Dramatização espontânea e psicologia analítica de Jung: consideração da sombra em um grupo de psico-sociodrama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quilici, Marcia Alves Iorio
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-11082009-080205/
Resumo: Esta dissertação estuda, a partir do referencial da psicologia analítica de Jung, um grupo vivencial que utiliza a dramatização espontânea como recurso expressivo. Procura investigar se este instrumento é um facilitador para a exploração da sombra em grupos. Parte da hipótese que, ao dramatizarmos espontaneamente, a sombra tem a possibilidade de adquirir expressão, aproximarse e ser reconhecida pela consciência. Este diálogo entre a esfera consciente e inconsciente estimulado pelo drama improvisado e compartilhado pelo grupo pode permitir a emergência, o desenvolvimento e a estruturação de uma consciência que funcione em alteridade, pois há uma abertura para o reconhecimento daquilo que é diverso em si e no outro, com uma atitude de inclusão deste aspecto. Como método de investigação, há a pesquisa de um ato psicosociodramático no Centro Cultural São Paulo que utiliza a ação dramática espontânea para o desenvolvimento de grupos. É feito o relato de uma vivência e entrevistas com quatro participantes e a diretora dessa atividade procurando identificar, na vivência e nas respostas dos entrevistados, os momentos nos quais a sombra se expressou e quais foram as atitudes então tomadas pela consciência diante desta situação. A fundamentação se dá principalmente através dos conceitos de sombra, persona, complexo, self (grupal) e abordagem simbólica. Apoiada neles os atos de psico-sociodrama são apresentados como rituais criativos importantes para o desenvolvimento da personalidade, ao possibilitarem uma abertura da existência para a realização do self e permitirem que diferentes singularidades coexistam e não se excluam mutuamente, o que faz com que se tornem caminhos possíveis para a estruturação e exploração de uma consciência de alteridade.
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