Comparação dos efeitos fisiológicos do treinamento em esteira e resistido na intensidade do limiar anaeróbio em indivíduos diabéticos tipo 2, com ênfase na monitorização contínua de glicose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Togashi, Giovanna Benjamin
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-22052014-154006/
Resumo: A incidência do Diabetes Mellittus apresenta-se crescente no mundo todo, principalmente, devido à mudança no estilo de vida. A atividade física associada à alimentação balanceada é o tratamento mais indicado para o controle do diabetes, porém ainda há divergências nas recomendações e evidências científicas sobre a prescrição do exercício para indivíduos diabéticos. Esta pesquisa teve como objetivo comparar os efeitos fisiológicos do treinamento em esteira e do treinamento resistido na intensidade do limiar anaeróbio em indivíduos diabéticos tipo 2, com ênfase na monitorização contínua da glicose. Para isso, três grupos de diabéticos tipo 2 foram selecionados: um grupo foi submetido à seis semanas de treinamento em esteira na intensidade do limiar anaeróbio (18 sessões de 30 minutos), um grupo foi submetido à seis semanas de treinamento resistido na intensidade do limiar anaeróbio (10 sessões de seis exercícios) e um grupo foi controle. Foram analisadas as seguintes variáveis antes e após a intervenção: hemoglobina glicada, glicemia de jejum, frutosamina, cinética da glicose intersticial monitorizada continuamente, colesterol, triglicérides, intensidade do limiar anaeróbio em esteira, intensidade máxima do teste ergoespirométrico, consumo de oxigênio na intensidade do limiar anaeróbio, consumo máximo de oxigênio e volume do teste de fadiga. Também foram verificadas a frequência cardíaca, a percepção subjetiva do esforço e a glicemia casual antes, durante e após as sessões de treinamento. Foram encontradas diminuições significativas nas concentrações da glicemia de jejum e de frutosamina após o treinamento em esteira, diminuições significativas nas concentrações de triglicérides após o treinamento resistido e reduções significativas nos níveis de colesterol dos dois grupos de treinamento. O consumo de oxigênio na intensidade do limiar anaeróbio, bem como a intensidade do mesmo, aumentaram significativamente no grupo que treinou em esteira e o volume do teste de fadiga apresentou-se maior após os dois protocolos de treinamento. As médias das diferenças da frequência cardíaca e da percepção subjetiva do esforço iniciais e finais nas sessões de treinamento demonstram-se maiores no grupo de treinamento em esteira e as médias das diferenças entre a glicemia casual antes e após as sessões de treinamento apresentaram-se iguais para os dois grupos de treinamento. Não foram encontradas reduções significativas na área sob a curva da glicose monitorizada continuamente nos três grupos. Conclui-se que, para os protocolos de treinamento aplicados, o treinamento em esteira demonstrou-se mais eficaz para o controle glicêmico e para o aumento da capacidade aeróbia dos indivíduos diabéticos tipo 2. A monitorização contínua da glicose parece não ser um bom método para a verificação do controle glicêmico após treinamento físico se não for combinado ao controle alimentar.
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Esta pesquisa teve como objetivo comparar os efeitos fisiológicos do treinamento em esteira e do treinamento resistido na intensidade do limiar anaeróbio em indivíduos diabéticos tipo 2, com ênfase na monitorização contínua da glicose. Para isso, três grupos de diabéticos tipo 2 foram selecionados: um grupo foi submetido à seis semanas de treinamento em esteira na intensidade do limiar anaeróbio (18 sessões de 30 minutos), um grupo foi submetido à seis semanas de treinamento resistido na intensidade do limiar anaeróbio (10 sessões de seis exercícios) e um grupo foi controle. Foram analisadas as seguintes variáveis antes e após a intervenção: hemoglobina glicada, glicemia de jejum, frutosamina, cinética da glicose intersticial monitorizada continuamente, colesterol, triglicérides, intensidade do limiar anaeróbio em esteira, intensidade máxima do teste ergoespirométrico, consumo de oxigênio na intensidade do limiar anaeróbio, consumo máximo de oxigênio e volume do teste de fadiga. Também foram verificadas a frequência cardíaca, a percepção subjetiva do esforço e a glicemia casual antes, durante e após as sessões de treinamento. Foram encontradas diminuições significativas nas concentrações da glicemia de jejum e de frutosamina após o treinamento em esteira, diminuições significativas nas concentrações de triglicérides após o treinamento resistido e reduções significativas nos níveis de colesterol dos dois grupos de treinamento. O consumo de oxigênio na intensidade do limiar anaeróbio, bem como a intensidade do mesmo, aumentaram significativamente no grupo que treinou em esteira e o volume do teste de fadiga apresentou-se maior após os dois protocolos de treinamento. As médias das diferenças da frequência cardíaca e da percepção subjetiva do esforço iniciais e finais nas sessões de treinamento demonstram-se maiores no grupo de treinamento em esteira e as médias das diferenças entre a glicemia casual antes e após as sessões de treinamento apresentaram-se iguais para os dois grupos de treinamento. Não foram encontradas reduções significativas na área sob a curva da glicose monitorizada continuamente nos três grupos. Conclui-se que, para os protocolos de treinamento aplicados, o treinamento em esteira demonstrou-se mais eficaz para o controle glicêmico e para o aumento da capacidade aeróbia dos indivíduos diabéticos tipo 2. A monitorização contínua da glicose parece não ser um bom método para a verificação do controle glicêmico após treinamento físico se não for combinado ao controle alimentar.The incidence of Diabetes Mellittus presents increasing worldwide, mainly due to the change in lifestyle. Physical activity associated with balanced diet is the best treatment to control diabetes, but there are still differences in recommendations and scientific evidence on the prescription of exercise for diabetics. This research aimed to compare the physiological effects of treadmill and resistance training in the intensity of anaerobic threshold in type 2 diabetic subjects with emphasis on continuous glucose monitoring training. For this, three groups of type 2 diabetic patients were selected: one group underwent six weeks of treadmill training on anaerobic threshold intensity (18 sessions of 30 minutes), one group underwent six weeks of resistance training intensity threshold anaerobic (10 sessions, six exercises) and one group was control. The following variables were analyzed before and after the intervention: glycated hemoglobin, fasting plasma glucose, fructosamine, interstitial glucose kinetics monitored continuously, cholesterol, triglycerides, anaerobic threshold intensity treadmill, maximum intensity of the cardiopulmonary exercise test, oxygen consumption in the intensity of anaerobic threshold, maximal oxygen consumption and volume of the fatigue test. The heart rate, perceived exertion and blood glucose levels were also checked before, during and after training sessions. Significant decreases were found in concentrations of fasting glucose and fructosamine after treadmill training, significant decreases in triglyceride concentrations after resistance training and significant reductions in cholesterol levels of the two training groups. The oxygen consumption at anaerobic threshold intensity and its intensity increased significantly in the group who trained on a treadmill and the volume of the fatigue test was higher after the two training protocols. The mean differences in heart rate and subjective perception of the initial and final effort in training sessions show up higher in the treadmill training and the mean differences between blood glucose levels before and after the training sessions had to be equal for the two groups of training. No significant reductions were found in the area under the curve of glucose monitored continuously in all three groups. We conclude that, for the training protocols applied , treadmill training has shown to be more effective for glycemic control and increased aerobic capacity of type 2 diabetic subjects. Continuous glucose monitoring does not seem to be a good method for the verification of glycemic control after physical training if not combined with diet control.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBaldissera, VilmarTogashi, Giovanna Benjamin2014-04-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-22052014-154006/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:49Zoai:teses.usp.br:tde-22052014-154006Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:49Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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