Influência da carga anticolinérgica sobre a adesão ao tratamento farmacológico prescrito e a cognição de idosos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Adriana Nancy Medeiros dos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-25092020-100529/
Resumo: Introdução: As doenças comuns na velhice induzem ao uso de tratamentos farmacológicos, cujo sucesso depende da adesão do paciente. O uso concomitante de fármacos com propriedades anticolinérgicas por um mesmo indivíduo, situação comum em idosos, pode produzir toxicidade anticolinérgica cumulativa e aumentar o risco de reações adversas cognitivas. Objetivos: Investigar a influência da carga anticolinérgica sobre a adesão ao tratamento farmacológico prescrito e a cognição de idosos saudáveis. Métodos: Neste estudo observacional, transversal, descritivo e analítico, com 151 idosos da Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), foram coletados dados sociodemográficos, grau de adesão (Escala de Morisky), estado cognitivo (Mini Exame do Estado Mental, MEEM) e carga anticolinérgica cognitiva (ACB, associada a declínio cognitivo adverso ao tratamento farmacológico), estimada com base nos medicamentos em uso (Escala ACB). Para estimar a associação entre variáveis, utilizou-se testes de correlação (Spearman ou Person, conforme a distribuição dos dados), e qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. Resultados: A maioria era do sexo feminino (72,2%), casada (38,1%), possuía 70 anos ou mais (54,7%) e ensino médio (41,7%), utilizava medicamentos prescritos (87,4%), apresentou grau de adesão moderado (39,7%; 6 a 7 pontos na Escala de Morisky) ao tratamento prescrito, o qual, na maioria, não exibia atividade anticolinérgica (ACB = 0 pontos em 56,2% dos participantes). Dos 151 participantes, 36,4% informaram praticar automedicação, a qual exibia atividade anticolinérgica severa (ACB 3 pontos em 63,6% dos que se automedicavam). Houve correlação significativa (p < 0,05) positiva entre adesão e idade (r = 0,2034; p = 0,0202), negativa entre adesão e ACB advinda da automedicação (r = -0,1748; p = 0,0457), e negativa entre cognição e ACB da automedicação (r = -0,2968; p = 0,0038). Conclusões: Observa-se que, quanto maior a idade, maior a adesão, porém, quanto mais alta a ACB advinda da automedicação, pior a cognição e menos aderente ao tratamento farmacológico prescrito
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Métodos: Neste estudo observacional, transversal, descritivo e analítico, com 151 idosos da Universidade Aberta da Terceira Idade (UATI), foram coletados dados sociodemográficos, grau de adesão (Escala de Morisky), estado cognitivo (Mini Exame do Estado Mental, MEEM) e carga anticolinérgica cognitiva (ACB, associada a declínio cognitivo adverso ao tratamento farmacológico), estimada com base nos medicamentos em uso (Escala ACB). Para estimar a associação entre variáveis, utilizou-se testes de correlação (Spearman ou Person, conforme a distribuição dos dados), e qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. Resultados: A maioria era do sexo feminino (72,2%), casada (38,1%), possuía 70 anos ou mais (54,7%) e ensino médio (41,7%), utilizava medicamentos prescritos (87,4%), apresentou grau de adesão moderado (39,7%; 6 a 7 pontos na Escala de Morisky) ao tratamento prescrito, o qual, na maioria, não exibia atividade anticolinérgica (ACB = 0 pontos em 56,2% dos participantes). Dos 151 participantes, 36,4% informaram praticar automedicação, a qual exibia atividade anticolinérgica severa (ACB 3 pontos em 63,6% dos que se automedicavam). Houve correlação significativa (p < 0,05) positiva entre adesão e idade (r = 0,2034; p = 0,0202), negativa entre adesão e ACB advinda da automedicação (r = -0,1748; p = 0,0457), e negativa entre cognição e ACB da automedicação (r = -0,2968; p = 0,0038). Conclusões: Observa-se que, quanto maior a idade, maior a adesão, porém, quanto mais alta a ACB advinda da automedicação, pior a cognição e menos aderente ao tratamento farmacológico prescritoIntroduction: Common diseases in the elderly population increase the need of pharmacological treatments, and the success of pharmacotherapy depends on adherence. Concomitant use of drugs with anticholinergic properties by the same individual, which is common in the elderly, may produce cumulative anticholinergic toxicity and increase the risk of cognitive adverse reactions. Objectives: To investigate the influence of anticholinergic burden on adherence to prescribed pharmacological treatment and cognition of healthy elderly. Methods: In this observational, cross-sectional, descriptive and analytical study of 151 elderly of University of the Third Age (UATI), sociodemographic data, degree of adherence (Morisky Scale), cognitive status (Mini Mental State Examination, MMSE) and Anticholinergic Cognitive Burden (ACB) associated with cognitive decline were collected. adverse effect to pharmacological treatment), estimated based on the medications in use (ACB Scale). To estimate the association between variables, correlation tests (Spearman or Pearson, according to data distribution), and Pearson\'s chi-square or Fisher\'s exact test were used. Results: Most were female (72.2%), married (38.1%), 70 years old or older (54.7%) and high school (41.7%), using prescription drugs (87, 4%) presented moderate adherence (39.7%; 6 to 7 points on the Morisky Scale) to the prescribed treatment, which, in the majority, did not exhibit anticholinergic activity (ACB = 0 points in 56.2% of the participants).Of the 151 participants, 36.4% reported practicing self-medication, which exhibited severe anticholinergic activity (ACB 3 points in 63.6% of self-medication). There was a significant (p <0.05) positive correlation between adherence and age (r = 0.2034; p = 0.0202), negative correlation between adherence and ACB due to self-medication (r = -0.1748; p = 0.0457), and negative between cognition and self-medication ACB (r = -0.2968; p = 0.0038). Conclusions: It is observed that, he higher the age, the greater the adherence, but the higher the ACB due to self-medication, the worse the cognition and the less adherence the prescribed pharmacological treatmentBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliveira, Caroline Ribeiro de BorjaSantos, Adriana Nancy Medeiros dos2020-09-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-25092020-100529/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-06-24T19:58:01Zoai:teses.usp.br:tde-25092020-100529Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-06-24T19:58:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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