Estudo da visão de cores, percepção de formas e espaço em pacientes com esclerose múltipla
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-03042009-102130/ |
Resumo: | A presente dissertação objetiva avaliar a visão de cores dos pacientes com EM (com e sem queixas visuais), através de teste psicofísicos e a percepção de formas e espaço, através de testes neuropsicológicos, além de investigar a existência de correlação entre essas funções. Participaram da pesquisa um total de 35 pacientes (9 M e 27 F) com o diagnóstico de EM, com idades entre 18 e 60 anos (média 36,84±10,49), e nível de educação variado, e 36 controles com faixa etária e nível escolar equivalente. Os pacientes possuíam acuidade visual 20/20, ou melhor e foram divididos em dois grupos: um com neurite óptica (NO n=52) outro sem NO (n=17). Foram utilizados os testes: Cambridge Color Test (CCT) fase trivector e elipse, Judgment of line orientation (JLO), visual form discrination (VFD), Bateria de percepção visual de objeto e espaço (VOSP), e as Escalas de depressão e ansiedade de Beck. Os resultados mostram diferenças entre grupos (anova OneWay), nos três eixos analisados (protan, deutan e tritan) e nas áreas das elipses em todos os grupos, (p0,005) indicando que a visão de cores está prejudicada em ambos os sistemas de oponência, sendo que a ocorrência de NO está associada a maior prejuízo, mas há perda da visão de cores mesmo na ausência de NO. Dos olhos sem NO 52% possui áreas das elipses normais (27/52), 27% possui deficiência difusa (14/52), 13% no eixo tritan (7/52), 6% no eixo protan (3/52) e 2% no deutan (1/52), indicando que a incidência de prejuízo difuso é maior entre estes pacientes. Dos olhos com NO, somente 18% (3/17) possui área das elipses dentro da normalidade, 34% possui deficiência no eixo deutan (6/17), 18% deficiência nos eixos protan e difusa (3/17) e 12% no eixo tritan (2/17), indicando que a incidência de prejuízo no eixo verde-vermelho é maior. Existe diferença estatística (kruskal-Wallis) nos testes VOSP2 entre os grupos CT x EM e CT x NO, no VOSP3 entre os grupos CT x NO e EM x NO e no VOSP8 entre os grupos CT x EM (p0,005), indicando que tanto a via de percepção de objeto, forma e cor (parvo), quanto à via de percepção de espaço estão comprometidas. Verificamos aumento da perda de visão de cores, com o aumento da idade, nos paciente com EM, nos eixos tritan (CT 1,53±0,27 EM 2,97±0,75) e deutan (CT 0,61±0,13 EM 1,35±0,53), indicando que a EM, intensifica a perda da visão de cores com o aumento da idade. Existe correlação entre o eixo tritan e os testes de percepção de objetos, VOSP3 e discriminação visual de formas, além do testes VOSP8 de percepção de espaço. No eixo deutan encontramos correlações com os testes decisão de objetos (VOSP3) e análise de cubos (p0,005). |
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Estudo da visão de cores, percepção de formas e espaço em pacientes com esclerose múltiplaStudy of color vision, perception of shapes and space in patients with multiple sclerosisColor discriminationDiscriminação de coresEsclerose múltiplaForm and shape PerceptionMultiple sclerosisNeuropsicologiaNeuropsychologyPercepção da formaPercepção espacialSpatial PerceptionA presente dissertação objetiva avaliar a visão de cores dos pacientes com EM (com e sem queixas visuais), através de teste psicofísicos e a percepção de formas e espaço, através de testes neuropsicológicos, além de investigar a existência de correlação entre essas funções. Participaram da pesquisa um total de 35 pacientes (9 M e 27 F) com o diagnóstico de EM, com idades entre 18 e 60 anos (média 36,84±10,49), e nível de educação variado, e 36 controles com faixa etária e nível escolar equivalente. Os pacientes possuíam acuidade visual 20/20, ou melhor e foram divididos em dois grupos: um com neurite óptica (NO n=52) outro sem NO (n=17). Foram utilizados os testes: Cambridge Color Test (CCT) fase trivector e elipse, Judgment of line orientation (JLO), visual form discrination (VFD), Bateria de percepção visual de objeto e espaço (VOSP), e as Escalas de depressão e ansiedade de Beck. Os resultados mostram diferenças entre grupos (anova OneWay), nos três eixos analisados (protan, deutan e tritan) e nas áreas das elipses em todos os grupos, (p0,005) indicando que a visão de cores está prejudicada em ambos os sistemas de oponência, sendo que a ocorrência de NO está associada a maior prejuízo, mas há perda da visão de cores mesmo na ausência de NO. Dos olhos sem NO 52% possui áreas das elipses normais (27/52), 27% possui deficiência difusa (14/52), 13% no eixo tritan (7/52), 6% no eixo protan (3/52) e 2% no deutan (1/52), indicando que a incidência de prejuízo difuso é maior entre estes pacientes. Dos olhos com NO, somente 18% (3/17) possui área das elipses dentro da normalidade, 34% possui deficiência no eixo deutan (6/17), 18% deficiência nos eixos protan e difusa (3/17) e 12% no eixo tritan (2/17), indicando que a incidência de prejuízo no eixo verde-vermelho é maior. Existe diferença estatística (kruskal-Wallis) nos testes VOSP2 entre os grupos CT x EM e CT x NO, no VOSP3 entre os grupos CT x NO e EM x NO e no VOSP8 entre os grupos CT x EM (p0,005), indicando que tanto a via de percepção de objeto, forma e cor (parvo), quanto à via de percepção de espaço estão comprometidas. Verificamos aumento da perda de visão de cores, com o aumento da idade, nos paciente com EM, nos eixos tritan (CT 1,53±0,27 EM 2,97±0,75) e deutan (CT 0,61±0,13 EM 1,35±0,53), indicando que a EM, intensifica a perda da visão de cores com o aumento da idade. Existe correlação entre o eixo tritan e os testes de percepção de objetos, VOSP3 e discriminação visual de formas, além do testes VOSP8 de percepção de espaço. No eixo deutan encontramos correlações com os testes decisão de objetos (VOSP3) e análise de cubos (p0,005).To assess color vision, form and space perception in patients with clinical diagnosis of multiple sclerosis, with or without history of optic neuritis. Methods: We evaluated 35 patients (27F; 9M; mean age = 36.84±10.49 years) with diagnosis of multiple sclerosis. All patients had visual acuity between 0 and 0.1 logMAR and presented no alterations in a complete ophthalmologic exam. We compared the results with 36 control subjects, matched in age and school level. Color discrimination was performed with Cambridge Colour Test (CCT) along the protan, deutan and tritan cone isolation axes. All patients were evaluated monocularly in both eyes. In neuropsychological evaluation, for space and form perception, we used Judgment of Line Orientation (JLO), Visual Form Discrimination (VFD), Visual Object and Space Perception Test (VOSP), and the depression and anxiety of Beck Scales. Results: Color discrimination measured in both groups differed significantly from the control group in all Trivector axes and in the ellipses areas (p < 0.005). Eyes with history of optic neuritis were associated whit larger damage. MS patients presented a progressive color discrimination impairment with age (along the deutan and tritan axes) that was almost two times faster than controls, even in the absence of ON. In neuropsychological evaluation, MS group presented statistical differences from control group in VOSP silhouettes, objects and cubs tests (p0,005). Conclusions: Most of the central visual functions were impaired in patients with ME, who had no impairment in visual acuity. Episodes of optic neuritis are a factor that increases the chance of reduction in color discrimination. Correlations between color vision and neuropsychological evaluation suggest that losses in chromatic discrimination leads to damage in neuropsychological tests performance. These findings suggest that demyelinating diseases intensify the loss of colors vision with age and reduce sensitivity to color vision in both red-green and blue-yellow axes, implying impairment in both parvocellular and koniocellular visual pathways as well as dorsal and ventral pathways, according to results in neuropsychological tests. Key words: Multiple Sclerosis, Color Vision, Neuropsychological TestsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVentura, Dora Selma FixTeixeira, Rosani Aparecida Antunes2008-02-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-03042009-102130/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-03042009-102130Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A presente dissertação objetiva avaliar a visão de cores dos pacientes com EM (com e sem queixas visuais), através de teste psicofísicos e a percepção de formas e espaço, através de testes neuropsicológicos, além de investigar a existência de correlação entre essas funções. Participaram da pesquisa um total de 35 pacientes (9 M e 27 F) com o diagnóstico de EM, com idades entre 18 e 60 anos (média 36,84±10,49), e nível de educação variado, e 36 controles com faixa etária e nível escolar equivalente. Os pacientes possuíam acuidade visual 20/20, ou melhor e foram divididos em dois grupos: um com neurite óptica (NO n=52) outro sem NO (n=17). Foram utilizados os testes: Cambridge Color Test (CCT) fase trivector e elipse, Judgment of line orientation (JLO), visual form discrination (VFD), Bateria de percepção visual de objeto e espaço (VOSP), e as Escalas de depressão e ansiedade de Beck. Os resultados mostram diferenças entre grupos (anova OneWay), nos três eixos analisados (protan, deutan e tritan) e nas áreas das elipses em todos os grupos, (p0,005) indicando que a visão de cores está prejudicada em ambos os sistemas de oponência, sendo que a ocorrência de NO está associada a maior prejuízo, mas há perda da visão de cores mesmo na ausência de NO. Dos olhos sem NO 52% possui áreas das elipses normais (27/52), 27% possui deficiência difusa (14/52), 13% no eixo tritan (7/52), 6% no eixo protan (3/52) e 2% no deutan (1/52), indicando que a incidência de prejuízo difuso é maior entre estes pacientes. Dos olhos com NO, somente 18% (3/17) possui área das elipses dentro da normalidade, 34% possui deficiência no eixo deutan (6/17), 18% deficiência nos eixos protan e difusa (3/17) e 12% no eixo tritan (2/17), indicando que a incidência de prejuízo no eixo verde-vermelho é maior. Existe diferença estatística (kruskal-Wallis) nos testes VOSP2 entre os grupos CT x EM e CT x NO, no VOSP3 entre os grupos CT x NO e EM x NO e no VOSP8 entre os grupos CT x EM (p0,005), indicando que tanto a via de percepção de objeto, forma e cor (parvo), quanto à via de percepção de espaço estão comprometidas. Verificamos aumento da perda de visão de cores, com o aumento da idade, nos paciente com EM, nos eixos tritan (CT 1,53±0,27 EM 2,97±0,75) e deutan (CT 0,61±0,13 EM 1,35±0,53), indicando que a EM, intensifica a perda da visão de cores com o aumento da idade. Existe correlação entre o eixo tritan e os testes de percepção de objetos, VOSP3 e discriminação visual de formas, além do testes VOSP8 de percepção de espaço. No eixo deutan encontramos correlações com os testes decisão de objetos (VOSP3) e análise de cubos (p0,005). |
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