Sistemas deposicionais e modelo de sedimentação das Formações Campos e Emborê, Bacia de Campos, Rio de Janeiro, Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1977 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44132/tde-14082015-093957/ |
Resumo: | O objetivo principal da presente tese é a definição dos sistemas deposicionais das Formações Campos e Emborê e o reconhecimento do modelo de sedimentação envolvido. Esta seqüência sedimentar foi depositada a partir do Cretáceo Superior, após a individualização da Bacia de Campos na recém formada margem continental brasileira. Com base em dados de poços de petróleo e de levantamentos sísmicos de reflexão realizados pela PETROBRÁS, foram reconhecidos quatro sistemas deposicionais: Sistema Deltaico Emborê, Sistema Leque Deltaico Guriri, Sistema Plataforma Carbonática Siri e Sistema Talude Continental-Campos. O Sistema Deltaico Emborê é o gerador dos sedimentos da unidade estratigráfica homônima. Constituída por duas principais fácies, cordões litorâneos e barras de distributários, esta unidade genética domina a sedimentação parélica na bacia a partir do Oligoceno. Evidências geológicas dentro e fora da Bacia de Campos apontam o Rio Paraíba como alimentador deste paleo delta que, geneticamente, é classificado como destrutivo dominado por ondas. O Sistema Leque Deltaico Guriri é representado essencialmente pela fácies distal e corresponde parcialmente, ao Membro Guriri da Formação Campos. Durante o período de seu maior desenvolvimento, que se estende do Eoceno ao Oligoceno, este sistema foi alimentado por uma drenagem implantada paralelamente à atual casta do Rio de Janeiro, ao longo de \"rift\" da Guanabara. Ambos os sistemas parálticos acima citados progradaram, em vários ciclos sedimentares, sobre uma plataforma continental dominada por sedimentação carbonática. Estes sedimentos representam o Sistema Plataforma Carbonática Siri que é constituído por dois depósitos; o primeiro, de idade eocênica, é parcialmente contemporâneo do leque Deltaico Guriri; o segundo, mais desenvolvido, tem sua maior extensão durante o Oligoceno, decrescendo concomitantemente com a progradação dos Sistema Deltaico Emborê. Finalmente, o Sistema Continental Campos representa a sedimentação de águas profundas. Desenvolvido desde o Cretáceo Superior até o Pleioceno, este sistema teve sua sedimentação inteiramente condicionada pela morfologia da margem continental fluminense. Quatro fases evolutivas são reconhecidas, com específicas associações das fácies sedimentares. Estas incluem depósitos e hemipelagitos, cone submarino, leques submarinos de origem turbidítica e borda continental. As relações estratigráficas e as principais características desses sistemas deposicionais são mostrados em oito seções sísmico-estratigráficas, interpretadas a partir da correlação com os perfis geofísicos dos poços profundos. Estas seções estenderam o controle estratigráfico por toda a bacia, permitindo o mapeamento, em sub-superfície dos principais sistemas deposicionais. A partir do arranjo tridimensional destes e da analogia com exemplos modernos e antigos obteve-se o modelo de sedimentação. A metodologia aqui empregada revelou uma excelente resolução em problemas de análise de bacias sedimentares submersas e, particularmente, na delimitação de áreas favoráveis à ocorrência de acumulações de petróleo. |
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