Morfogênese das glândulas salivares humanas: estudo topográfico das aquaporinas 1, 3 e 5 e sua relação com as células mioepiteliais, rede vascular e inervação no desenvolvimento glandular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Fernanda de Paula dos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-24022021-171758/
Resumo: As glândulas salivares têm sido alvo de diversos estudos acerca de sua fisiologia, funções e distúrbios associados à síntese e secreção de saliva. Diante disso, compreender melhor o desenvolvimento glandular pode auxiliar a estabelecer modelos de terapias regenerativas. Durante o período de morfogênese, as glândulas salivares desenvolvem-se de maneira complexa, influenciadas por diversos estímulos e sinalização mesenquimais, onde a microcirculação e a inervação atuam desde os estágios mais incipientes do desenvolvimento, contribuindo com a maturação estrutural e funcional do epitélio glandular. Para que a salivação ocorra, se faz necessária uma série de eventos envolvendo uma rede de interação entre membros de uma família de proteínas de canais de membrana denominada aquaporinas (AQPs), células mioepiteliais, vasculatura local e inervação autônoma. Com a hipótese de que as aquaporinas são fundamentais para a coordenação da maturação funcional glandular durante o desenvolvimento, pretendemos responder as seguintes perguntas: qual a correlação das AQPs 1, 3 e 5 com o desenvolvimento primitivo das células mioepiteliais, vascularização e inervação? Para responder essa questão, utilizamos a estratégia de análise da imunoexpressão histoquímica e fluorescente das proteínas AQP1, AQP3, AQP5 em dupla marcação com as proteínas AML, CD34, S100 e Tuj-1 nas glândulas salivares parótidas e submandibulares e de glândulas salivares menores humanas em seus diversos estágios de morfogênese. Foram analisadas qualitativamente as possíveis diferenças no padrão de expressão dos marcadores citados de acordo com os distintos estágios de maturação e tipos glandulares. Todas as proteínas foram expressas nos espécimes analisados, com diferenças de expressão nos distintos períodos do desenvolvimento glandular. Houve colocalização entre AQP1 e CD34 em diversos sítios vasculares, além de coexpressão entre AQP1, AML e S100 tanto na microvasculatura quanto em células mioepiteliais. A maturação morfológica das glândulas salivares menores é precoce e é observada anteriormente a das glândulas parótidas e submandibulares, embora as parótidas sejam as primeiras glândulas salivares identificadas no embrião humano. Os resultados obtidos sugerem que os distintos tipos glandulares se desenvolvem em diferentes períodos devido às características anatômicas finais mais ou menos robustas assumidas individualmente e, ainda, além das aquaporinas, estruturas mioepiteliais, vasculares e nervosas se integram de maneira constitutiva às estruturas epiteliais e estromais, formando um arranjo essencial requerido à evolução da arquitetura das glândulas salivares, comprovada pelo aumento exponencial da maioria das proteínas estudadas, conforme o avanço do desenvolvimento.
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Durante o período de morfogênese, as glândulas salivares desenvolvem-se de maneira complexa, influenciadas por diversos estímulos e sinalização mesenquimais, onde a microcirculação e a inervação atuam desde os estágios mais incipientes do desenvolvimento, contribuindo com a maturação estrutural e funcional do epitélio glandular. Para que a salivação ocorra, se faz necessária uma série de eventos envolvendo uma rede de interação entre membros de uma família de proteínas de canais de membrana denominada aquaporinas (AQPs), células mioepiteliais, vasculatura local e inervação autônoma. Com a hipótese de que as aquaporinas são fundamentais para a coordenação da maturação funcional glandular durante o desenvolvimento, pretendemos responder as seguintes perguntas: qual a correlação das AQPs 1, 3 e 5 com o desenvolvimento primitivo das células mioepiteliais, vascularização e inervação? Para responder essa questão, utilizamos a estratégia de análise da imunoexpressão histoquímica e fluorescente das proteínas AQP1, AQP3, AQP5 em dupla marcação com as proteínas AML, CD34, S100 e Tuj-1 nas glândulas salivares parótidas e submandibulares e de glândulas salivares menores humanas em seus diversos estágios de morfogênese. Foram analisadas qualitativamente as possíveis diferenças no padrão de expressão dos marcadores citados de acordo com os distintos estágios de maturação e tipos glandulares. Todas as proteínas foram expressas nos espécimes analisados, com diferenças de expressão nos distintos períodos do desenvolvimento glandular. Houve colocalização entre AQP1 e CD34 em diversos sítios vasculares, além de coexpressão entre AQP1, AML e S100 tanto na microvasculatura quanto em células mioepiteliais. A maturação morfológica das glândulas salivares menores é precoce e é observada anteriormente a das glândulas parótidas e submandibulares, embora as parótidas sejam as primeiras glândulas salivares identificadas no embrião humano. Os resultados obtidos sugerem que os distintos tipos glandulares se desenvolvem em diferentes períodos devido às características anatômicas finais mais ou menos robustas assumidas individualmente e, ainda, além das aquaporinas, estruturas mioepiteliais, vasculares e nervosas se integram de maneira constitutiva às estruturas epiteliais e estromais, formando um arranjo essencial requerido à evolução da arquitetura das glândulas salivares, comprovada pelo aumento exponencial da maioria das proteínas estudadas, conforme o avanço do desenvolvimento.Salivary glands have been the subject of several studies about their physiology, functions and disorders associated with the synthesis and secretion of saliva. Therefore, a better understanding of glandular development can auxiliate to establish models of regenerative therapies. During morphogenesis period, the salivary glands develop in a complex way influenced by many mesenchymal stimuli and signaling, which microcirculation and innervation act since the most incipient stages of development, contributing to the structural and functional maturation of the glandular epithelium. To the salivation to occur, a series of events involving a network of interaction between members water channel proteins family called aquaporins (AQPs), myoepithelial cells, local vasculature and autonomic innervation are necessary. With the hypothesis that aquaporins are fundamental to the coordination of glandular functional maturation during development, we intend to answer the following questions: what is the correlation of AQPs 1, 3 and 5 with the primitive development of myoepithelial cells, vascularization and innervation? To answer this question, we used the histochemical and fluorescent immunoexpression analysis strategy of the AQP1, AQP3, AQP5 proteins, double labeling with the SMA, CD34, S100 and Tuj-1 proteins in the major parotid and submandibular salivary glands, in addition to minor salivary glands human. The possible differences in the expression pattern of the cited markers were qualitatively analyzed according to the different maturation stages and glandular types. All the proteins were expressed in the analyzed specimens, with differences in expression at different periods of glandular development. There was colocalization between AQP1 and CD34 in several vascular sites, in addition to coexpression between AQP1, SMA and S100 both in the microvasculature and in myoepithelial cells. The morphological maturation of the minor salivary glands is precocious and is observed before those of the parotid and submandibular glands, although parotids are the first salivary glands identified in the human embryo. The results obtained suggest that the different glandular types develop in different periods due to the more or less robust final anatomical characteristics assumed individually and, in addition to the aquaporins, myoepithelial, vascular and nervous structures are constitutively integrated into the epithelial and stromal structures, forming an essential arrangement required to the salivary gland architecture evolution, evidenced by the exponential increase of the most studied proteins, as the development progresses.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNico, Marcello Menta SimonsenSantos, Fernanda de Paula dos2020-07-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-24022021-171758/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-02T18:31:03Zoai:teses.usp.br:tde-24022021-171758Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-02T18:31:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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