calcioalcalina alto-K, poderia representar os estágios finais desta colisão, assemelhando-se a granitóides pós-colisionais, gerados sob crosta espessada. As linhas de discórdia definidas pelas análises de zircão dos ortognaisses da Unidade Quirino geraram interceptos inferiores de 605\'+ OU -\'3 Ma e 571\'+ OU -\'3 Ma. Titanitas escuras dos ortognaisses graníticos forneceram idade máxima de crescimento deste mineral a 577\'+ OU -\'1 Ma. Titanitas dos leucossomas de rocha metamáfica relacionada à Unidade Quirino revelam fusão parcial a 584\'+ OU -\'2 Ma. Estes dados indicam remobilização de rochas Unidade Quirino, durante a orogênese Brasiliana. Titanitas de rocha calciossilicática da Unidade São João forneceram idades \'ANTPOT. 207 Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\' mínimas de 590Ma, datando o metamorfismo no Grupo Paraíba do Sul. O metamorfismo M1 ocorreu entre 590-570 Ma, com pico metamórfico entre 577 e 584Ma. Dentro deste intervalo de tempo, a 570\'+ OU -\'2 Ma (dado U-Pb em monazita), ocorreu a intrusão do Granitóide sin-colisional Rio Turvo, inserido dentro do Domínio Tectônico Juiz de Fora ou Domínio Tectônico Central da Faixa Ribeira, subjacente ao DTPS. O conjunto destes dados caracteriza, no tempo, o metamorfismo M1 regional da orogênese Brasiliana, no segmento central da Faixa Ribeira. Idades mais antigas (650 \'+ OU -\'3Ma) obtidas pelo intercepto inferior de zircões dos gnaisses graníticos, e de 604 \'+ OU -\' 1 Ma, obtida em um cristal equidimensional da mesma amostra, podem refletir o início das atividades metamórficas relacionadas aos estágios iniciais de cavalgamento durante a orogênese Brasiliana. Na unidade metassedimentar São João, no Domínio Paraíba Norte, ocorre um corpo de dimensões batolíticas, o Granito Taquaral, que tem posicionamento entre os eventos metamórficos regionais M1 e M2. O conjunto das idades \'ANTPOT. 207\' Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\', obtidas em titanitas deste granito (553 Ma), em titanitas cor intermediária do gnaisse granítico da Unidade Quirino (563 Ma), e em titanitas do Granitóde Rio Turvo (551 Ma), indicam atividade metamórfica contínua entre os pulsos metamórficos principais ou, alternativamente rehomogeinização incompleta de titanitas mais antigas. Os dados U-Pb obtidos em monazita do Granito Getulândia (535\'+ OU -\'1 -528\'+ OU -\'1 Ma), somados as investigações geoquímicas realizadas neste corpo e no Granito Fortaleza, datam o plutonismo calcioalcalino a álcali-cálcico tardi a pós-tectônico em relação a orogênese Brasiliana no segmento Central da Faixa Ribeira. A recristalização de titanitas nos ortognaisses da Unidade Quirino há 535\'+ OU -\'2 Ma e nos seus leucossomas há 535\'+ OU -\'2 Ma e 530\'+ OU -\'2 Ma, respectivamente, e o crescimento de titanitas em lente leucossomática destes ortognaisses (521\'+ OU -\'2 Ma), foram relacionadas ao segundo pulso metamórfico M2. Este metamorfismo pode ter atingido, pelo menos localmente, ao sul da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, temperaturas de anatexia, já que as idades mínimas de formação de leucossomas nos gnaisses graníticos (530\'+ OU -\'2 Ma), são concomitantes com a intrusão do Granito Getulândia. A idade de 503\'+ OU -\'2 Ma em titanita do ortognaisse granítico é a mais nova obtida, refletindo a diminuição da atividade metamórfica, concordante com a idade \'ANTPOT. 207 Pb\'/\'ANTPOT. 206 Pb\' em titanita do granito pós-tectônico Mangaratiba (492\'+ OU -\'11 Ma), no Complexo Costeiro. Estas idades foram relacionadas a estágios pós-metamórficos e pós-deformacionais no segmento central da Faixa Ribeira, durante a orogênese Brasiliana.
publishDate 1996
dc.date.none.fl_str_mv 1996-08-19
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-08012016-145152/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-08012016-145152/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256789619310592