Teleprogramação dos sistemas de implante coclear
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-04082015-110819/ |
Resumo: | Objetivos: Verificar a efetividade da teleprogramação em pacientes usuários de IC comparando os resultados audiológicos do IC e os parâmetros da programação nas condições remota e presencial; verificar a qualidade de transmissão remota e o grau de compreensão das orientações dadas pelo fonoaudiólogo remotamente. Casuística e método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, tipo cross over, no qual a intervenção remota (à distância) foi comparada à presencial. O desfecho do estudo foi a realização da audiometria em campo livre, testes de percepção de fala, além de questionário e escala VAS para análise da satisfação com o atendimento. Os critérios de seleção foram: idade entre 18 e 59 anos, de ambos os gêneros; usuários de IC da marca Cochlear®, unidade interna Nucleus 24® ou Freedom®, com processador de fala Freedom SP®, e tempo de experiência com implante coclear mínima de 12 meses. Os critérios de exclusão foram: dificuldade de compreensão no questionário realizado no início do estudo e deficiência visual que impossibilite a realização da leitura orofacial. Os participantes realizaram duas sessões de programação no mesmo dia: uma presencial - programação presencial (PP) e outra a distância - programação remota (PR). Os mesmos fonoaudiólogos realizaram as duas sessões de programação e a ordem de realização das programações foi randomizada. Foram comparados os níveis mínimos (níveis T) e níveis máximos de estimulação (níveis C) de cinco eletrodos (1, 6, 11, 16, 22). Foram aplicados testes de percepção de fala (frases closed-set, open-set sem ruído e com relação S/R 0 e 10dB, e monossílabos - todos com gravação a 65dB), audiometria em campo livre nas frequências de 250 a 8000Hz, questionário e escala visual analógica (VAS) para satisfação com o atendimento após as programações. Os resultados da audiometria, testes, questionários e do VAS também foram comparados. Resultados: Participaram 20 usuários de IC, com tempo médio de uso do dispositivo de 43 meses. Na comparação entre os níveis T obtidos na PR e PP, houve diferença estatisticamente significante nos eletrodos 22 e 16 (p<0,05), indicando que os níveis foram mais altos na PR. Na comparação entre níveis C, houve diferença estatisticamente significante nos eletrodos 11 e 6 (p < 0,05), indicando que os níveis foram mais altos na PP. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os testes de percepção de fala e os limiares auditivos obtidos com os mapas da PR e PP (p > 0,05). A escala VAS mostrou diferença estatisticamente significante, sendo o maior valor atribuído à PP (p=0,018). No questionário aplicado, houve diferença estatisticamente significante nas questões referentes à qualidade e comunicação no atendimento, mostrando que a PP apresentou menor dificuldade de compreensão e comunicação. Conclusão: A teleprogramação é viável e eficaz quando comparada à programação presencial. Embora tenham sido encontradas diferenças nos níveis de estimulação entre as programações realizadas de forma remota e presencial, não houve diferença nos resultados dos testes de percepção de fala e audiometria realizadas nos dois procedimentos. A programação presencial possibilitou maior facilidade de comunicação e satisfação em relação ao atendimento, quando comparada à programação realizada de forma remota |
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Teleprogramação dos sistemas de implante coclearTeleprogramming of cochlear implant systemsAudiometriaCochlear implantationDeafnessImplante coclearPercepção da falaSpeech perception, AudiometrySurdezTelemedicinaTelemedicineObjetivos: Verificar a efetividade da teleprogramação em pacientes usuários de IC comparando os resultados audiológicos do IC e os parâmetros da programação nas condições remota e presencial; verificar a qualidade de transmissão remota e o grau de compreensão das orientações dadas pelo fonoaudiólogo remotamente. Casuística e método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, tipo cross over, no qual a intervenção remota (à distância) foi comparada à presencial. O desfecho do estudo foi a realização da audiometria em campo livre, testes de percepção de fala, além de questionário e escala VAS para análise da satisfação com o atendimento. Os critérios de seleção foram: idade entre 18 e 59 anos, de ambos os gêneros; usuários de IC da marca Cochlear®, unidade interna Nucleus 24® ou Freedom®, com processador de fala Freedom SP®, e tempo de experiência com implante coclear mínima de 12 meses. Os critérios de exclusão foram: dificuldade de compreensão no questionário realizado no início do estudo e deficiência visual que impossibilite a realização da leitura orofacial. Os participantes realizaram duas sessões de programação no mesmo dia: uma presencial - programação presencial (PP) e outra a distância - programação remota (PR). Os mesmos fonoaudiólogos realizaram as duas sessões de programação e a ordem de realização das programações foi randomizada. Foram comparados os níveis mínimos (níveis T) e níveis máximos de estimulação (níveis C) de cinco eletrodos (1, 6, 11, 16, 22). Foram aplicados testes de percepção de fala (frases closed-set, open-set sem ruído e com relação S/R 0 e 10dB, e monossílabos - todos com gravação a 65dB), audiometria em campo livre nas frequências de 250 a 8000Hz, questionário e escala visual analógica (VAS) para satisfação com o atendimento após as programações. Os resultados da audiometria, testes, questionários e do VAS também foram comparados. Resultados: Participaram 20 usuários de IC, com tempo médio de uso do dispositivo de 43 meses. Na comparação entre os níveis T obtidos na PR e PP, houve diferença estatisticamente significante nos eletrodos 22 e 16 (p<0,05), indicando que os níveis foram mais altos na PR. Na comparação entre níveis C, houve diferença estatisticamente significante nos eletrodos 11 e 6 (p < 0,05), indicando que os níveis foram mais altos na PP. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os testes de percepção de fala e os limiares auditivos obtidos com os mapas da PR e PP (p > 0,05). A escala VAS mostrou diferença estatisticamente significante, sendo o maior valor atribuído à PP (p=0,018). No questionário aplicado, houve diferença estatisticamente significante nas questões referentes à qualidade e comunicação no atendimento, mostrando que a PP apresentou menor dificuldade de compreensão e comunicação. Conclusão: A teleprogramação é viável e eficaz quando comparada à programação presencial. Embora tenham sido encontradas diferenças nos níveis de estimulação entre as programações realizadas de forma remota e presencial, não houve diferença nos resultados dos testes de percepção de fala e audiometria realizadas nos dois procedimentos. A programação presencial possibilitou maior facilidade de comunicação e satisfação em relação ao atendimento, quando comparada à programação realizada de forma remotaObjectives: To verify the effectiveness of teleprogramming in CI users comparing the audiological results of the IC and the programming parameters in remote and live conditions; to verify the quality of remote transmission and the understanding of the guidance given by the audiologists remotely. Patients and methods: We conducted a randomized controlled trial, with crossover, in which the remote intervention (distance) was compared to the live intervention. The end point was the realization of the free field audiometry, speech perception tests, and questionnaire and VAS scale for analysis of satisfaction with the sections. The selection criteria were: age between 18 and 59 years, of both genders; CI users of Cochlear® device, internal unit Nucleus® 24 or Freedom® with speech processor Freedom® SP, and experience with CI of at least 12 months. Exclusion criteria were: difficulty in understanding the questionnaire completed at baseline and visual disability which makes impossible the realization of lip reading. Participants performed two programming sessions on the same day: a live programming (LP) and a remote programming (RP). The same audiologists conducted the two programming sessions and the order of realization of the sessions was randomized. The minimum (T) and maximum (C) stimulation levels of five electrodes (1, 6, 11, 16, 22) were established. Tests were applied for speech perception using 65dBSNR (closed-set sentences, open-set without noise and speech-in-noise with signal-to noise 0dB and 10db, and monosyllables). The patients were also submitted to free field audiometry from 250 to 8000Hz frequencies, visual analog scale (VAS) and questionnaire after the fittings sections. The results were compared using the Wilcoxon Test. Results: The study included a total of 20 CI users, with average time of use of 43 months. Statistically significant difference was found in the T levels for the electrodes 22 and 16 (p < 0.05), which indicates that levels were higher in RP. Statistically significant difference was found in the C levels for the electrodes 11 and 6 (p < 0.05), which indicates that levels were higher in LP. There were no statistically significant differences between the speech perception tests and thresholds obtained with maps of LP and RP (p > 0.05). The VAS scale showed a statistically significant difference, with the highest scores to LP (p = 0.018). In the questionnaire, there was a statistically significant difference in the questions about quality and communication during the sessions, showing that LP allowed less difficulty of understanding and communication. Conclusion: Teleprogramming is feasible and effective when compared to live programming. Although there were some differences in stimulation levels between the remote and live programming sessions, there was no difference in the results of thresholds in audiometry and speech perception tests performed in the two procedures. The live programming allowed better communication and satisfaction when compared to remote programmingBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrito Neto, Rubens Vuono deSamuel, Paola Angelica2015-04-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-04082015-110819/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-04082015-110819Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivos: Verificar a efetividade da teleprogramação em pacientes usuários de IC comparando os resultados audiológicos do IC e os parâmetros da programação nas condições remota e presencial; verificar a qualidade de transmissão remota e o grau de compreensão das orientações dadas pelo fonoaudiólogo remotamente. Casuística e método: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, tipo cross over, no qual a intervenção remota (à distância) foi comparada à presencial. O desfecho do estudo foi a realização da audiometria em campo livre, testes de percepção de fala, além de questionário e escala VAS para análise da satisfação com o atendimento. Os critérios de seleção foram: idade entre 18 e 59 anos, de ambos os gêneros; usuários de IC da marca Cochlear®, unidade interna Nucleus 24® ou Freedom®, com processador de fala Freedom SP®, e tempo de experiência com implante coclear mínima de 12 meses. Os critérios de exclusão foram: dificuldade de compreensão no questionário realizado no início do estudo e deficiência visual que impossibilite a realização da leitura orofacial. Os participantes realizaram duas sessões de programação no mesmo dia: uma presencial - programação presencial (PP) e outra a distância - programação remota (PR). Os mesmos fonoaudiólogos realizaram as duas sessões de programação e a ordem de realização das programações foi randomizada. Foram comparados os níveis mínimos (níveis T) e níveis máximos de estimulação (níveis C) de cinco eletrodos (1, 6, 11, 16, 22). Foram aplicados testes de percepção de fala (frases closed-set, open-set sem ruído e com relação S/R 0 e 10dB, e monossílabos - todos com gravação a 65dB), audiometria em campo livre nas frequências de 250 a 8000Hz, questionário e escala visual analógica (VAS) para satisfação com o atendimento após as programações. Os resultados da audiometria, testes, questionários e do VAS também foram comparados. Resultados: Participaram 20 usuários de IC, com tempo médio de uso do dispositivo de 43 meses. Na comparação entre os níveis T obtidos na PR e PP, houve diferença estatisticamente significante nos eletrodos 22 e 16 (p<0,05), indicando que os níveis foram mais altos na PR. Na comparação entre níveis C, houve diferença estatisticamente significante nos eletrodos 11 e 6 (p < 0,05), indicando que os níveis foram mais altos na PP. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os testes de percepção de fala e os limiares auditivos obtidos com os mapas da PR e PP (p > 0,05). A escala VAS mostrou diferença estatisticamente significante, sendo o maior valor atribuído à PP (p=0,018). No questionário aplicado, houve diferença estatisticamente significante nas questões referentes à qualidade e comunicação no atendimento, mostrando que a PP apresentou menor dificuldade de compreensão e comunicação. Conclusão: A teleprogramação é viável e eficaz quando comparada à programação presencial. Embora tenham sido encontradas diferenças nos níveis de estimulação entre as programações realizadas de forma remota e presencial, não houve diferença nos resultados dos testes de percepção de fala e audiometria realizadas nos dois procedimentos. A programação presencial possibilitou maior facilidade de comunicação e satisfação em relação ao atendimento, quando comparada à programação realizada de forma remota |
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