Análise espacial do crescimento de Maurolicus stehmanni (Teleostei:Sternoptychidae) na região sul-sudeste do Brasil, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos Saggitae
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-29062009-163213/ |
Resumo: | Maurolicus stehamanni é a espécie pelágica mais abundante no ecossistema de Quebra de Plataforma da Região Sudeste e Sul do Brasil, sendo o principal componente da dieta dos atuns e das lulas. Com base em amostras coletadas com o N/Oc Atlântico Sul em três épocas do ano distintas, neste estudo foi comparado o crescimento da espécie em duas diferentes localidades, Cabo Frio (RJ) na região Sudeste, e Rio Grande (RS) na região Sul, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos saggitae. Foram analisadas as variáveis: Comprimento padrão, Peso, Sexo, Raio do Otólito, Tamanho do Rostrum, a Espessura de 15 microincrementos consecutivos, Área e Perímetro da linha dos otólitos e a Idade dos peixes obtida por meio da contagem dos microincrementos. Os dados foram analisados por meio de métodos gráficos, análises de variância (ANOVA) e covariância (ANCOVA). As relações entre as variáveis foram modeladas, utilizando-se modelos lineares e não lineares, e comparadas entre as duas regiões. Ficou demonstrada a existência de variações significativas no crescimento entre os indivíduos dessas Regiões. Os peixes da Região Sudeste são maiores, em tamanho e massa e mais velhos, apresentando espessuras dos microincrementos significativamente maiores do que os da Região Sul, fatos que indicam uma maior taxa de crescimento dos peixes na Região Sudeste. Os peixes do Sudeste apresentam, em média, para uma mesma idade, menor Raio, Área e Perímetro dos otólitos, fato atribuído a um efeito da taxa de crescimento, como constatado para outras espécies do gênero. Um novo método gráfico foi elaborado para representar as mudanças ontogenéticas que ocorrem no formato dos otólitos ao longo do crescimento, utilizando-se sua silhueta e os índices de forma: Circulariedade e o Fator de Forma, os quais foram comparados entre Regiões. Apesar das diferenças citadas, semelhanças foram detectadas entre as regiões, para os parâmetros do modelo de von Bertalanffy do Sudeste (L= 48,04 mm e k= 0,01 dias -1) e do Sul (L =46, 12 mm e k= 0,01 dias -1) e, no formato dos otólitos. Hipóteses sobre as tais diferenças e semelhanças foram levantadas e discutidas. |
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Análise espacial do crescimento de Maurolicus stehmanni (Teleostei:Sternoptychidae) na região sul-sudeste do Brasil, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos SaggitaeSpatial analisys of growth of maurolicus stehmanni (Teleostei: stenoptychidae) from south and southeastern Brazil Region, using otoliths microstructure, morfology and ontogenyanálise espacialcrescimentogrowthmicroestruturamorpfologyotolithotólitosspatial analisysMaurolicus stehamanni é a espécie pelágica mais abundante no ecossistema de Quebra de Plataforma da Região Sudeste e Sul do Brasil, sendo o principal componente da dieta dos atuns e das lulas. Com base em amostras coletadas com o N/Oc Atlântico Sul em três épocas do ano distintas, neste estudo foi comparado o crescimento da espécie em duas diferentes localidades, Cabo Frio (RJ) na região Sudeste, e Rio Grande (RS) na região Sul, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos saggitae. Foram analisadas as variáveis: Comprimento padrão, Peso, Sexo, Raio do Otólito, Tamanho do Rostrum, a Espessura de 15 microincrementos consecutivos, Área e Perímetro da linha dos otólitos e a Idade dos peixes obtida por meio da contagem dos microincrementos. Os dados foram analisados por meio de métodos gráficos, análises de variância (ANOVA) e covariância (ANCOVA). As relações entre as variáveis foram modeladas, utilizando-se modelos lineares e não lineares, e comparadas entre as duas regiões. Ficou demonstrada a existência de variações significativas no crescimento entre os indivíduos dessas Regiões. Os peixes da Região Sudeste são maiores, em tamanho e massa e mais velhos, apresentando espessuras dos microincrementos significativamente maiores do que os da Região Sul, fatos que indicam uma maior taxa de crescimento dos peixes na Região Sudeste. Os peixes do Sudeste apresentam, em média, para uma mesma idade, menor Raio, Área e Perímetro dos otólitos, fato atribuído a um efeito da taxa de crescimento, como constatado para outras espécies do gênero. Um novo método gráfico foi elaborado para representar as mudanças ontogenéticas que ocorrem no formato dos otólitos ao longo do crescimento, utilizando-se sua silhueta e os índices de forma: Circulariedade e o Fator de Forma, os quais foram comparados entre Regiões. Apesar das diferenças citadas, semelhanças foram detectadas entre as regiões, para os parâmetros do modelo de von Bertalanffy do Sudeste (L= 48,04 mm e k= 0,01 dias -1) e do Sul (L =46, 12 mm e k= 0,01 dias -1) e, no formato dos otólitos. Hipóteses sobre as tais diferenças e semelhanças foram levantadas e discutidas.Maurolicus stehamanni is the most abundant pelagic fish in the Slope Ecosystem of the South and Southeastern Brazil Region, being the main component of the diet of tunas and squids. Based on samples collected with the R.V. Atlantico Sul in three distinct seasons of the year, the main objective of this study was to compare the growth of the species between two different localities, Cabo Frio (RJ) in the Southeastern Region, and the Rio Grande (RS) in the South, through the analysis of the microstructure, morphology and ontogeny of otoliths. The following variables were evaluated: Standard Length, Weight, Sex, Otolith length, Size of the Rostrum, Width of 15 Consecutive Microincrements, Area, Perimeter of the otolith contour line and Age. Data were analyzed through graphical methods, analyses of variance (ANOVA) and covariance (ANCOVA). The relationships between the variables were modeled, using linear and non linear models, which were compared between the regions. It was found significant variations in growth between regions. Fish from the Southeast Region were bigger, in size and mass, and older, presenting microincrements width significantly larger than of the South region, indicating a higher growth rate of the specimens from the Southeast region. The fish from Southeast region presented on average, at a same age, smaller Lenght, Area and Perimeter of the otoliths, which can be attributed to a growth rate effect, as verified in other species of the genera. A novel graphic approach was performed in order to represent the ontogenetic changes in the shape of the otoliths during the growth, using its silhouette and indices of form, Circularity and the Form Factor. Despite of those differences, similarities were detected between the fish from the two regions for the parameters of the von Bertalanffy´s model, Southeast (L= 48,04 mm and k = 0,01 days-1) and South ( L = 46.12 mm and k = 0,01 days-1), and for the otolith´s shape. Hypotheses about variations and similarities were raised and discussed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPWongtschowski, Carmen Lucia Del Bianco RossiCarmo, Andre Bellucco do2008-09-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-29062009-163213/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-29062009-163213Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Maurolicus stehamanni é a espécie pelágica mais abundante no ecossistema de Quebra de Plataforma da Região Sudeste e Sul do Brasil, sendo o principal componente da dieta dos atuns e das lulas. Com base em amostras coletadas com o N/Oc Atlântico Sul em três épocas do ano distintas, neste estudo foi comparado o crescimento da espécie em duas diferentes localidades, Cabo Frio (RJ) na região Sudeste, e Rio Grande (RS) na região Sul, utilizando a microestrutura, a morfologia e a ontogenia dos otólitos saggitae. Foram analisadas as variáveis: Comprimento padrão, Peso, Sexo, Raio do Otólito, Tamanho do Rostrum, a Espessura de 15 microincrementos consecutivos, Área e Perímetro da linha dos otólitos e a Idade dos peixes obtida por meio da contagem dos microincrementos. Os dados foram analisados por meio de métodos gráficos, análises de variância (ANOVA) e covariância (ANCOVA). As relações entre as variáveis foram modeladas, utilizando-se modelos lineares e não lineares, e comparadas entre as duas regiões. Ficou demonstrada a existência de variações significativas no crescimento entre os indivíduos dessas Regiões. Os peixes da Região Sudeste são maiores, em tamanho e massa e mais velhos, apresentando espessuras dos microincrementos significativamente maiores do que os da Região Sul, fatos que indicam uma maior taxa de crescimento dos peixes na Região Sudeste. Os peixes do Sudeste apresentam, em média, para uma mesma idade, menor Raio, Área e Perímetro dos otólitos, fato atribuído a um efeito da taxa de crescimento, como constatado para outras espécies do gênero. Um novo método gráfico foi elaborado para representar as mudanças ontogenéticas que ocorrem no formato dos otólitos ao longo do crescimento, utilizando-se sua silhueta e os índices de forma: Circulariedade e o Fator de Forma, os quais foram comparados entre Regiões. Apesar das diferenças citadas, semelhanças foram detectadas entre as regiões, para os parâmetros do modelo de von Bertalanffy do Sudeste (L= 48,04 mm e k= 0,01 dias -1) e do Sul (L =46, 12 mm e k= 0,01 dias -1) e, no formato dos otólitos. Hipóteses sobre as tais diferenças e semelhanças foram levantadas e discutidas. |
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