Utilização da ultra-sonografia modo B e da tomografia computadorizada no estudo do encéfalo de cães adultos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-18072008-120530/ |
Resumo: | A ultra-sonografia foi o primeiro meio diagnóstico por imagem utilizado na investigação do encéfalo, mas foi substituído pela tomografia computadorizada na década de 70 e atualmente por outros métodos como a ressonância magnética. O exame ultra-sonográfico continua sendo empregado em pacientes pediátricos e em animais jovens, cujas fontanelas permanecem abertas, servindo como janela acústica. Contudo, sua utilização em animais adultos fica restrita, em parte pela barreira proporcionada pelos ossos do crânio. Este trabalho objetivou: avaliar a possibilidade da utilização da ultra-sonografia transcraniana em cães adultos; estabelecer um paralelo com as imagens tomográficas; correlacionar as imagens sonográficas e tomográficas com a anatomia e comparar as imagens ultrasonográficas do encéfalo obtidas com e sem a interposição dos ossos do crânio. Foram utilizados dez cadáveres de cães adultos. As imagens tomográficas foram adquiridas em cortes transversais e dorsais com espessura de 5 mm e igual incremento. As imagens ultra-sonográficas foram obtidas através dos ossos temporal e porção lateral do parietal, da região frontoparietal dorsal íntegra e após craniotomia e do forame magno, em cortes transversais, dorsais e sagitais. Nesse estudo foi possível obter imagens do encéfalo dos dez cães através dos ossos temporal e parietal, evidenciando-se o tecido cerebral, os ventrículos laterais, a fissura longitudinal, alguns sulcos cerebrais, o cerebelo, o tentório do cerebelo, a região do diencéfalo e do hipocampo. A ultra-sonografia realizada através da craniotomia mostrou um bom detalhamento das estruturas anatômicas, superior ao obtido com a interposição óssea e nas imagens tomográficas. Não houve formação de imagem pelo osso frontal íntegro. Foi possível a visibilização apenas do cerebelo pela janela proporcionada pelo forame magno. As imagens tomográficas permitiram a visibilização direta do tecido cerebral, dos ventrículos laterais, do tentório ósseo do cerebelo. Muitas outras estruturas foram identificadas a partir da topografia e da sua relação com estruturas adjacentes. Concluiu-se que é possível avaliar o encéfalo de animais adultos através da ultra-sonografia utilizando como janela acústica os ossos temporal e a porção lateral do parietal. Contudo, a resolução das imagens é inferior quando comparadas àquelas realizadas com a fontanela aberta ou em craniotomias. Embora a tomografia computadorizada seja um excelente método para obter imagens seccionais, sem sobreposição de estruturas e uma maior diferenciação entre os tecidos moles, várias estruturas não são visibilizadas diretamente. Conhecer previamente a anatomia da região estudada é um pré-requisito importante para a adequada interpretação dessas imagens. |
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Utilização da ultra-sonografia modo B e da tomografia computadorizada no estudo do encéfalo de cães adultosB-mode ultrasonography and computed tomography in evaluation of mature dog\'s brainBrainCãesComputed tomographyDiagnostic ImagingDiagnóstico por imagemDogsEncéfaloTomografia computadorizadaUltra-sonografiaUltrasoundA ultra-sonografia foi o primeiro meio diagnóstico por imagem utilizado na investigação do encéfalo, mas foi substituído pela tomografia computadorizada na década de 70 e atualmente por outros métodos como a ressonância magnética. O exame ultra-sonográfico continua sendo empregado em pacientes pediátricos e em animais jovens, cujas fontanelas permanecem abertas, servindo como janela acústica. Contudo, sua utilização em animais adultos fica restrita, em parte pela barreira proporcionada pelos ossos do crânio. Este trabalho objetivou: avaliar a possibilidade da utilização da ultra-sonografia transcraniana em cães adultos; estabelecer um paralelo com as imagens tomográficas; correlacionar as imagens sonográficas e tomográficas com a anatomia e comparar as imagens ultrasonográficas do encéfalo obtidas com e sem a interposição dos ossos do crânio. Foram utilizados dez cadáveres de cães adultos. As imagens tomográficas foram adquiridas em cortes transversais e dorsais com espessura de 5 mm e igual incremento. As imagens ultra-sonográficas foram obtidas através dos ossos temporal e porção lateral do parietal, da região frontoparietal dorsal íntegra e após craniotomia e do forame magno, em cortes transversais, dorsais e sagitais. Nesse estudo foi possível obter imagens do encéfalo dos dez cães através dos ossos temporal e parietal, evidenciando-se o tecido cerebral, os ventrículos laterais, a fissura longitudinal, alguns sulcos cerebrais, o cerebelo, o tentório do cerebelo, a região do diencéfalo e do hipocampo. A ultra-sonografia realizada através da craniotomia mostrou um bom detalhamento das estruturas anatômicas, superior ao obtido com a interposição óssea e nas imagens tomográficas. Não houve formação de imagem pelo osso frontal íntegro. Foi possível a visibilização apenas do cerebelo pela janela proporcionada pelo forame magno. As imagens tomográficas permitiram a visibilização direta do tecido cerebral, dos ventrículos laterais, do tentório ósseo do cerebelo. Muitas outras estruturas foram identificadas a partir da topografia e da sua relação com estruturas adjacentes. Concluiu-se que é possível avaliar o encéfalo de animais adultos através da ultra-sonografia utilizando como janela acústica os ossos temporal e a porção lateral do parietal. Contudo, a resolução das imagens é inferior quando comparadas àquelas realizadas com a fontanela aberta ou em craniotomias. Embora a tomografia computadorizada seja um excelente método para obter imagens seccionais, sem sobreposição de estruturas e uma maior diferenciação entre os tecidos moles, várias estruturas não são visibilizadas diretamente. Conhecer previamente a anatomia da região estudada é um pré-requisito importante para a adequada interpretação dessas imagens.Ultrasound was the first medical technology performed for diagnostic imaging of the brain, but in the 70\'s the computed tomography became accessible, and recently, magnetic resonance imaging. Ultrasound imaging of the brain can be performed through the fontanelles in young animals. However, its using in mature dogs is restrict by the barrier presented by the bones of the skull. The purposes of this study were: evaluate of using ultrasound imaging of the brain in mature dogs; compare ultrasound with computed tomography imaging; correlate ultrasound and computed tomography features with the anatomy; compare the brain ultrasound images performed through a transosseous window with ultrasound images performed through craniotomy. Ten postmortem mature dogs were examined. Computed tomography scaning was obtained in transversal and dorsal planes, section thickness of 5mm and 5 mm intervals. Ultrasound imaging was performed through the temporal and parietal bones, dorsal frontoparietal before and after craniotomy and the foramen magnum. The images were acquired in transversal, dorsal and sagittal planes. It was possible identified intracranial structures using ultrasound imaging through the temporal and parietal bones: brain, lateral ventricles, longitudinal fissure, some brain sulci, cerebellum, diencephalon and hippocampus. Ultrasound imaging of some structures through the craniotomy showed to be superior to ultrasound imaging through transosseous and computed tomography imaging. It was not possible to visualize the brain structures in ultrasound imaging through the frontal bone. Through the foramen magnum was observed only the cerebellum. Computed tomography imaging allow to visualize the brain tissue, lateral ventricles and osseous tentorium. Many other structures were identified based on the relationship to adjacent structures and their topography. It was concluded ultrasound imaging through temporal and lateral portion of parietal bones is avaluable radiologic technique. However, the images resoluation is inferior compared to the features obtained through the fontanelles or craniotomies. Computed tomography is an excellent radiologic technique. It produces sequential sections of the brain and it capable of discerning many different soft-tissues without superposition. However, some structures couldn\'t be directly visualize. The knowledge of anatomy of the brain is essential to avoid misinterpretation of the images.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSterman, Franklin de AlmeidaLorigados, Carla Aparecida Batista2008-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-18072008-120530/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:56Zoai:teses.usp.br:tde-18072008-120530Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A ultra-sonografia foi o primeiro meio diagnóstico por imagem utilizado na investigação do encéfalo, mas foi substituído pela tomografia computadorizada na década de 70 e atualmente por outros métodos como a ressonância magnética. O exame ultra-sonográfico continua sendo empregado em pacientes pediátricos e em animais jovens, cujas fontanelas permanecem abertas, servindo como janela acústica. Contudo, sua utilização em animais adultos fica restrita, em parte pela barreira proporcionada pelos ossos do crânio. Este trabalho objetivou: avaliar a possibilidade da utilização da ultra-sonografia transcraniana em cães adultos; estabelecer um paralelo com as imagens tomográficas; correlacionar as imagens sonográficas e tomográficas com a anatomia e comparar as imagens ultrasonográficas do encéfalo obtidas com e sem a interposição dos ossos do crânio. Foram utilizados dez cadáveres de cães adultos. As imagens tomográficas foram adquiridas em cortes transversais e dorsais com espessura de 5 mm e igual incremento. As imagens ultra-sonográficas foram obtidas através dos ossos temporal e porção lateral do parietal, da região frontoparietal dorsal íntegra e após craniotomia e do forame magno, em cortes transversais, dorsais e sagitais. Nesse estudo foi possível obter imagens do encéfalo dos dez cães através dos ossos temporal e parietal, evidenciando-se o tecido cerebral, os ventrículos laterais, a fissura longitudinal, alguns sulcos cerebrais, o cerebelo, o tentório do cerebelo, a região do diencéfalo e do hipocampo. A ultra-sonografia realizada através da craniotomia mostrou um bom detalhamento das estruturas anatômicas, superior ao obtido com a interposição óssea e nas imagens tomográficas. Não houve formação de imagem pelo osso frontal íntegro. Foi possível a visibilização apenas do cerebelo pela janela proporcionada pelo forame magno. As imagens tomográficas permitiram a visibilização direta do tecido cerebral, dos ventrículos laterais, do tentório ósseo do cerebelo. Muitas outras estruturas foram identificadas a partir da topografia e da sua relação com estruturas adjacentes. Concluiu-se que é possível avaliar o encéfalo de animais adultos através da ultra-sonografia utilizando como janela acústica os ossos temporal e a porção lateral do parietal. Contudo, a resolução das imagens é inferior quando comparadas àquelas realizadas com a fontanela aberta ou em craniotomias. Embora a tomografia computadorizada seja um excelente método para obter imagens seccionais, sem sobreposição de estruturas e uma maior diferenciação entre os tecidos moles, várias estruturas não são visibilizadas diretamente. Conhecer previamente a anatomia da região estudada é um pré-requisito importante para a adequada interpretação dessas imagens. |
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