Enfermeiras negras na Revolução Constitucionalista de 1932

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Löw, Lily
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-06092013-170330/
Resumo: Este estudo tem por objetivo identificar e analisar a participação de mulheres negras na Revolução Constitucionalista de 1932, bem como compreender a formação da história da Legião Negra, que contou com um grupo de mulheres que tinha por missão cuidar dos combatentes feridos desse conflito, daí serem chamadas enfermeiras. Com isso, pretende-se colaborar com os estudos sobre questões étnicas no âmbito da enfermagem, para, a partir de fontes documentais preservadas em arquivos históricos, alcançar as origens, a estrutura organizacional, a dinâmica de funcionamento, os métodos de arregimentação e o desempenho das mulheres negras no front de batalha. A Revolução Constitucionalista de 1932 foi considerada, por diversos autores, como o maior conflito armado já ocorrido em solo brasileiro e contou com a participação de diferentes etnias. Neste sentido, pretende-se identificar como e porque aquelas mulheres foram caracterizadas e cognominadas como enfermeiras. Embora a escravidão tenha sido legalmente abolida no país, ainda no período imperial, na República, que o sucedeu, o racismo continuou a persistir na sociedade. Como segmento dessa sociedade, a enfermagem, como profissão, que tem entre suas funções principais cuidar de doentes, também refletia esse racismo, de forma clara ou velada. De fato, pode-se dizer que tal preconceito perdura até os dias de hoje nos espaços sociais de trabalho do pessoal de enfermagem, como demonstram as atuais políticas públicas de saúde e campanhas ministeriais voltadas para o combate às formas de intolerância em relação aos brasileiros de origem africana.
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