Crítica do discurso da sustentabilidade global: a comunicação como estratégia possível
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-14092016-114606/ |
Resumo: | O objetivo desta tese é avaliar criticamente o discurso da sustentabilidade global e seu repasse local nas organizações. Aqui é adotada a perspectiva crítica, sendo a produção do discurso vista como vinculada às condições de existência, mas, com base na dinâmica dialética, o discurso pode ser um agente de mudança e promover novas maneiras de viver. A partir do entendimento da questão da sustentabilidade como resultante da globalização, Milton Santos é nossa inspiração na avaliação da sustentabilidade global enquanto discurso. O autor, ao refletir sobre a globalização considera a existência de três mundos em um só: a globalização como fábula; a globalização como perversidade; e a possibilidade de uma outra globalização. Da mesma maneira entendemos que a sustentabilidade também envolve três discursos em um só. A sustentabilidade é apresentada como solução, salvação do mundo, mas ela encobre que é o grande problema da atualidade, a danação do mundo. Consequência da globalização, a questão da sustentabilidade tem sua base em um modelo econômico perverso, gerador dos aspectos centrais da insustentabilidade global, a saber, de um lado, o aquecimento global e as mudanças climáticas, devido a alta utilização de energias fósseis e a emissão de gás de efeito estufa (GEE); e , de outro, uma pegada ecológica que demanda um planeta e meio, o que indica a sobreexploração e a deterioração dos serviços ecossistêmicos, os quais são o suporte para a vida no planeta. A pesquisa empírica deste estudo mostra que as empresas adotam o discurso da sustentabilidade global, mas não reconhecem sua responsabilidade no impacto sobre o planeta. Mas não precisa ser assim. Podemos dizer que um outro mundo é possível, e escolher seguir um novo caminho, uma outra sustentabilidade. Uma sustentabilidade que está na dimensão das pessoas e das relações com o outro e que, dessa maneira, faz-se presente na categoria dos direitos sociais e da cidadania. A adoção da comunicação como estratégia possível de sustentabilidade é o que nos leva do discurso da sustentabilidade global ao exercício da sustentabilidade enquanto cidadania local. |
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O autor, ao refletir sobre a globalização considera a existência de três mundos em um só: a globalização como fábula; a globalização como perversidade; e a possibilidade de uma outra globalização. Da mesma maneira entendemos que a sustentabilidade também envolve três discursos em um só. A sustentabilidade é apresentada como solução, salvação do mundo, mas ela encobre que é o grande problema da atualidade, a danação do mundo. Consequência da globalização, a questão da sustentabilidade tem sua base em um modelo econômico perverso, gerador dos aspectos centrais da insustentabilidade global, a saber, de um lado, o aquecimento global e as mudanças climáticas, devido a alta utilização de energias fósseis e a emissão de gás de efeito estufa (GEE); e , de outro, uma pegada ecológica que demanda um planeta e meio, o que indica a sobreexploração e a deterioração dos serviços ecossistêmicos, os quais são o suporte para a vida no planeta. A pesquisa empírica deste estudo mostra que as empresas adotam o discurso da sustentabilidade global, mas não reconhecem sua responsabilidade no impacto sobre o planeta. Mas não precisa ser assim. Podemos dizer que um outro mundo é possível, e escolher seguir um novo caminho, uma outra sustentabilidade. Uma sustentabilidade que está na dimensão das pessoas e das relações com o outro e que, dessa maneira, faz-se presente na categoria dos direitos sociais e da cidadania. A adoção da comunicação como estratégia possível de sustentabilidade é o que nos leva do discurso da sustentabilidade global ao exercício da sustentabilidade enquanto cidadania local.The objective of this thesis is to critically evaluate the discourse of global sustainability and its transference to the local level, within the organizations. A critical perspective is assumed; with the production of speech perceived as a link for living conditions , yet, based on the dynamic dialectic, the discourse can be a means of change and to promote new ways of living. As from the understanding of the discourse of sustainability as a result of globalization, Milton Santos is our inspiration for reasoning in the appraisal of the discourse of global sustainability. The author, reflecting on globalization considers the existence of three worlds in one: globalization as a fable; globalization as perversity; and the possibility of another globalization. Thereto, we understand that sustainability also involves three discourses in one. Sustainability is presented as a solution, a world\'s salvation, however we are faced with an enormous problem today, the damnation of the world. Consequence of globalization, sustainability is based in a perverse economic model, generator of the key issues of global unsustainability, specifically, on the one hand, global warming and climate changes, due to the high use of fossil fuels and the emission of greenhouse gases (GHG) ;and on the other hand, an ecological footprint that demands one planet and a half, which indicates over-exploitation and deterioration on the ecosystemic services, as a support for life on the planet. The empirical research of this study shows that companies adopt the discourse of global sustainability, but do not recognize its\' responsibility in the impact on the planet. Nevertheless, it does not need to be in such a way. We can say that another world is possible, and choose to follow a new path, another sustainability. A sustainability that is in the dimension of people and the relationship with others; thereby, becomes present in the category of social rights and citizenship. The adoption of communication as a possible strategy of sustainability is what takes us from the discourse of global sustainability to the exercise of sustainability as local citizenship.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKunsch, Margarida Maria KrohlingMoya, Iara Maria da Silva2016-03-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-14092016-114606/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:47Zoai:teses.usp.br:tde-14092016-114606Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O objetivo desta tese é avaliar criticamente o discurso da sustentabilidade global e seu repasse local nas organizações. Aqui é adotada a perspectiva crítica, sendo a produção do discurso vista como vinculada às condições de existência, mas, com base na dinâmica dialética, o discurso pode ser um agente de mudança e promover novas maneiras de viver. A partir do entendimento da questão da sustentabilidade como resultante da globalização, Milton Santos é nossa inspiração na avaliação da sustentabilidade global enquanto discurso. O autor, ao refletir sobre a globalização considera a existência de três mundos em um só: a globalização como fábula; a globalização como perversidade; e a possibilidade de uma outra globalização. Da mesma maneira entendemos que a sustentabilidade também envolve três discursos em um só. A sustentabilidade é apresentada como solução, salvação do mundo, mas ela encobre que é o grande problema da atualidade, a danação do mundo. Consequência da globalização, a questão da sustentabilidade tem sua base em um modelo econômico perverso, gerador dos aspectos centrais da insustentabilidade global, a saber, de um lado, o aquecimento global e as mudanças climáticas, devido a alta utilização de energias fósseis e a emissão de gás de efeito estufa (GEE); e , de outro, uma pegada ecológica que demanda um planeta e meio, o que indica a sobreexploração e a deterioração dos serviços ecossistêmicos, os quais são o suporte para a vida no planeta. A pesquisa empírica deste estudo mostra que as empresas adotam o discurso da sustentabilidade global, mas não reconhecem sua responsabilidade no impacto sobre o planeta. Mas não precisa ser assim. Podemos dizer que um outro mundo é possível, e escolher seguir um novo caminho, uma outra sustentabilidade. Uma sustentabilidade que está na dimensão das pessoas e das relações com o outro e que, dessa maneira, faz-se presente na categoria dos direitos sociais e da cidadania. A adoção da comunicação como estratégia possível de sustentabilidade é o que nos leva do discurso da sustentabilidade global ao exercício da sustentabilidade enquanto cidadania local. |
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