São Paulo - Paris, metrópoles fluviais. Ensaio de projeto de arquitetura das orlas do canal Pinheiros inferior, córrego Jaguaré e córrego Água Podre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-16022017-111213/ |
Resumo: | Esta pesquisa integra os estudos desenvolvidos pelo Grupo Metrópole Fluvial da FAUUSP, sobretudo o projeto do Hidroanel Metropolitano de São Paulo, iniciado em 2011. Seu objetivo é propor uma alternativa de reestruturação da metrópole de São Paulo a partir dos rios e canais que a irrigam. São apresentadas duas metrópoles que foram fundadas às margens fluviais: São Paulo e Paris. Para São Paulo, propõe-se um ensaio de projeto de arquitetura das orlas do canal Pinheiros inferior, córrego Jaguaré e córrego Água Podre. O intuito é explorar soluções através de desenhos e definir conceitos que poderiam orientar a retomada dos rios e canais como eixos fundamentais na formação urbana a partir da consideração de suas funções: abastecimento, drenagem, lazer, navegação e energia. Considera-se que somente quando os múltiplos usos da água forem plenamente desenvolvidos, de acordo com as condições e demandas de cada lugar, o espaço urbano poderá ter qualidade ambiental e social. Salienta-se que o uso do espaço fluvial para lazer não é somente aquele restrito aos limites dos leitos, mas também o que se desenvolve nas suas orlas. Articulada à infraestrutura verde, a infraestrutura azul pode ser a base da consolidação de um sistema de parques fluviais que permeiam toda a área urbanizada, de maneira abrangente e capilar, nas diversas escalas, do bairro, da cidade e da metrópole. Acompanhando os desenhos das águas, formados por lagos e canais, os parques nas orlas e a arborização das margens criam caminhos de micro-clima ameno e úmido, propício para o desenvolvimento da fauna e flora urbanas e para o lazer dos moradores. Esses espaços são necessários para prover o bem estar da população. A função de lazer deve sempre ser uma meta, pois é a função que garante a visibilidade dos rios e a demanda de sua manutenção, além da possibilidade de conexão fundamental entre o homem e a natureza do lugar em que ele habita. Paris é apresentada aqui como referência de projeto de arquitetura de infraestruturas urbanas fluviais. Como São Paulo, seus rios já foram imundos e davam vazão a esgoto, inundações eram frequentes e devastadoras, como a mais conhecida de 1810, e a falta d\'água, por outro lado, era um problema constante. Essas questões foram equacionadas e Paris vem desenvolvendo e implementando projetos para que seu rio Sena e os canais Saint Martin e Saint Denis tenham suas orlas projetadas para o passeio de pedestres e ciclistas. A Bacia de la Villette é aqui registrada como exemplo para se analisar as possibilidades paisagísticas e de lazer de uma bacia, (uma dársena ou um lago), ou um canal construídos no meio urbano. Esse lugar é um dos centros atrativos da cidade, de uso diurno e noturno constantes, em todos os dias da semana e por todo tipo de gente. Assistimos desde o século passado a morte dos nossos rios, que permeiam com abundância a região metropolitana. A melhoria das cidades que compõem essa metrópole deve passar por essa constatação e apresentar soluções para recuperar o potencial das águas. Essa pesquisa se propõe a fornecer dados, alternativas e temas para se repensar e discutir o papel que os rios podem ter. |
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São Paulo - Paris, metrópoles fluviais. Ensaio de projeto de arquitetura das orlas do canal Pinheiros inferior, córrego Jaguaré e córrego Água PodreSão Paulo - Paris, fluvial metropolis. Architectural design essay on the edges of lower Pinheiros channel, Jaguaré stream and Água Podre streamCanais fluviaisInfraestrutura urbanaRiosRiver channelsRiversUrban infrastructureEsta pesquisa integra os estudos desenvolvidos pelo Grupo Metrópole Fluvial da FAUUSP, sobretudo o projeto do Hidroanel Metropolitano de São Paulo, iniciado em 2011. Seu objetivo é propor uma alternativa de reestruturação da metrópole de São Paulo a partir dos rios e canais que a irrigam. São apresentadas duas metrópoles que foram fundadas às margens fluviais: São Paulo e Paris. Para São Paulo, propõe-se um ensaio de projeto de arquitetura das orlas do canal Pinheiros inferior, córrego Jaguaré e córrego Água Podre. O intuito é explorar soluções através de desenhos e definir conceitos que poderiam orientar a retomada dos rios e canais como eixos fundamentais na formação urbana a partir da consideração de suas funções: abastecimento, drenagem, lazer, navegação e energia. Considera-se que somente quando os múltiplos usos da água forem plenamente desenvolvidos, de acordo com as condições e demandas de cada lugar, o espaço urbano poderá ter qualidade ambiental e social. Salienta-se que o uso do espaço fluvial para lazer não é somente aquele restrito aos limites dos leitos, mas também o que se desenvolve nas suas orlas. Articulada à infraestrutura verde, a infraestrutura azul pode ser a base da consolidação de um sistema de parques fluviais que permeiam toda a área urbanizada, de maneira abrangente e capilar, nas diversas escalas, do bairro, da cidade e da metrópole. Acompanhando os desenhos das águas, formados por lagos e canais, os parques nas orlas e a arborização das margens criam caminhos de micro-clima ameno e úmido, propício para o desenvolvimento da fauna e flora urbanas e para o lazer dos moradores. Esses espaços são necessários para prover o bem estar da população. A função de lazer deve sempre ser uma meta, pois é a função que garante a visibilidade dos rios e a demanda de sua manutenção, além da possibilidade de conexão fundamental entre o homem e a natureza do lugar em que ele habita. Paris é apresentada aqui como referência de projeto de arquitetura de infraestruturas urbanas fluviais. Como São Paulo, seus rios já foram imundos e davam vazão a esgoto, inundações eram frequentes e devastadoras, como a mais conhecida de 1810, e a falta d\'água, por outro lado, era um problema constante. Essas questões foram equacionadas e Paris vem desenvolvendo e implementando projetos para que seu rio Sena e os canais Saint Martin e Saint Denis tenham suas orlas projetadas para o passeio de pedestres e ciclistas. A Bacia de la Villette é aqui registrada como exemplo para se analisar as possibilidades paisagísticas e de lazer de uma bacia, (uma dársena ou um lago), ou um canal construídos no meio urbano. Esse lugar é um dos centros atrativos da cidade, de uso diurno e noturno constantes, em todos os dias da semana e por todo tipo de gente. Assistimos desde o século passado a morte dos nossos rios, que permeiam com abundância a região metropolitana. A melhoria das cidades que compõem essa metrópole deve passar por essa constatação e apresentar soluções para recuperar o potencial das águas. Essa pesquisa se propõe a fornecer dados, alternativas e temas para se repensar e discutir o papel que os rios podem ter.This research is part of the studies developed by Grupo Metrópole Fluvial from FAUUSP, specially the Sao Paulo Water ring project, which has begun in 2011. It proposes an alternative of restructuring São Paulo metropolis, considering its rivers and canals. Two metropolis are presented, São Paulo and Paris, both were founded along its rivers. It was developped an preliminary study of a fluvial architecture project to São Paulo, to the rive sides of Pinheiros inferior canal, stream Jaguaré and stream Água Podre. The aim is to explore solutions presented by drawings and define concepts that could guide the recovery of rivers and canals as fundamental axes in the urban formation, considering their functions: water supply, drainage, recreation, navigation and energy. Only when the multiple uses of water are entirely activated, according to the needs and conditions of each place, the urban space will be able to have environmental and social quality. It is important to highlight that the use of leisure in the fluvial space is not only limited to the river bed, but it can also happen in its sides. Articulated to the green infrastructure, the blue one could be the base for the insertion of a system of fluvial parks in the whole urbanized area, in a broad and capillary way, in its different scales: neighborhood, city and metropolis. Based on the design of the waters, formed by canals and lakes, the parks on the river side and the plantation of trees on those spaces can create a micro-climate, pleasant and wet, ideal for the urban fauna and flora developments and for the leisure of the inhabitants. Those spaces are necessary to provide the well being of people. The leisure function of the water should always be one of the goals of a hydraulic project. This leisure function is the one that guarantees the visibility of the rivers and the demand of maintenance, and also the fundamental connection between man and nature. Paris is presented here as a reference of fluvial urban infrastructures architectural projects. As São Paulo, its rivers were also polluted e carried sewage, floods were frequents and devastating, as the remarking one of 1810. The lack of water, on the other hand, was a constant problem. Those questions were mostly resolved. The city has been developing and implementing projects for its river Senna and canals, Saint Martin and Saint Denis, in order to turn its river sides into promenades for walkers and cyclers. The Bassin of la Villette is registered here as an example to be analyzed in terms of landscape possibilities and leisure by the side of the urban canal, lake or river. This place is one of the attraction centers of the city, by day and night time, every day of the week, frequented by every kind of people. We have been watching from the past century until now the death of our innumerous rivers. The improvement of the cities that are part of this metropolis should have this consciousness and present solutions to regain the potential of the waters. This research proposes to provide data\'s, alternatives and themes to discuss and rethink the role that rivers should have.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDelijaicov, Alexandre Carlos PenhaIkeda, Eloisa Balieiro2016-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-16022017-111213/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-16022017-111213Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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