Destino do nitrogênio aplicado em culturas de arroz (Oryza sativa L.) inundado em solo de várzea da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelo Rangel Mota
Data de Publicação: 1991
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.11.1991.tde-20210104-185613
Resumo: O estudo foi conduzido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (C.E.N.A.), Piracicaba SP, de 20 de outubro de 1987 à 3 de maio de 1988, com vasos em condições de casa de vegetação, visando quantificar a eficiência da época de aplicação dos adubos uréia e sulfato de amônia e a demanda hídrica do arroz irrigado, usando solo de várzea do Amazonas. Nestes testes, procurou-se uma metodologia já consagrada de irrigação e adubação nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. A calagem e a adubação seguiram as normas ditadas pelo Boletim nº 100, do I.A.C. (Instituto Agronômico de Campinas) (1987), para arroz irrigado, com exceção feita ao nitrogênio, onde a dosagem aplicada foi equivalente a 100 kg de N/ha com 3 parcelamentos iguais: no plantio, 35 e 70 dias após. As fontes usadas: o sulfato de amônio natural e marcado com 10,137% de 15N e a uréia, também natural, e marcada com 10,772% de 15N. O cultivar escolhido foi o IAC 4440. Nos testes foram usados 21 vasos de barro, com 3 plantas cada, mantendo-se uma lâmina constante de água de 4 cm e um recolhimento diário da drenagem durante o período compreendido de 22.12.87 a 18.04.88, de onde se extraiu o valor médio da evopotranspiração, ao longo do cilo fenológico de 12.62 mm/dia. Em 3 outros vasos, com as mesmas características dos primeiros, mas sem arroz, foi determinada a evaporação média de 3,67 mm/dia e, por subtração, obteve-se o valor da transpiração de 8,95%. A análise estatística, devido a uniformidade do experimento, foi inteiramente causalizada, envolvendo 7 tratamentos com 3 repetições cada, conforme a descrição: Tratamento 1: Testemunha recebeu calagem e adubação (menos a nitrogenada). Tratamento 2: A uréia marcada foi aplicada no plantio incorporada ao solo, as adubações em cobertura, com 35 e 70 dias com uréia não marcada. Tratamento 3: A uréia marcada foi aplicada em cobertura aos 35 dias após o plantio, ficando a primeira adubação incorporada e a última em cobertura com uréia não marcada. Tratamento 4: A uréia marcada foi aplicada em cobertura aos 70 dias, ficando as duas primeiras adubações com uréia não marcada. Os Tratamentos 5, 6 e 7 foram repetições dos 2, 3 e 4, substituindo-se a fonte uréia pelo sulfato de amônio. Foram analisados o solo, a água drenada, as plantas e os grãos. Na condição em que foi feito o experimento, o sulfato de amônio apresentou uma eficiência média de 44,43% e a uréia 30,67%. Quanto à época de aplicação o sulfato projetou uma melhor eficiência aos 35 dias, com um valor médio de 66,57%. Já a uréia deu uma resposta completamente oposta, indicando ser o plantio e os 70 dias como as melhores épocas de adubação, com eficiências médias de 30,81% e 46,99% respectivamente. O 15N resgatado da água de drenada não ultrapassou a 0,22% do aplicado. As raízes retiveram cerca de 7,07% dos adubos, o solo 14,96% e as perdas médias estimadas para a volatilização foram de 47,63%.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Destino do nitrogênio aplicado em culturas de arroz (Oryza sativa L.) inundado em solo de várzea da Amazônia Water handling ahd nitrogen destination in inundated rice culture using the Amazon plain soil 1991-05-28Reynaldo Luiz VictoriaMarcelo Rangel MotaUniversidade de São PauloAgronomia (Solos e Nutrição de Plantas)USPBR AMAZÔNIA ARROZ IRRIGADO FERTILIZANTES NITROGENADOS NITROGÊNIO SOLO DE VÁRZEA O estudo foi conduzido no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (C.E.N.A.), Piracicaba SP, de 20 de outubro de 1987 à 3 de maio de 1988, com vasos em condições de casa de vegetação, visando quantificar a eficiência da época de aplicação dos adubos uréia e sulfato de amônia e a demanda hídrica do arroz irrigado, usando solo de várzea do Amazonas. Nestes testes, procurou-se uma metodologia já consagrada de irrigação e adubação nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. A calagem e a adubação seguiram as normas ditadas pelo Boletim nº 100, do I.A.C. (Instituto Agronômico de Campinas) (1987), para arroz irrigado, com exceção feita ao nitrogênio, onde a dosagem aplicada foi equivalente a 100 kg de N/ha com 3 parcelamentos iguais: no plantio, 35 e 70 dias após. As fontes usadas: o sulfato de amônio natural e marcado com 10,137% de 15N e a uréia, também natural, e marcada com 10,772% de 15N. O cultivar escolhido foi o IAC 4440. Nos testes foram usados 21 vasos de barro, com 3 plantas cada, mantendo-se uma lâmina constante de água de 4 cm e um recolhimento diário da drenagem durante o período compreendido de 22.12.87 a 18.04.88, de onde se extraiu o valor médio da evopotranspiração, ao longo do cilo fenológico de 12.62 mm/dia. Em 3 outros vasos, com as mesmas características dos primeiros, mas sem arroz, foi determinada a evaporação média de 3,67 mm/dia e, por subtração, obteve-se o valor da transpiração de 8,95%. A análise estatística, devido a uniformidade do experimento, foi inteiramente causalizada, envolvendo 7 tratamentos com 3 repetições cada, conforme a descrição: Tratamento 1: Testemunha recebeu calagem e adubação (menos a nitrogenada). Tratamento 2: A uréia marcada foi aplicada no plantio incorporada ao solo, as adubações em cobertura, com 35 e 70 dias com uréia não marcada. Tratamento 3: A uréia marcada foi aplicada em cobertura aos 35 dias após o plantio, ficando a primeira adubação incorporada e a última em cobertura com uréia não marcada. Tratamento 4: A uréia marcada foi aplicada em cobertura aos 70 dias, ficando as duas primeiras adubações com uréia não marcada. Os Tratamentos 5, 6 e 7 foram repetições dos 2, 3 e 4, substituindo-se a fonte uréia pelo sulfato de amônio. Foram analisados o solo, a água drenada, as plantas e os grãos. Na condição em que foi feito o experimento, o sulfato de amônio apresentou uma eficiência média de 44,43% e a uréia 30,67%. Quanto à época de aplicação o sulfato projetou uma melhor eficiência aos 35 dias, com um valor médio de 66,57%. Já a uréia deu uma resposta completamente oposta, indicando ser o plantio e os 70 dias como as melhores épocas de adubação, com eficiências médias de 30,81% e 46,99% respectivamente. O 15N resgatado da água de drenada não ultrapassou a 0,22% do aplicado. As raízes retiveram cerca de 7,07% dos adubos, o solo 14,96% e as perdas médias estimadas para a volatilização foram de 47,63%. The study was developed at Centro de Energia Nuclear na Agricultura (C.E.N.A.), Piracicaba, SP, from october 20 th 1987 to may rd 1988, in vases under green house conditions, the objective was to quantify the efficience of ammonium sulfate and urea fertilizers applied at different periods, and urea fertilizers applied at different periods, and the flooded rice to demand hydric of using Amazon floodplain (varzea) soil. The fertilization and irrigation schemes adopted were identical to the ones currenthy in use in South and Southeastern regions of Brazil. The Liming and fertilization followed the rules of nº 100 IAC Bulletin, for irrigated rice, with the exception of nitrogen, where the equivalent to 100 kg N/ha was applied splited three times: at planting and 35 and 70 days after. The N sources used were ammonium sulfate, (natural and marked with 10,137% of 15N) and urea (natural and marked with 10,772% of 15N). The cultivar used was the IAC 4440. The experiment consisted of 21 vases with 3 plants each where a constant head of 4 cm was maintained. Leached water was collected during the period between Dec. /22 nd/87 to april/18 th/88. The average value for evapotranspiration was 12,62 mm/day. With three other vases, under the same conditions, but without plants, the average evaporation was 4mm/day. By subtractin the average value of transpiration was calculated to be 10 mm/day. Completely randon statistical treatment was used with seven treatments and three replication, as gotlawed: Treatment 1: control, limed and fertilized (no nitrogen). Treatment 2: The Labelled urea was applied at planting mixed with soil. From other aplication of N were marche at 35 and 70 days with natural urea Treatment 3: The labelled urea was applied at 35 days after planting, the other two (planting and 70 days) received natural urea. Treatment 4: The Labelled was applied at the 70 th day after planting. The other two were done with natural urea.The Treatment 5, 6 and 7 were repetitions of 2, 3 and 4, replacing the urea source by ammonium sulfate.The soil, the leached water, plants and grain were analysed. Under the experimental condition, used the ammonium sulfate showed and average efficiency of (44,22%) and the urea (30,44%). With regard to the application period, the sulfate showed a better efficiency at 35 days with an average value of (66,20%). The urea showed an opposite trend with better indicating the efficiencies at plantings (28%) and 70 days (34%) with average efficiency of (30,64% and (46,85%) respectively. The 15N in the leached water was less than (0,57%) of the applied. The roots recovered around (70,6%) of the fertilizers nitrogen, the soil 16,57% and the average losses for volatilization and denitrification were (47,63%). https://doi.org/10.11606/T.11.1991.tde-20210104-185613info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:39:43Zoai:teses.usp.br:tde-20210104-185613Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:01:50.306938Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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