Expressão da glicoproteína G (RVGP) e proteína de matriz (M) do vírus da raiva utilizando baculovírus recombinante
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-25092023-113416/ |
Resumo: | A raiva é uma doença zoonótica antiga e ainda hoje causa a morte de mais de 60.000 pessoas em todo o mundo a cada ano. O vírus da raiva codifica 5 proteínas, entre elas a glicoproteína (RVGP) e a proteína de matriz (RVM). A RVGP é a única proteína exposta na superfície da partícula viral e é mediadora da adesão e entrada do vírus na célula hospedeira, e tem a capacidade de induzir resposta imune com formação de anticorpos neutralizantes. Já a proteína de matriz tem sido descrita com inúmeras funções, entre elas, está a sua capacidade de auxiliar no processo de produção de partículas semelhantes a vírus (VLPs). As VLPS têm sido produzidas em diferentes sistemas de expressão, como o sistema de baculovírus recombinantes. Esse sistema tem se destacado para a produção e expressão de proteínas heterólogas. Para este trabalho, nós construímos dois bacmídeos recombinantes portadores dos genes da RVGP e RVM. Esses bacmídeos foram utilizados para transfectar células Sf9, para a produção dos lotes virais. Os lotes virais foram titulados utilizando células SF9 Easy Titer . A partir dos ensaios de infecção e coinfecção nós padronizamos o melhor MOI e o tempo de coleta das VLPs. O sobrenadante celular foi coletado, concentrado e purificado por gradiente de sacarose. Cada etapa foi utilizada para detecção das proteínas por imunoensaios, como dot blot, western blot e ELISA (para a RVGP). Utilizando o gradiente de sacarose com frações de 10, 30 e 50% foi possível verificar a separação das VLPs dos BVs recombinantes. Através da técnica de contrastação negativa visualizamos estruturas que se assemelham a VLPs de raiva, produzidas em células de inseto, assim como também observávamos os BVs recombinantes. Vale ressaltar que as VLPs e os BVs foram detectados em diferentes frações do gradiente de sacarose. Com a utilização do ELISA para dosar a RVGP total conseguimos verificar a eficiência de recuperação das VLPs em cada etapa do processo de purificação. Esses dados nos permitiram concluir que obtivemos uma boa produção de lotes com altos títulos virais; através das técnicas de imunodetecção observamos as proteínas no tamanho esperado, tanto na infecção quanto na coinfecção; os métodos para purificação das VLPs necessitam ser otimizados, porém o gradiente de sacarose nos mostrou ser eficiente para a separação das VLPs dos BVs recombinantes. |
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Expressão da glicoproteína G (RVGP) e proteína de matriz (M) do vírus da raiva utilizando baculovírus recombinanteExpression of glycoprotepin G (RVGP) and matrix protein (M) of rabies virus using recombinant baculovirusVirus-Like ParticlesVirus-Like ParticlesBaculovírus recombinanteGlicoproteína do vírus da raivaProteína de Matriz do vírus da raivaRabies envelope glycoproteinRabies matrix proteinRecombinant BaculovirusA raiva é uma doença zoonótica antiga e ainda hoje causa a morte de mais de 60.000 pessoas em todo o mundo a cada ano. O vírus da raiva codifica 5 proteínas, entre elas a glicoproteína (RVGP) e a proteína de matriz (RVM). A RVGP é a única proteína exposta na superfície da partícula viral e é mediadora da adesão e entrada do vírus na célula hospedeira, e tem a capacidade de induzir resposta imune com formação de anticorpos neutralizantes. Já a proteína de matriz tem sido descrita com inúmeras funções, entre elas, está a sua capacidade de auxiliar no processo de produção de partículas semelhantes a vírus (VLPs). As VLPS têm sido produzidas em diferentes sistemas de expressão, como o sistema de baculovírus recombinantes. Esse sistema tem se destacado para a produção e expressão de proteínas heterólogas. Para este trabalho, nós construímos dois bacmídeos recombinantes portadores dos genes da RVGP e RVM. Esses bacmídeos foram utilizados para transfectar células Sf9, para a produção dos lotes virais. Os lotes virais foram titulados utilizando células SF9 Easy Titer . A partir dos ensaios de infecção e coinfecção nós padronizamos o melhor MOI e o tempo de coleta das VLPs. O sobrenadante celular foi coletado, concentrado e purificado por gradiente de sacarose. Cada etapa foi utilizada para detecção das proteínas por imunoensaios, como dot blot, western blot e ELISA (para a RVGP). Utilizando o gradiente de sacarose com frações de 10, 30 e 50% foi possível verificar a separação das VLPs dos BVs recombinantes. Através da técnica de contrastação negativa visualizamos estruturas que se assemelham a VLPs de raiva, produzidas em células de inseto, assim como também observávamos os BVs recombinantes. Vale ressaltar que as VLPs e os BVs foram detectados em diferentes frações do gradiente de sacarose. Com a utilização do ELISA para dosar a RVGP total conseguimos verificar a eficiência de recuperação das VLPs em cada etapa do processo de purificação. Esses dados nos permitiram concluir que obtivemos uma boa produção de lotes com altos títulos virais; através das técnicas de imunodetecção observamos as proteínas no tamanho esperado, tanto na infecção quanto na coinfecção; os métodos para purificação das VLPs necessitam ser otimizados, porém o gradiente de sacarose nos mostrou ser eficiente para a separação das VLPs dos BVs recombinantes.Rabies is an ancient zoonotic disease and still causes the deaths of over 60,000 people worldwide each year. The rabies lyssavirus encodes 5 proteins, including glycoprotein (RVGP) and matrix protein (RVM). RVGP is the only protein exposed on the surface of the viral particle and mediates virus adhesion and entry into the host cell, and is capable of inducing immune response with neutralizing antibody formation. Already the matrix protein has been described with numerous functions, among them is its ability to assist in the process of production of virus-like particles (VLPs). VLPS have been produced in different expression systems, such as the recombinant baculovirus system. This system has been outstanding for the production and expression of heterologous proteins. For this work, we built two recombinant bacmids carrying the RVGP and RVM genes. These bacmids were used to transfect Sf9 cells for the production of viral lots. Viral lots were titrated using SF9 Easy Titer cells. From the infection and coinfection assays we standardized the best MOI and the collection time of the VLPs. Cell supernatant was collected, concentrated and purified by sucrose gradient. Each step was used for protein detection by immunoassays such as dot blot, western blot and ELISA (for RVGP). Using the sucrose gradient with fractions of 10, 30 and 50% it was possible to verify the separation of VLPs from recombinant BVs. Through the negative contrast technique we visualized structures resembling rabies VLPs produced in insect cells, as we also observed recombinant BVs. It is worth mentioning, that VLPs and BVs were detected in different fractions of the sucrose gradient. Using ELISA to measure total RVGP we were able to verify the recovery efficiency of VLPs at each stage of the purification process. These data allowed us to conclude that we obtained a good production of lots with high viral titers; Through immunodetection techniques we observed proteins of the expected size, both in infection and in co-infection; The methods for purification of the VLPs need to be optimized, but the sucrose gradient showed us to be efficient for the separation of VLPs from recombinant BVs.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJorge, Soraia Attie CalilBernardino, Thaissa Consoni2019-09-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-25092023-113416/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-09-26T13:15:02Zoai:teses.usp.br:tde-25092023-113416Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-09-26T13:15:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A raiva é uma doença zoonótica antiga e ainda hoje causa a morte de mais de 60.000 pessoas em todo o mundo a cada ano. O vírus da raiva codifica 5 proteínas, entre elas a glicoproteína (RVGP) e a proteína de matriz (RVM). A RVGP é a única proteína exposta na superfície da partícula viral e é mediadora da adesão e entrada do vírus na célula hospedeira, e tem a capacidade de induzir resposta imune com formação de anticorpos neutralizantes. Já a proteína de matriz tem sido descrita com inúmeras funções, entre elas, está a sua capacidade de auxiliar no processo de produção de partículas semelhantes a vírus (VLPs). As VLPS têm sido produzidas em diferentes sistemas de expressão, como o sistema de baculovírus recombinantes. Esse sistema tem se destacado para a produção e expressão de proteínas heterólogas. Para este trabalho, nós construímos dois bacmídeos recombinantes portadores dos genes da RVGP e RVM. Esses bacmídeos foram utilizados para transfectar células Sf9, para a produção dos lotes virais. Os lotes virais foram titulados utilizando células SF9 Easy Titer . A partir dos ensaios de infecção e coinfecção nós padronizamos o melhor MOI e o tempo de coleta das VLPs. O sobrenadante celular foi coletado, concentrado e purificado por gradiente de sacarose. Cada etapa foi utilizada para detecção das proteínas por imunoensaios, como dot blot, western blot e ELISA (para a RVGP). Utilizando o gradiente de sacarose com frações de 10, 30 e 50% foi possível verificar a separação das VLPs dos BVs recombinantes. Através da técnica de contrastação negativa visualizamos estruturas que se assemelham a VLPs de raiva, produzidas em células de inseto, assim como também observávamos os BVs recombinantes. Vale ressaltar que as VLPs e os BVs foram detectados em diferentes frações do gradiente de sacarose. Com a utilização do ELISA para dosar a RVGP total conseguimos verificar a eficiência de recuperação das VLPs em cada etapa do processo de purificação. Esses dados nos permitiram concluir que obtivemos uma boa produção de lotes com altos títulos virais; através das técnicas de imunodetecção observamos as proteínas no tamanho esperado, tanto na infecção quanto na coinfecção; os métodos para purificação das VLPs necessitam ser otimizados, porém o gradiente de sacarose nos mostrou ser eficiente para a separação das VLPs dos BVs recombinantes. |
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