Desvelando a dor amorosa da infidelidade conjugal: discursos de homens e mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scabello, Edilaine Helena
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-08022007-170123/
Resumo: No cenário atual, as transformações sócio-culturais e tecnológicas vêm ampliando as fronteiras culturais entre as nações, acentuando a individualidade e redefinindo práticas afetivas. Assistimos a pulverização dos ideais de verdade, a desagregação das estruturas tradicionais de normatização, o excesso de liberdade, o hiper-consumismo, a valorização do novo e do hedonismo. Na aparente efemeridade das relações afetivas, buscamos compreender que significados homens e mulheres atribuem a vivencia da infidelidade amorosa da(do) parceira(o) e como re-significam suas relações amorosas após estes(estas) lhes terem sido infiéis. Entrevistamos 05 mulheres casadas pela Lei Civil e Igreja Católica, sendo que uma delas se separou após a infidelidade do parceiro e depois se reconciliou com ele; 04 homens, sendo que um deles se casou pela Lei Civil e Igreja Católica e se separou após a infidelidade da parceira; outro se uniu pelo contrato de conjunção marital e se separou após a infidelidade da parceira; e os outros dois, solteiros, se separaram das namoradas após a infidelidade delas. Utilizamos o método fenomenológico descritivo proposto por Rezende (1990) e obtivemos as descrições dos(das) colaboradores(as) mediante a questão: Fale a respeito da sua relação afetiva e sexual no decorrer do seu casamento (namoro) e, em especial, após seu (sua) marido (esposa/namorada) lhe ter sido infiel. Submetemo-as aos momentos da análise propostos por Giorgi (1978) e Bruns (2003) e situamos o fenômeno em sua temporalidade e construção sócio-histórica, bem como realizamos sua compreensão psicológica à luz do referencial psicanalítico. Ao analisarmos as descrições compreendemos que, embora vivenciamos no campo familiar, a transgressão de regras, a ruptura de modelos e a pluralização de formas de se relacionar, presenciamos a persistência de elementos tradicionais coexistindo com os comportamentos contemporâneos, como o ideal de amor romântico que imprime as idealizações de felicidade nas parcerias. Percebemos que os desencantos vivenciados por homens e mulheres exprimem a quebra da idealidade frente à figura amada e se manifestam também, nas insatisfações sexuais. A dor psíquica desencadeada pela vivência da infidelidade do(a) parceiro(a) expressa a comoção pulsional ou autopercepção do eu sobre o tumulto interno desencadeado pela perda ou ruptura da imagem que o parceiro traído tem de quem lhe foi infiel e, ao mesmo tempo, pela ruptura de sua própria imagem, que gera confusão mental e dúvidas sobre a própria identidade e sanidade mental. A irrepresentabilidade da dor psíquica pelo eu é expressa tanto pela marca da subtaneidade da descoberta da infidelidade do(a) parceiro(a), quanto pela negação da realidade. A manifestação exterior de sintomas são refletidos em dores psicogênicas e revelam sentimentos como culpa, menos-valia, impotência, insegurança, mágoa, ressentimento, solidão, abandono, rejeição, falta de apoio familiar e social e falta de perspectiva futura, bem como a projeção da dor psíquica no(a) parceiro(a). Os valores, as regras e os mitos que regem um grupo familiar são transmitidos de pais para filhos e há uma relação entre a preocupação com os filhos e o desejo de separar-se do(da) parceiro(a). A dramática ligação entre ciúme e violência compõe o cenário das relações infiéis. Contudo, as re-significações existenciais frente à vivencia da infidelidade podem percorrer territórios psíquicos que se dirigem para duas instâncias, a reconstrução e/ou dissolução do relacionamento amoroso, na busca de vivencias prazerosas; o aprisionamento da dor que encerra o eu em um dilaceramento sem fim, preso a uma antiga imagem não re-significada do eleito amado.
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Entrevistamos 05 mulheres casadas pela Lei Civil e Igreja Católica, sendo que uma delas se separou após a infidelidade do parceiro e depois se reconciliou com ele; 04 homens, sendo que um deles se casou pela Lei Civil e Igreja Católica e se separou após a infidelidade da parceira; outro se uniu pelo contrato de conjunção marital e se separou após a infidelidade da parceira; e os outros dois, solteiros, se separaram das namoradas após a infidelidade delas. Utilizamos o método fenomenológico descritivo proposto por Rezende (1990) e obtivemos as descrições dos(das) colaboradores(as) mediante a questão: Fale a respeito da sua relação afetiva e sexual no decorrer do seu casamento (namoro) e, em especial, após seu (sua) marido (esposa/namorada) lhe ter sido infiel. Submetemo-as aos momentos da análise propostos por Giorgi (1978) e Bruns (2003) e situamos o fenômeno em sua temporalidade e construção sócio-histórica, bem como realizamos sua compreensão psicológica à luz do referencial psicanalítico. Ao analisarmos as descrições compreendemos que, embora vivenciamos no campo familiar, a transgressão de regras, a ruptura de modelos e a pluralização de formas de se relacionar, presenciamos a persistência de elementos tradicionais coexistindo com os comportamentos contemporâneos, como o ideal de amor romântico que imprime as idealizações de felicidade nas parcerias. Percebemos que os desencantos vivenciados por homens e mulheres exprimem a quebra da idealidade frente à figura amada e se manifestam também, nas insatisfações sexuais. A dor psíquica desencadeada pela vivência da infidelidade do(a) parceiro(a) expressa a comoção pulsional ou autopercepção do eu sobre o tumulto interno desencadeado pela perda ou ruptura da imagem que o parceiro traído tem de quem lhe foi infiel e, ao mesmo tempo, pela ruptura de sua própria imagem, que gera confusão mental e dúvidas sobre a própria identidade e sanidade mental. A irrepresentabilidade da dor psíquica pelo eu é expressa tanto pela marca da subtaneidade da descoberta da infidelidade do(a) parceiro(a), quanto pela negação da realidade. A manifestação exterior de sintomas são refletidos em dores psicogênicas e revelam sentimentos como culpa, menos-valia, impotência, insegurança, mágoa, ressentimento, solidão, abandono, rejeição, falta de apoio familiar e social e falta de perspectiva futura, bem como a projeção da dor psíquica no(a) parceiro(a). Os valores, as regras e os mitos que regem um grupo familiar são transmitidos de pais para filhos e há uma relação entre a preocupação com os filhos e o desejo de separar-se do(da) parceiro(a). A dramática ligação entre ciúme e violência compõe o cenário das relações infiéis. Contudo, as re-significações existenciais frente à vivencia da infidelidade podem percorrer territórios psíquicos que se dirigem para duas instâncias, a reconstrução e/ou dissolução do relacionamento amoroso, na busca de vivencias prazerosas; o aprisionamento da dor que encerra o eu em um dilaceramento sem fim, preso a uma antiga imagem não re-significada do eleito amado.In the current scenery, socio-cultural and technological changes have been increasing cultural borders among the nations, accentuating individuality and redefinig affective practicals. We have watched the pulverization of the ideals of truth, the disaggregation of the traditional structures of normatization, the excess of freedom, the hiper-consumerism, the valorization of the new and of the hedonism. In the apparent efemerity of affective relationships, we attempt to understand which meanings men and women attribute to the existence of love infidelity of male or female partners and how they resignify their relationships after their partners´ infidelity. We interviewed 05 women, married in the Civil Law and Catholic Church; one of them separated after the partner\'s infidelity and later reconciled to him; 04 men; one of them got married in the Civil Law and Catholic Church and separated after the partner\'s infidelity; another one joined in the contract of marital conjunction and separated after the partner\'s infidelity; and the other two single men, separated after their girlfriends´ infidelity. We used the descriptive phenomenologic method proposed by Rezende (1990) and we obtained the descriptions by asking: \"Talk about sex and love during your relationships an especially after your partners´ infidelity. We made our analysis according to Giorgi (1978) and Bruns (2003) and we placed the phenomenon in its temporality and socio-historical construction and also accomplished its psychological understanding according to phyco analysis. To analyze the descriptions we understood that although we live in the familial field, the transgression of rules, the rupture of models and the pluralization relationships, we witness the persistence of traditional elements coexisting with contemporary behaviors, such as the ideal of romantic love in the idealization of happiness in the relationships. We noticed that disapointments experienced by men and women express the break of the ideal love and also appear in their sexual dissatisfactions. Psycic pain revealed by the existence of the partners´ infidelity expresses the pulsional commotion or autoperception of the internal tumult resulting from the the loss or rupture of the image that the betrayed partner has of the unfaithful one, and at the same time, from the rupture of his/ her own image, which generates mental confusion and doubts about their own identity and mental sanity. The irrepresentability of the psychic pain is expressed in the discovery of partners´ infidelity as well as in the denial of reality. The external manifestation of symptoms is reflected in the psycogenic pain which reveal feelings such as blame, low self-confidence, impotence, insecurity, sorrow, resentment, solitude, abandonment, rejection, lack of family and social support and lack of future perspective, as well as the projection of the psychic pain to the partners. The values, the rules and the myths that govern a family group are transmitted from r parents to children and there is a relation between the concern with the children and the desire of separation. The dramatic connection between jealousy and violence composes the scenery of unfaithful relationships. However, the existential re-significances in the experience of infidelity can go through psychic territories that lead to two instances, the reconstruction and/ or breakup of the love relationship, in the search of pleasure; the imprisonment of pain that leads to endless suffering due to the non re-signified image of the partner.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBruns, Maria Alves de ToledoScabello, Edilaine Helena2006-03-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-08022007-170123/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-08022007-170123Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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