Ponto de colheita, efeito do 1-metilciclopropeno, etileno e do armazenamento refrigerado em ameixa \'Gulfblaze\'
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-01082016-160735/ |
Resumo: | A ameixeira Gulfblaze, também conhecida como FLA 87-7, é uma cultivar de ameixa japonesa que se destaca pelo tamanho do fruto, precocidade de produção e resistência a escaldadura das folhas, doença que tem sido entrava a produção de ameixas no Brasil. Essa cultivar foi incorporada ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do IAC por volta das décadas de 60 e 70, mas ainda há poucos trabalhos no tocante a informações sobre sua a fisiologia, conservação e armazenamento pós-colheita. As ameixas apresentam, geralmente, um curto período pós-colheita, sendo necessárias tecnologias para aumentar seu tempo de armazenamento e a manutenção da qualidade, as quais visam, sobretudo, a minimização dos efeitos deletérios causados pelo etileno, desde a maturação até o momento da chegada ao consumidor. Para sugerir melhorias no manejo e conservação da qualidade pós-colheita e promover maior longevidade da ameixa \"Gulfblaze\", alguns experimentos foram realizados. Desses experimentos, surgiram três trabalhos. O primeiro trabalho investigou o ponto de colheita ideal baseado no estado de maturação. No segundo, foi investigado o uso da refrigeração associado ao 1-MCP para prolongar o tempo de armazenamento. E no terceiro, foi testada a hipótese de que a aplicação do etileno poderia reiniciar o processo regular de amadurecimento de frutos refrigerados, interrompido pelo 1-MCP, e uniformizar o amadurecimento. A ameixa \"Gulfblaze\" apresenta padrão climatérico de amadurecimento, e quando colhida com casca apresentando 50 a 75% da coloração característica da cultivar apresentam maturação regular e maior potencial para comercialização e consumo, com longevidade comercial de 10 dias em temperatura ambiente (25°C). Sob essas condições, a firmeza dos frutos no momento da colheita é adequada ao transporte e são visualizados melhores resultados para os índices de qualidade, tais como sólidos solúveis e relação sólidos solúveis/acidez titulável, ao longo do período de armazenamento. A aplicação de 1-MCP retarda o pico climatérico em ameixa \"Gulfblaze\". Aplicação de 450 nL L-1 de 1-MCP seguido do armazenamento a 1°C mantém a qualidade desses frutos durante 36 dias de armazenamento refrigerado, proporcionando firmeza, cor e sabor adequados a comercialização e consumo mesmo após seis dias de armazenamento a 25°C. A aplicação de etileno em ameixa \"Gulfblaze\" tratada com 1-MCP não provocou aumento na atividade respiratória e na produção de etileno, tampouco antecipou o climatérico. Embora a perda de massa e a acidez titulável nos frutos tratados com 1-MCP e etileno tenha sido maior que nos demais tratamentos, essa combinação permitiu a manutenção da coloração da casca mais próxima daquela observada na colheita e proporcionou maiores valores para o teor de sólidos solúveis e atividade antioxidante. A aplicação de 1-MCP e etileno aos 18 dias proporcionou maior conteúdo de antocianina na casca e maior teor de vitamina C na polpa. A aplicação do 1-MCP inibiu o surgimento de injúrias por frio, mesmo em frutos tratados com etileno. |
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Ponto de colheita, efeito do 1-metilciclopropeno, etileno e do armazenamento refrigerado em ameixa \'Gulfblaze\'Harvest time and effect of 1-methylcyclopropene, ethylene and cold storage in \'Gulfblaze\' plum1-MCP1-MCPPrunus salicinaPrunus salicinaChilling injuryConservaçãoInjúria por frioMaturaçãoPostharvest qualityQualidade pós-colheitaRipeningStorageA ameixeira Gulfblaze, também conhecida como FLA 87-7, é uma cultivar de ameixa japonesa que se destaca pelo tamanho do fruto, precocidade de produção e resistência a escaldadura das folhas, doença que tem sido entrava a produção de ameixas no Brasil. Essa cultivar foi incorporada ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do IAC por volta das décadas de 60 e 70, mas ainda há poucos trabalhos no tocante a informações sobre sua a fisiologia, conservação e armazenamento pós-colheita. As ameixas apresentam, geralmente, um curto período pós-colheita, sendo necessárias tecnologias para aumentar seu tempo de armazenamento e a manutenção da qualidade, as quais visam, sobretudo, a minimização dos efeitos deletérios causados pelo etileno, desde a maturação até o momento da chegada ao consumidor. Para sugerir melhorias no manejo e conservação da qualidade pós-colheita e promover maior longevidade da ameixa \"Gulfblaze\", alguns experimentos foram realizados. Desses experimentos, surgiram três trabalhos. O primeiro trabalho investigou o ponto de colheita ideal baseado no estado de maturação. No segundo, foi investigado o uso da refrigeração associado ao 1-MCP para prolongar o tempo de armazenamento. E no terceiro, foi testada a hipótese de que a aplicação do etileno poderia reiniciar o processo regular de amadurecimento de frutos refrigerados, interrompido pelo 1-MCP, e uniformizar o amadurecimento. A ameixa \"Gulfblaze\" apresenta padrão climatérico de amadurecimento, e quando colhida com casca apresentando 50 a 75% da coloração característica da cultivar apresentam maturação regular e maior potencial para comercialização e consumo, com longevidade comercial de 10 dias em temperatura ambiente (25°C). Sob essas condições, a firmeza dos frutos no momento da colheita é adequada ao transporte e são visualizados melhores resultados para os índices de qualidade, tais como sólidos solúveis e relação sólidos solúveis/acidez titulável, ao longo do período de armazenamento. A aplicação de 1-MCP retarda o pico climatérico em ameixa \"Gulfblaze\". Aplicação de 450 nL L-1 de 1-MCP seguido do armazenamento a 1°C mantém a qualidade desses frutos durante 36 dias de armazenamento refrigerado, proporcionando firmeza, cor e sabor adequados a comercialização e consumo mesmo após seis dias de armazenamento a 25°C. A aplicação de etileno em ameixa \"Gulfblaze\" tratada com 1-MCP não provocou aumento na atividade respiratória e na produção de etileno, tampouco antecipou o climatérico. Embora a perda de massa e a acidez titulável nos frutos tratados com 1-MCP e etileno tenha sido maior que nos demais tratamentos, essa combinação permitiu a manutenção da coloração da casca mais próxima daquela observada na colheita e proporcionou maiores valores para o teor de sólidos solúveis e atividade antioxidante. A aplicação de 1-MCP e etileno aos 18 dias proporcionou maior conteúdo de antocianina na casca e maior teor de vitamina C na polpa. A aplicação do 1-MCP inibiu o surgimento de injúrias por frio, mesmo em frutos tratados com etileno.The Gulfblaze plum, also known as FLA 87-7, is a Japanese plum cultivar that stands out for fruit size, earliness and resistance to the leaf scald disease, which has been hindering the production of plums in Brazil. This cultivar was incorporated into the Active Germplasm Bank of IAC around the \'60s and \'70s, but there are few papers related to information about their physiology, conservation and post-harvest storage. Plums have a short post-harvest period, and further technology is necessary to increase their shelf life and maintain quality, primarily by minimizing the deleterious effects of ethylene from ripening until the time of arrival to the consumer. In order to suggest improvements in the management and conservation of postharvest quality and promote longevity plum \'Gulfblaze\', some experiments were carried out. Three studies resulted from these experiments: The first study investigated the point of ideal harvest based on ripeness, the second one investigated refrigeration associated with 1-MCP to extend the storage time, and the third paper tested the hypothesis that the application of ethylene could restart the regular process of maturation of chilled fruit, interrupted by 1-MCP, and uniform ripening. \'Gulfblaze\' plums exhibit a climacteric ripening pattern, and when harvested within 50-75% of a cultivar\'s characteristic color, they have regular maturation with an brand longevity of 10 days at room temperature (25°C). In that condition, the fruit has greater potential for marketing and consumption, with a proper firmness transport at harvest and better results for the quality indexes such as soluble solids and soluble solids / titratable acidity during the storage period. The application of 1-MCP slows the climacteric peak in \'Gulfblaze\' plums. Application 450 nL L-1 1-MCP followed by storage at 1°C maintains the quality of the fruit during 36 days of cold storage, providing firmness, color and flavor suitable for marketing and consumption even after six days of storage at 25°C. The application of ethylene in \'Gulfblaze\' plums treated with 1-MCP did not cause an increase in respiratory activity and ethylene production, nor did it anticipate the climacteric. Although weight loss and titratable acidity in fruit treated with 1-MCP and ethylene was higher than other treatments, this combination allowed the maintenance of the peel color closer to that observed at harvest, and it gave higher values for the solids and soluble antioxidant activity. The application of 1-MCP and ethylene in the 18th day showed higher content of anthocyanin in the skin and higher content of vitamin C in the pulp. The application of 1-MCP inhibited the incidence of chilling injuries, even in ethylene treated fruit.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKluge, Ricardo AlfredoPessoa, Cleucione de Oliveira2016-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-01082016-160735/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:48Zoai:teses.usp.br:tde-01082016-160735Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A ameixeira Gulfblaze, também conhecida como FLA 87-7, é uma cultivar de ameixa japonesa que se destaca pelo tamanho do fruto, precocidade de produção e resistência a escaldadura das folhas, doença que tem sido entrava a produção de ameixas no Brasil. Essa cultivar foi incorporada ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do IAC por volta das décadas de 60 e 70, mas ainda há poucos trabalhos no tocante a informações sobre sua a fisiologia, conservação e armazenamento pós-colheita. As ameixas apresentam, geralmente, um curto período pós-colheita, sendo necessárias tecnologias para aumentar seu tempo de armazenamento e a manutenção da qualidade, as quais visam, sobretudo, a minimização dos efeitos deletérios causados pelo etileno, desde a maturação até o momento da chegada ao consumidor. Para sugerir melhorias no manejo e conservação da qualidade pós-colheita e promover maior longevidade da ameixa \"Gulfblaze\", alguns experimentos foram realizados. Desses experimentos, surgiram três trabalhos. O primeiro trabalho investigou o ponto de colheita ideal baseado no estado de maturação. No segundo, foi investigado o uso da refrigeração associado ao 1-MCP para prolongar o tempo de armazenamento. E no terceiro, foi testada a hipótese de que a aplicação do etileno poderia reiniciar o processo regular de amadurecimento de frutos refrigerados, interrompido pelo 1-MCP, e uniformizar o amadurecimento. A ameixa \"Gulfblaze\" apresenta padrão climatérico de amadurecimento, e quando colhida com casca apresentando 50 a 75% da coloração característica da cultivar apresentam maturação regular e maior potencial para comercialização e consumo, com longevidade comercial de 10 dias em temperatura ambiente (25°C). Sob essas condições, a firmeza dos frutos no momento da colheita é adequada ao transporte e são visualizados melhores resultados para os índices de qualidade, tais como sólidos solúveis e relação sólidos solúveis/acidez titulável, ao longo do período de armazenamento. A aplicação de 1-MCP retarda o pico climatérico em ameixa \"Gulfblaze\". Aplicação de 450 nL L-1 de 1-MCP seguido do armazenamento a 1°C mantém a qualidade desses frutos durante 36 dias de armazenamento refrigerado, proporcionando firmeza, cor e sabor adequados a comercialização e consumo mesmo após seis dias de armazenamento a 25°C. A aplicação de etileno em ameixa \"Gulfblaze\" tratada com 1-MCP não provocou aumento na atividade respiratória e na produção de etileno, tampouco antecipou o climatérico. Embora a perda de massa e a acidez titulável nos frutos tratados com 1-MCP e etileno tenha sido maior que nos demais tratamentos, essa combinação permitiu a manutenção da coloração da casca mais próxima daquela observada na colheita e proporcionou maiores valores para o teor de sólidos solúveis e atividade antioxidante. A aplicação de 1-MCP e etileno aos 18 dias proporcionou maior conteúdo de antocianina na casca e maior teor de vitamina C na polpa. A aplicação do 1-MCP inibiu o surgimento de injúrias por frio, mesmo em frutos tratados com etileno. |
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