Redescrição e ciclo de vida de Clytia gracilis e Clytia linearis (Cnidaria, Hydrozoa, Campanulariidae).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lindner, Alberto
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-14012002-131337/
Resumo: Os ciclos de vida de Clytia linearis (Thornely, 1899) e de duas espécies apresentando caracteres considerados diagnósticos de Clytia gracilis (M. Sars, 1850) – aqui denominadas Clytia cf. gracilis sp. 1 e Clytia cf. gracilis sp. 2 – foram estudados com base em espécimes coletados no infralitoral raso da costa de São Sebastião e Ilhabela, sudeste do Brasil, entre fevereiro de 1999 e abril de 2000. Medusas foram cultivadas em laboratório, a temperatura de 22-24oC. Colônias de C. linearis são monossifônicas, simpodiais, com até 21,5mm de altura e portando até 26 hidrantes e 10 gonângios. Medusas adultas, alcançando 2,5-3,6mm de diâmetro e até 29 tentáculos e 28 estatocistos, podem ser distinguidas de outras espécies de Clytia pela presença de nematocistos microbásicos mastigóforos do tipo C. Medusas adultas de Clytia cf. gracilis spp. 1 e 2 podem ser distinguidas das demais espécies do gênero estudadas até o momento pela presença de uma fileira de nematocistos microbásicos mastigóforos do tipo A na umbrela, no nível do canal circular. Medusas adultas de C. cf. gracilis sp. 1 e C. cf. gracilis sp. 2 apresentam até 16 tentáculos e podem ser distinguidas entre si pelo diâmetro da umbrela: 6,6-10,1mm e 3,6-5,5mm, respectivamente. Quanto ao estágio de pólipo, C. cf. gracilis sp. 1 apresenta usualmente colônias dicotômicas eretas, hidrotecas alongadas, e gonotecas na hidrorriza e pedículos. Estes caracteres concordam com a descrição de C. gracilis, mas as espécies diferem entre si pela morfometria das gonotecas e dos nematocistos microbásicos mastigóforos do tipo B: aproximadamente 15mm de comprimento para C. gracilis e 9-10mm para C. cf. gracilis sp. 1. Por outro lado, nematocistos do tipo B de C. cf. gracilis sp. 2, com aproximadamente 14,5mm de comprimento, em média, são morfometricamente semelhantes aos de C. gracilis. No entanto, C. cf. gracilis sp. 2 difere de C. gracilis pela forma da hidroteca, por apresentar gonotecas apenas na hidrorriza, e pelo hábito polissifônico do colônias bem desenvolvidas. Uma terceira espécie, C. cf. gracilis sp. 3, é descrita com base em uma colônia sem gonângios. Aspectos da sistemática de Clytia são discutidos.
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Colônias de C. linearis são monossifônicas, simpodiais, com até 21,5mm de altura e portando até 26 hidrantes e 10 gonângios. Medusas adultas, alcançando 2,5-3,6mm de diâmetro e até 29 tentáculos e 28 estatocistos, podem ser distinguidas de outras espécies de Clytia pela presença de nematocistos microbásicos mastigóforos do tipo C. Medusas adultas de Clytia cf. gracilis spp. 1 e 2 podem ser distinguidas das demais espécies do gênero estudadas até o momento pela presença de uma fileira de nematocistos microbásicos mastigóforos do tipo A na umbrela, no nível do canal circular. Medusas adultas de C. cf. gracilis sp. 1 e C. cf. gracilis sp. 2 apresentam até 16 tentáculos e podem ser distinguidas entre si pelo diâmetro da umbrela: 6,6-10,1mm e 3,6-5,5mm, respectivamente. Quanto ao estágio de pólipo, C. cf. gracilis sp. 1 apresenta usualmente colônias dicotômicas eretas, hidrotecas alongadas, e gonotecas na hidrorriza e pedículos. Estes caracteres concordam com a descrição de C. gracilis, mas as espécies diferem entre si pela morfometria das gonotecas e dos nematocistos microbásicos mastigóforos do tipo B: aproximadamente 15mm de comprimento para C. gracilis e 9-10mm para C. cf. gracilis sp. 1. Por outro lado, nematocistos do tipo B de C. cf. gracilis sp. 2, com aproximadamente 14,5mm de comprimento, em média, são morfometricamente semelhantes aos de C. gracilis. No entanto, C. cf. gracilis sp. 2 difere de C. gracilis pela forma da hidroteca, por apresentar gonotecas apenas na hidrorriza, e pelo hábito polissifônico do colônias bem desenvolvidas. Uma terceira espécie, C. cf. gracilis sp. 3, é descrita com base em uma colônia sem gonângios. Aspectos da sistemática de Clytia são discutidos.he life-cycles of Clytia linearis (Thornely, 1899) and two species with characters considered diagnostic of Clytia gracilis (M. Sars, 1850) – Clytia cf. gracilis sp. 1 and Clytia cf. gracilis sp. 2 – have been studied based on specimens collected in the shallow subtidal coast of São Sebastião and Ilhabela, southeast Brazil, between February 1999 and April 2000. Medusae were cultured in the laboratory (22-24oC). Colonies of C. linearis are monosiphonic, sympodial, up to 21.5mm high and bearing up to 26 hydranths and 10 gonangia. Adult medusae reached 2.5-3.6mm in diameter, and up to 29 tentacles and 28 statocysts. The presence of microbasic mastigophore type C nematocysts distinguishes adult medusae of C. linearis from other species of Clytia. A band of microbasic mastigophore type A nematocysts in the umbrella, at the level of the circular canal, distinguishes adult medusae of Clytia cf. gracilis spp. 1 and 2 from other species of the genus. Adult medusae of C. cf. gracilis sp. 1 and C. cf. gracilis sp. 2 have up to 16 tentacles, and can be distinguished by the diameter of the umbrella: 6.6-10.1mm and 3.6-5.5mm, respectively. Colonies of C. cf. gracilis sp. 1 are usually erect and dichotomous, the hydrothecae are elongated and the gonothecae present in the hydrorhiza and pedicels. These features closely match with the description of C. gracilis, but both species differ in the morphometry of the gonothecae and microbasic mastigophore type B nematocysts: about 15mm (length) for C. gracilis and 9-10mm for C. cf. gracilis sp. 1. Type B nematocysts of C. cf. gracilis sp. 2 (about 14.5mm in length) are more similar in size to those of C. gracilis. However, the former species differs from the latter in the shape of the hydrothecae, by having gonothecae only at the hydrorhiza and polysiphonic well-developed colonies. A third species, C. cf. gracilis sp. 3, is described based on an unfertile colony. Aspects of the systematics of Clytia are discussed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMigotto, Alvaro EstevesLindner, Alberto2000-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-14012002-131337/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:08:16Zoai:teses.usp.br:tde-14012002-131337Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:08:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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