Influência da película adquirida e do momento da aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 na progressão da lesão de erosão em esmalte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-07012020-191410/ |
Resumo: | Considerando que a capacidade protetora da película salivar adquirida em erosão dental pode ser influenciada por diversos fatores, e que a característica da película adquirida pode modificar a deposição de sais na superfície do esmalte dental, é importante avaliar se sua presença é capaz de influenciar a eficácia da solução de AmF/NaF/SnCl2 no controle da erosão dental. A primeira etapa do estudo, in vitro, teve como objetivo obter um protocolo simplificado de formação da lesão erosiva em esmalte dental humano, variando a concentração do ácido, frequência e duração das imersões erosivas. Para tanto, 64 amostras de esmalte dental humano foram divididas em 8 grupos experimentais (n=8), de acordo com a ciclagem proposta: G1 - ácido cítrico 0,5%, 3x/dia, 2 min; G2 - ácido cítrico 0,5%, 6x/dia, 2 min; G3 - ácido cítrico 0,5%, 3x/dia, 5 min; G4 - ácido cítrico 0,5%, 6x/dia, 5 min; G5 - ácido cítrico 1%, 3x/dia, 2 min; G6 - ácido cítrico 1%, 6x/dia, 2 min; G7 - ácido cítrico 1%, 3x/dia, 5 min; G8 - ácido cítrico 1%, 6x/dia, 5 min. A variável de resposta foi a perda de tecido mineral (em ?m) por meio de perfilometria óptica. Anova 1-fator mostrou que houve diferença estatística entre os grupos, (p?0,01) e Tukey mostrou que apenas G2 e G3 foram semelhantes e todos os demais grupos diferiram entre si. Sendo assim, foi escolhida para a etapa in situ a ciclagem considerada mais simples, semelhante ao G7, mas que mantivesse o padrão de lesão erosiva avançada. A segunda etapa do estudo, in situ, foi delineada para avaliar se a película adquirida e o momento da aplicação interferem na ação da solução de AmF/NaF/SnCl2 no controle da erosão. Doze participantes, utilizando um dispositivo removível inferior bilateral contendo 2 amostras de esmalte dental humano, participaram deste estudo in situ, cruzado, duplo cego, dividido em 3 fases de 5 dias cada (boca dividida). Cento e quarenta e quatro amostras de esmalte dental humano (3 X 3 X 1 mm), obtidas a partir de terceiros molares hígidos, foram divididas nos 6 grupos experimentais (n = 12): G1 - sem tratamento, com presença de película adquirida; G2 - sem tratamento, sem presença da película adquirida; G3 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 previamente à 1ª imersão ácida diária, com presença de película adquirida; G4 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 previamente à 1ª imersão ácida diária, sem película adquirida; G5 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 logo após a 1ª imersão ácida diária, com presença de película adquirida; G4 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 logo após a 1ª imersão ácida diária, sem película adquirida. Desafios erosivos (ácido cítrico a 1,0%, pH 2,3, 4x5 min/dia, intervalos de 1,5h) e remoção da película adquirida (2% de Dodecil Sulfato de Sódio) foram realizados extraoralmente, enquanto o bochecho foi realizado intraoralmente (30 seg). A perda tecidual foi determinada por perfilometria óptica (n = 12) e alterações morfológicas por microscopia eletrônica de varredura (n = 3). Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA 2-fatores para blocos casualizados com posterior comparação pareada dos tratamentos através do teste de Tukey (?=5%). Não houve interação significativa entre as variáveis independentes \"Tipo de Tratamento\" e \"Película Adquirida\" (p = 0,211). Considerando o fator principal \"Tipo de Tratamento\", quando comparado ao grupo sem tratamento, o desgaste do esmalte foi estatisticamente menor com a aplicação de solução de estanho (p <0,001), independentemente de ter sido aplicado antes ou após a 1ª imersão ácida diária, seja em presença ou ausência de película. Portanto, a presença de película adquirida e o momento de aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 não influenciaram a sua capacidade de controlar a erosão em esmalte dental no presente modelo experimental. |
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Influência da película adquirida e do momento da aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 na progressão da lesão de erosão em esmalteInfluence of the acquired pellicle and the moment of application of the AmF/NaF/SnCl2 solution in the prevention of in situ erosion in human enamelAcquired pellicleAmF/NaF/SnCl2 rinseDental erosionErosão DentalEsmalte HumanoEstanhoHuman EnamelPelícula AdquiridaSolução de AmF/NaF/SnCl2TinConsiderando que a capacidade protetora da película salivar adquirida em erosão dental pode ser influenciada por diversos fatores, e que a característica da película adquirida pode modificar a deposição de sais na superfície do esmalte dental, é importante avaliar se sua presença é capaz de influenciar a eficácia da solução de AmF/NaF/SnCl2 no controle da erosão dental. A primeira etapa do estudo, in vitro, teve como objetivo obter um protocolo simplificado de formação da lesão erosiva em esmalte dental humano, variando a concentração do ácido, frequência e duração das imersões erosivas. Para tanto, 64 amostras de esmalte dental humano foram divididas em 8 grupos experimentais (n=8), de acordo com a ciclagem proposta: G1 - ácido cítrico 0,5%, 3x/dia, 2 min; G2 - ácido cítrico 0,5%, 6x/dia, 2 min; G3 - ácido cítrico 0,5%, 3x/dia, 5 min; G4 - ácido cítrico 0,5%, 6x/dia, 5 min; G5 - ácido cítrico 1%, 3x/dia, 2 min; G6 - ácido cítrico 1%, 6x/dia, 2 min; G7 - ácido cítrico 1%, 3x/dia, 5 min; G8 - ácido cítrico 1%, 6x/dia, 5 min. A variável de resposta foi a perda de tecido mineral (em ?m) por meio de perfilometria óptica. Anova 1-fator mostrou que houve diferença estatística entre os grupos, (p?0,01) e Tukey mostrou que apenas G2 e G3 foram semelhantes e todos os demais grupos diferiram entre si. Sendo assim, foi escolhida para a etapa in situ a ciclagem considerada mais simples, semelhante ao G7, mas que mantivesse o padrão de lesão erosiva avançada. A segunda etapa do estudo, in situ, foi delineada para avaliar se a película adquirida e o momento da aplicação interferem na ação da solução de AmF/NaF/SnCl2 no controle da erosão. Doze participantes, utilizando um dispositivo removível inferior bilateral contendo 2 amostras de esmalte dental humano, participaram deste estudo in situ, cruzado, duplo cego, dividido em 3 fases de 5 dias cada (boca dividida). Cento e quarenta e quatro amostras de esmalte dental humano (3 X 3 X 1 mm), obtidas a partir de terceiros molares hígidos, foram divididas nos 6 grupos experimentais (n = 12): G1 - sem tratamento, com presença de película adquirida; G2 - sem tratamento, sem presença da película adquirida; G3 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 previamente à 1ª imersão ácida diária, com presença de película adquirida; G4 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 previamente à 1ª imersão ácida diária, sem película adquirida; G5 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 logo após a 1ª imersão ácida diária, com presença de película adquirida; G4 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 logo após a 1ª imersão ácida diária, sem película adquirida. Desafios erosivos (ácido cítrico a 1,0%, pH 2,3, 4x5 min/dia, intervalos de 1,5h) e remoção da película adquirida (2% de Dodecil Sulfato de Sódio) foram realizados extraoralmente, enquanto o bochecho foi realizado intraoralmente (30 seg). A perda tecidual foi determinada por perfilometria óptica (n = 12) e alterações morfológicas por microscopia eletrônica de varredura (n = 3). Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA 2-fatores para blocos casualizados com posterior comparação pareada dos tratamentos através do teste de Tukey (?=5%). Não houve interação significativa entre as variáveis independentes \"Tipo de Tratamento\" e \"Película Adquirida\" (p = 0,211). Considerando o fator principal \"Tipo de Tratamento\", quando comparado ao grupo sem tratamento, o desgaste do esmalte foi estatisticamente menor com a aplicação de solução de estanho (p <0,001), independentemente de ter sido aplicado antes ou após a 1ª imersão ácida diária, seja em presença ou ausência de película. Portanto, a presença de película adquirida e o momento de aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 não influenciaram a sua capacidade de controlar a erosão em esmalte dental no presente modelo experimental.Considering that the protective ability of the salivary acquired pellicle under dental erosion can be influenced by several factors, and that the characteristics of the present pellicle can modify the deposition of salts on the surface of the dental enamel, it is possible that the salivary acquired pellicle can influence the effectiveness of the solution of AmF/NaF/SnCl2 against erosion. The first stage of this study, in vitro, aimed to obtain a simplified protocol for the formation of erosive lesion in human dental enamel, varying acid concentration, frequency and duration of erosions. For this, 64 samples of human dental enamel were divided into 8 experimental groups (n = 8), according to the proposed cycling: G1 - 0.5% citric acid, 3x/day, 2 min; G2 - 0.5% citric acid, 6x/day, 2 min; G3 - 0.5% citric acid, 3x/day, 5 min; G4 - 0.5% citric acid, 6x/day, 5 min; G5 - citric acid 1%, 3x/day, 2 min; G6 - citric acid 1%, 6x/day, 2 min; G7 - citric acid 1%, 3x/day, 5 min; G8 - citric acid 1%, 6x/day, 5 min. The response variable was the loss of mineral tissue (in ?m) by means of optical profilometry. One-way ANOVA showed that there was a statistical difference between the groups, and Tukey showed that only G2 and G3 were similar and all the other groups differed from each other. Thus, the cycling considered simpler, similar to G7, was chosen for the stage in situ, adding erosive immersion to the protocol. The second stage of the study, in situ, was designed to assess whether the acquired pellicle and moment of application interfere with the action of AmF/NaF/SnCl2 solution in erosion control. Twelve volunteers were required for this 3-phase, randomized, split-mouth, cross-over model. Six treatment protocols were tested using human enamel samples in replicas: G1 - without treatment, with the presence of acquired pellicle; G2 - without treatment, without acquired pellicle; G3 - AmF/NaF/SnCl2 solution prior to the first daily acid immersion, with acquired pellicle; G4 - AmF/NaF/SnCl2 solution prior to the first daily acid immersion, without acquired pellicle; G5 - AmF/NaF/SnCl2 solution after the first daily acid immersion, with acquired pellicle; G6 - AmF/NaF/SnCl2 solution after the first daily acid immersion, without acquired pellicle. Erosive challenges (1.0% citric acid, pH 2.3, 4x5 min/day) and removal of the acquired pellicle (2% Sodium Dodecyl Sulfate) were performed extra-orally, while mouthwash was applied intraorally (30 sec). Tissue loss were determined by optical profilometry (n=12) and morphological changes were evaluated by scanning electron microscopy (n=3) analysis. Data were statistically analysed by two-way ANOVA for randomized blocks, with subsequent pairwise comparison of treatments. No significant interaction between the independent variables \"Type of Treatment\" and \"Acquired Pellicle\" was found (p=0.211). Considering the main factor \"Type of Treatment\", when compared to the group without treatment, enamel loss was statistically significant lower with application of tin solution (p<0.001), regardless of whether it was applied either before or after erosive cycling, whether in presence or absence of pellicle. Therefore, neither the presence of acquired pellicle, nor the moment of application, influences the anti-erosive ability of the AmF/NaF/SnCl2 solution in the present model.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Patricia Moreira de Freitas Costa eSilva, Camila Vieira da2019-08-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-07012020-191410/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-09-15T08:37:01Zoai:teses.usp.br:tde-07012020-191410Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-09-15T08:37:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Considerando que a capacidade protetora da película salivar adquirida em erosão dental pode ser influenciada por diversos fatores, e que a característica da película adquirida pode modificar a deposição de sais na superfície do esmalte dental, é importante avaliar se sua presença é capaz de influenciar a eficácia da solução de AmF/NaF/SnCl2 no controle da erosão dental. A primeira etapa do estudo, in vitro, teve como objetivo obter um protocolo simplificado de formação da lesão erosiva em esmalte dental humano, variando a concentração do ácido, frequência e duração das imersões erosivas. Para tanto, 64 amostras de esmalte dental humano foram divididas em 8 grupos experimentais (n=8), de acordo com a ciclagem proposta: G1 - ácido cítrico 0,5%, 3x/dia, 2 min; G2 - ácido cítrico 0,5%, 6x/dia, 2 min; G3 - ácido cítrico 0,5%, 3x/dia, 5 min; G4 - ácido cítrico 0,5%, 6x/dia, 5 min; G5 - ácido cítrico 1%, 3x/dia, 2 min; G6 - ácido cítrico 1%, 6x/dia, 2 min; G7 - ácido cítrico 1%, 3x/dia, 5 min; G8 - ácido cítrico 1%, 6x/dia, 5 min. A variável de resposta foi a perda de tecido mineral (em ?m) por meio de perfilometria óptica. Anova 1-fator mostrou que houve diferença estatística entre os grupos, (p?0,01) e Tukey mostrou que apenas G2 e G3 foram semelhantes e todos os demais grupos diferiram entre si. Sendo assim, foi escolhida para a etapa in situ a ciclagem considerada mais simples, semelhante ao G7, mas que mantivesse o padrão de lesão erosiva avançada. A segunda etapa do estudo, in situ, foi delineada para avaliar se a película adquirida e o momento da aplicação interferem na ação da solução de AmF/NaF/SnCl2 no controle da erosão. Doze participantes, utilizando um dispositivo removível inferior bilateral contendo 2 amostras de esmalte dental humano, participaram deste estudo in situ, cruzado, duplo cego, dividido em 3 fases de 5 dias cada (boca dividida). Cento e quarenta e quatro amostras de esmalte dental humano (3 X 3 X 1 mm), obtidas a partir de terceiros molares hígidos, foram divididas nos 6 grupos experimentais (n = 12): G1 - sem tratamento, com presença de película adquirida; G2 - sem tratamento, sem presença da película adquirida; G3 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 previamente à 1ª imersão ácida diária, com presença de película adquirida; G4 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 previamente à 1ª imersão ácida diária, sem película adquirida; G5 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 logo após a 1ª imersão ácida diária, com presença de película adquirida; G4 - Aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 logo após a 1ª imersão ácida diária, sem película adquirida. Desafios erosivos (ácido cítrico a 1,0%, pH 2,3, 4x5 min/dia, intervalos de 1,5h) e remoção da película adquirida (2% de Dodecil Sulfato de Sódio) foram realizados extraoralmente, enquanto o bochecho foi realizado intraoralmente (30 seg). A perda tecidual foi determinada por perfilometria óptica (n = 12) e alterações morfológicas por microscopia eletrônica de varredura (n = 3). Os dados foram analisados estatisticamente por ANOVA 2-fatores para blocos casualizados com posterior comparação pareada dos tratamentos através do teste de Tukey (?=5%). Não houve interação significativa entre as variáveis independentes \"Tipo de Tratamento\" e \"Película Adquirida\" (p = 0,211). Considerando o fator principal \"Tipo de Tratamento\", quando comparado ao grupo sem tratamento, o desgaste do esmalte foi estatisticamente menor com a aplicação de solução de estanho (p <0,001), independentemente de ter sido aplicado antes ou após a 1ª imersão ácida diária, seja em presença ou ausência de película. Portanto, a presença de película adquirida e o momento de aplicação da solução de AmF/NaF/SnCl2 não influenciaram a sua capacidade de controlar a erosão em esmalte dental no presente modelo experimental. |
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