Os murais zapatistas e a estética tzotzil: pessoa, política e território em Polhó, México

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maciel, Lucas da Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-11042019-112858/
Resumo: Esta dissertação é um estudo etnográfico sobre a arte mural zapatista. Os murais com os quais trabalhamos se encontram pintados nas paredes dos edifícios públicos que abrigam as atividades organizativas do movimento. À pesquisa interessa perseguir uma filosofia do aparecimento entre os índios tzotziles de San Pedro Polhó. Nela, nos questionamos pelo estatuto da arte mural difundida pelos territórios autônomos buscando nos encontrar com a sua eficácia estética a partir de uma criatividade nativa, sob o olhar dos sanpedrinos. A pergunta central que a organiza é o que faz um mural zapatista?. Atentaremos, para isso, para o modo em que os tzotziles de San Pedro o entendem. Argumentamos que a arte mural é vista como uma técnica de variação ontológica e de produção da unidade virtual do movimento zapatista, indicando um acoplamento entre pessoas e a possibilidade da conjunção, o que permite que o zapatismo seja entendido como uma comunidade estendida. Neste contexto, o mural faz aparecer a condição zapatista, resultando e ativando relações ao torná-las visíveis. O território autônomo se configura, então, como uma rede de lugares, pontos em que os zapatistas emergem e podem encontra-se com outros zapatistas a partir de uma filosofia da assemelhação.
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